quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Guerra cibernética deixa de ser ficção e chega à internet

BBC - 18/11/2009

Hackers políticos


A guerra cibernética deixou de ser ficção e se tornou realidade, segundo um relatório da empresa de segurança em informática McAfee.

O documento baseia suas conclusões em análises de ataques recentes ocorridos na rede e sugere que vários deles tiveram motivações políticas explícitas.

Segundo o relatório, muitas nações estão nesse momento se armando para se defender e para conduzir seus próprios ataques em uma guerra cibernética - entre elas, Grã-Bretanha, China, França, Coreia do Norte e Alemanha.

O estudo prevê um futuro em que conflitos sejam travados parcialmente na internet.

Guerra no Iraque

Não há uma definição clara do que seja uma guerra cibernética, mas os especialistas dizem que entre os prováveis alvos dos ataques estão a infraestrutura de um país, como a rede elétrica ou os suprimentos de água.

Sabe-se, por exemplo, que os Estados Unidos têm um manual de operações que estabelece as regras e procedimentos para o uso de táticas de guerra cibernética.

O país teria usado ataques de hackers em conjunto com operações de terra durante a guerra no Iraque e continua a usar recursos cibernéticos para policiar a nação.

Download de armas

O analista de segurança da McAfee na Europa, Greg Day, disse que há evidências de que vários ataques feitos nos últimos tempos poderiam ser classificados como missões de "reconhecimento" para conflitos futuros.

A facilidade com que os instrumentos usados nesses ataques podem ser acessados preocupa o analista.

"Fazer uma guerra física requer bilhões de dólares", disse Day. "No caso de uma guerra cibernética, a maioria das pessoas pode encontrar recursos para esse tipo de ataque com facilidade".

Redes estratégicas de infraestrutura

Na maioria dos países desenvolvidos, serviços básicos como transportes, finanças, distribuição de energia e telecomunicações estão conectados à rede e, segundo o relatório, não estão protegidos adequadamente.

"Em resposta a isso, muitas nações possuem hoje agências encarregadas de cuidar de redes estratégicas de infraestrutura e assegurar que estão protegidas contra ataques originados na rede", disse o analista.

E como medida de segurança, as nações podem vir a pedir que empresas de telecomunicação façam checagens na rede para detectar programas malignos antes que um ataque ocorra.

A questão é polêmica porque envolve os direitos à privacidade.

O relatório da McAfee cita o caso do Brasil, onde está em discussão um projeto de lei que propõe que os provedores de internet mantenham registros de todo o tráfego na rede por um período de até três anos.

Segundo o relatório, legislações desse tipo já estão em vigor em alguns países.

Motivação dos ataques

O diretor de tecnologia da empresa Veracode, Chris Wysopal, que trabalha com consultoria para governos sobre segurança em informática, disse que na guerra cibernética é mais difícil encontrar as causas de um ataque e identificar seus autores.

"Em guerras físicas é bem claro quem tem quais armas e como estão sendo usadas", disse. "No mundo da rede essa atribuição é incrivelmente difícil".

O mesmo vale para o crime cibernético, ele disse. Seguir o rastro do dinheiro pode levar os investigadores a um bando de ladrões.

"Se é alguém roubando informações ou implantando bombas lógicas, é muito mais difícil encontrá-lo", disse Wysopal.

O especialista disse que muitos governos se conscientizaram do perigo e estão criando sistemas de proteção.

"O problema é que governos trabalham com escalas de tempo de muitos anos", disse Wysopal. "Criminosos atuam em questão de meses".

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=guerra-cibernetica-deixa-ficcao-chega-internet&id=010150091118

Google anuncia pesquisas com computador quântico

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/12/2009


Controvérsia quântica

Quando a empresa canadense D-Wave, então desconhecida e classificada como "emergente", anunciou ter construído um processador quântico usando quase a mesma tecnologia dos processadores convencionais, quase ninguém acreditou.

A notícia ganhou a imprensa em 2007, mas físicos do mundo todo se apressaram em afirmar que um processador quântico usando qubits codificados magneticamente em loops supercondutores estava em algum ponto numa escala que ia de uma impossibilidade a um engodo.

Endosso quântico

Parece que o Google não levou muito a sério o parecer dos consultores científicos. Neste sábado, a empresa causou surpresa ao anunciar que não apenas está investindo na computação quântica da D-Wave, como já alcançou os primeiros resultados práticos.

De acordo com Hartmut Neven, escrevendo no blog de pesquisas da empresa, o Google vem investindo silenciosamente na computação quântica há três anos, usando o novo chip híbrido da D-Wave - portanto desde antes de sua apresentação pública. Segundo a D-Wave, seu chip efetua processamento quântico, mas também é capaz de processar bits normais sequencialmente.

A pesquisa usando o novo processador está voltada para a busca em imagens, mais especificamente, encontrar objetos em uma base de dados de figuras, fotos e vídeos.

Tipos de processadores quânticos

O programa está longe de ser disponibilizado para buscas online, mas um aplicativo real - atualmente capaz de encontrar carros em fotos - está anos-luz à frente do processador quântico programável que rodou pela primeira vez há poucos dias.

Mas a comparação precisa de muitas ressalvas. O fato é que os dois "hardwares" não são diretamente comparáveis. O processador quântico universal, anunciado na semana passada, pertence à classe dos processadores quânticos "puros" - no sentido de que se baseia nos fundamentos tidos pela grande maioria da comunidade científica como os mais promissores para a realização prática na computação quântica, nomeadamente, nos qubits de átomos artificiais, isolados em armadilhas magnéticas.

Já o chip da D-Wave, embora anunciado pela empresa como um processador quântico, continua dividindo as opiniões na comunidade científica. Segundo o próprio Neven, os cientistas ainda estão tentando caracterizar o pretenso chip quântico.

"Infelizmente, não é fácil demonstrar que um sistema de múltiplos qubits, como o chip da D-Wave, apresenta de fato o comportamento quântico alegado e os físicos experimentais de várias instituições continuam tentando caracterizar o chip," escreve ele.

Busca quântica por imagens

O fato é que o Google não parece muito impressionado com essas discussões acadêmicas. Na prática, o chip da D-Wave, quântico ou não, está permitindo que a empresa experimente com uma tecnologia de buscas que opera em uma velocidade que não é atingível com as nuvens de computadores eletrônicos atuais.

Usando uma base de dados de 20.000 fotos com cenas urbanas, metade contendo imagens de carros e metade não, os pesquisadores usaram o chamado algoritmo quântico adiabático, desenvolvido por Edward Farhi, do MIT, para treinar o sistema quântico para que ele pudesse reconhecer o que era um carro.

A seguir, o algoritmo rodou contra um segundo conjunto de 20.000 fotos e deu a resposta num tempo menor do que qualquer computador existente hoje nos data-centers do Google.

"Ainda há muitas questões em aberto, mas em nossos experimentos nós observamos que esse detector tem desempenho melhor do que aqueles [algoritmos] que treinamos usando soluções clássicas rodando nos computadores que temos em nossos data centers hoje," escreve Neven.

Computadores clássicos, quânticos e outros

Os computadores atuais, que já começam a ser chamados de computadores clássicos, usam a chamada arquitetura von Neumann, nos quais os dados são processados de forma sequencial, conforme regras definidas em um programa. Para acelerar o processamento, o programa deve ser rodado em paralelo, usando vários processadores.

Já os computadores quânticos prometem um processamento muito mais rápido, usando um fenômeno chamado superposição quântica. Uma partícula - um íon, um elétron ou um fóton - pode estar em dois estados diferentes ao mesmo tempo. Enquanto um bit clássico pode ser 0 ou 1, um qubit pode ser as duas coisas ao mesmo tempo.

Uma outra arquitetura, chamada "sinaptrônica", foi recentemente apresentada por pesquisadores ligados à IBM.

Milagres da computação quântica

"Muitos dos serviços que oferecemos hoje dependem de sofisticadas tecnologias de inteligência artificial, como o aprendizado de máquina ou o reconhecimento de padrões. Ocorre que resolver os mais difíceis desses problemas exige fazendas de servidores tão grandes que nunca poderão ser construídas," diz Neven, justificando o interesse de sua empresa em uma tecnologia tão inovadora quanto a comutação quântica.

Se a solução não pode ser encontrada em empilhar mais e mais servidores, até chegar literalmente às nuvens de computação, computadores baseados nas complicadas e quase sempre estranhas propriedades da mecânica quântica podem ser a salvação.

Neven exemplifica o funcionamento dos computadores citando os ganhos obtidos com os algoritmos que estão sendo desenvolvidos e que serviram de base para o programa localizador de carros.

Imagine um grande móvel, com um milhão de gavetas. Dentro de uma delas, há uma bola escondida. Quantas gavetas você terá que abrir para encontrar a bola?

Algumas vezes, muito poucas vezes, você poderá ter sorte e achar a bola nas primeiras tentativas. Noutras, porém, terá que abrir praticamente todas. Na média, você terá que abrir 500.000 gavetas até achar a bola.

Mas um computador quântico, com seus entrelaçamentos e superposições, achará a bola, em média, olhando em 1.000 gavetas. Se é difícil entender como isso é possível, o fato é que o novo processador oferece os resultados cerca de 50.000 vezes mais rápido. Os três anos de dedicação dos dos computadores eletrônicos atuais é algo que ainda merecerá muitas discussões. Mas que a D-Wave pegou uma nova onda com o suporte do Google, disso ninguém duvida.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=google-anuncia-pesquisas-computador-quantico&id=010150091214&ebol=sim

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Astrônomos encontram estrela 35 vezes mais quente que o Sol

Astrônomos da Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha, descobriram uma das estrelas mais quentes da galáxia, com uma temperatura 35 vezes maior do que a temperatura do Sol.

Segundo os cientistas, esta é a primeira vez que a estrela, que fica na Nebulosa do Inseto, foi observada e retratada. A sua temperatura é superior a 200 mil graus Celsius.

"Esta estrela foi muito difícil de ser encontrada porque ela está escondida atrás de uma nuvem de poeira e gelo no meio da nebulosa", disse o professor Albert Zijlstra, da Universidade de Manchester.

Futuro do Sol

De acordo com o pesquisador, nebulosas planetárias como a do Inseto se formam quando estrelas que estão morrendo ejetam gás no espaço.

"Nosso Sol vai fazer isso em cerca de cinco bilhões de anos. A Nebulosa do Inseto, que está a cerca de 35 mil anos-luz [da Terra,] na constelação de Escorpião, é uma das nebulosas planetárias mais espetaculares."

"Nós fomos extremamente sortudos que tivemos a oportunidade para capturar esta estrela próximo ao seu ponto mais quente. De agora em diante ela vai se resfriar na medida em que vai morrendo", disse o autor do artigo, Cezary Szyszka, que trabalha no European Southern Observatory.

Mecanismo desconhecido

Zijlstra e sua equipe usaram o telescópio Hubble para encontrar a estrela. Em setembro, o telescópio foi reformado, com a instalação de mais uma câmera.

As imagens capturadas pelo Hubble serão publicadas na próxima semana na revista científica Astrophysical Journal.

"Este é um objeto verdadeiramente excepcional."

Segundo o cientista Tim O'Brein, da Universidade de Manchester, ainda não se sabe como uma estrela do tipo ejeta sua massa para formação de nebulosas.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=estrela-35-vezes-mais-quente-sol&id=010175091203&ebol=sim

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Eletricidade sem fios pode ser realidade em breve

Publicada em: 08/09/2009

Aparelhos eletrônicos como telefones celulares e laptops podem começar a se libertar de seus carregadores com fio já a partir do próximo ano, segundo afirma um executivo da WiTricity, empresa que promete lançar no mercado em breve uma nova tecnologia de eletricidade sem fio.
» França cria praia para cegos com sistema de rádio sem fio
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» Primeiro marcapasso sem fio dá liberdade a pacientes dos EUA
Eric Giler, executivo da WiTricity, explicou, em declarações para a rede CNN, que o sistema de eletricidade sem fio ainda precisa ser aperfeiçoado, mas deve estar disponível comercialmente muito em breve, talvez já no ano que vem.
"Daqui a cinco anos, isto vai parecer completamente normal", afirmou Giler, em referência ao fato de que este sistema poderá substituir carregadores com fios elétricos e pilhas descartáveis.
O sistema da Witricity, empresa ligada ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, converte a eletricidade em um campo magnético que navega pelo ar em uma determinada frequência.
Giler também afirmou que o sistema poderá tornar atrativos os carros elétricos, que "são maravilhosos, mas ninguém quer realmente ligá-los na corrente elétrica".
Idéias sobre eletricidade sem fio vêm sendo desenvolvidas há mais de um século. Em 1890, Nikola Tesla já tentou criar sistemas de envio de eletricidade sem fio. Mas, até hoje, nenhum foi considerado seguro e barato o suficiente para ser produzido em nível comercial.
Existem algumas tecnologias do tipo à venda, mas todas com alguma limitação.
A tecnologia do grupo de pesquisas de Giler é chamada "ressonância magneticamente acoplada" e consiste, basicamente, em enviar para o ar um campo magnético com uma frequencia específica que pode ser captada por um telefone ou aparelho de televisão autorizado, que poderá transformá-lo em eletricidade.
Giler também defende que o preço dos aparelhos não deve aumentar muito devido à tecnologia de eletricidade sem fio. Para ele, a maior barreira para a adoção desta tecnologia é o fato que as pessoas não estão familiarizadas com a ideia.

Fonte: Redação Terra

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Robôs espaciais autônomos farão melhor ciência em mundos desconhecidos



Novo paradigma da exploração espacial

Um exército de robôs poderá um dia voar sobre as montanhas de Titã, cruzar suas gigantescas dunas e navegar sobre a superfície dos seus lagos salgados. A lua de Saturno é vista hoje como um dos pontos mais promissores para a exploração espacial, devido às suas condições capazes de abrigar princípios de vida.

Ao falar das possibilidades da exploração de Titã, Wolfgang Fink, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, afirma que a exploração espacial está para sofrer uma mudança de paradigma. Segundo ele, a próxima geração de exploradores robotizados terá pouco ou nada a ver com os robôs espaciais que vemos hoje.

"Nós estamos deixando a abordagem tradicional de uma única nave espacial robótica, sem nenhuma redundância e comandada a partir da Terra, para outra abordagem, que permitirá ter múltiplos robôs descartáveis de baixo custo, capazes de comandarem a si próprios e se comunicar com vários outros robôs em outros locais," diz Fink.

Geólogos espaciais

Fink e seus colegas estão desenvolvendo softwares autônomos para comandar esses robôs. O objetivo da pesquisa é construir um campo de testes onde vários robôs atuarão em conjunto para reproduzir a forma como um geólogo explora uma região desconhecida, seja ela na Terra, em outros planetas ou luas ou mesmo em um asteroide.

O programa dará aos robôs um comportamento complementar: embora sejam completamente autônomos e capazes de completar sua tarefa individual sem qualquer controle externo, cada robô atuará como membro de uma equipe, podendo ajustar seu comportamento para que o objetivo total da equipe seja atingido.

Esse comportamento em equipe incluirá a identificação de áreas interessantes para a pesquisa e a priorização dentre os alvos a serem estudados, além da identificação de riscos e a tomada de atitudes para contornar esses riscos.

Melhor ciência espacial

Além da independência da equipe de robôs em relação ao centro de comando na Terra e da simplificação da missão, robôs assim poderão enriquecer muito os resultados científicos das missões espaciais.

Por exemplo, os robôs que estão explorando Marte fotografaram redemoinhos de vento na superfície do planeta, cuja existência era desconhecida. Mas o flagrante foi feito por mero acaso - apenas por sorte o redemoinho surgiu no momento em que o robô estava fotografando seus arredores.

Robôs espaciais autônomos poderão agir imediatamente tão logo seus sensores captem algum fenômeno, seja uma tempestade de areia, uma erupção criovulcânica ou um escapamento de metano do solo. E, em vez de uma única foto, uma câmera de alta resolução poderá captar o fenômeno por inteiro, em toda a sua dinâmica.

Operação em camadas

Para a exploração de Titã, os pesquisadores vislumbram uma sonda orbital, circulando ao redor da lua e obtendo uma visão global. Abaixo dela, um balão de grande altitude captará uma visão mais precisa das montanhas, lagos e canais. No solo, um batalhão de jipes robóticos ou robôs aquáticos explorarão os detalhes da superfície.

A sonda em órbita poderá falar diretamente com o balão e fazê-lo voar sobre uma determinada região. O balão, por sua vez, estará em contato com os diversos exploradores robóticos na superfície, comandando-os para explorarem em detalhes as áreas identificadas como mais promissoras.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=robos-espaciais-autonomos-farao-melhor-ciencia-mundos-desconhecidos&id=

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sensores sem baterias vão monitorar de aviões a atletas



Quando um pássaro se choca com um avião, as consequências podem ser fatais não apenas para o pobre pássaro. Na verdade, danos muito mais sutis à fuselagem, provocados pela fadiga dos metais, já foram apontados como a causa de vários acidentes aéreos.

Para prevenir esses problemas, há anos a indústria procura formas de incluir sensores na fuselagem dos aviões. Esses sensores poderiam disparar alarmes tão logo o dano se iniciasse, muito antes que pudesse se transformar em causa de uma tragédia, acionando o serviço de manutenção preventiva.

Sensores sem alimentação externa

Agora, engenheiros do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, acreditam ter dado um passo decisivo para a viabilizar a instalação desses sensores estruturais - eles construíram sensores que não precisam de alimentação externa. Sem cabos ou baterias, sua instalação será muito mais simples e barata.

"Nós usamos geradores termoelétricos," conta o Dr. Dirk Ebling. Materiais termoelétricos são semicondutores que geram eletricidade pela influência de um diferencial de temperatura. Neste caso, o material aproveita a temperatura externa (entre -20 e -50º C) e a temperatura da cabine do avião (cerca de 20º C).

Com a conexão de um número suficiente desses geradores é possível produzir energia suficiente para alimentar pequenos sensores, além de uma unidade de rádio para transmitir as leituras para um computador central, localizado no interior do avião.

O sistema completo contém, além dos sensores propriamente ditos, os geradores termoelétricos, dispositivos de armazenamento de energia para emergências e um módulo para transmissão dos dados por radiofrequência.

Carros, prédios e atletas

Segundo os pesquisadores, o sistema de sensores terá utilidade em várias outras aplicações, além dos aviões. Nos carros, por exemplo, eles poderão diminuir peso e custo, substituindo uma parte do chicote elétrico, uma das peças individuais mais caras de um automóvel.

Em pontes e outras construções civis, eles poderão ser utilizados para o monitoramento estrutural e para a emissão de alertas contra terremotos.

Até mesmo no dia-a-dia dos esportistas haverá espaço para os sensores sem baterias - gerando energia pela diferença de temperatura do ambiente e do corpo do atleta, os sensores poderão monitorar o ritmo cardíaco, a respiração, a quantidade de água perdida etc.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=sensores-sem-baterias-monitorar-avioes-atletas&id=010170091113&ebol=sim

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Força mecânica induz diferenciação de célula-tronco embrionária



James E. Kloeppel - 05/11/2009

Força mecânica induz diferenciação de célula-tronco embrionária
Os cientistas olaram uma gota magnética, com cerca de 4 micrômetros de diâmetro, na superfície de uma célula-tronco embrionária viva, usando um campo magnético externo para agitar as duas. [Imagem: Chowdhury et al.]

Um pequeno "empurrãozinho" pode ser tudo o que uma célula-tronco embrionária precisa para diferenciar-se em um tipo específicos de célula.

A descoberta, feita por cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, terá aplicações na clonagem terapêutica e na medicina regenerativa.

"Nossos resultados sugerem que pequenas forças mecânicas podem de fato desempenhar um papel crítico na direção específica da diferenciação," afirma Ning Wang, um dos autores da pesquisa que será publicado no próximo exemplar da revista Nature.

Expressão genética à força

A "maciez" física é uma propriedade intrínseca das células-tronco embrionárias que determina como elas respondem às forças em seu microambiente físico. Os cientistas já sabiam que as forças mecânicas externas determinam como as células-tronco se ligam a uma superfície e como elas se espalham sobre a superfície.

O que eles não sabiam é que a força mecânica externa também influencia como genes específicos são expressados, determinando a rota que a célula-tronco seguirá, diferenciando-se em um tipo específico de célula.

Sensibilidade celular

Para estudar a sensibilidade celular à força mecânica, Wang e seus colegas primeiro colaram uma gota magnética, com cerca de 4 micrômetros de diâmetro, na superfície de uma célula-tronco embrionária viva.

Um campo magnético oscilante, aplicado externamente, portanto sem nenhum contato direto com a célula ou com a gota magnética, fez com que a dupla oscilasse numa e noutra direção.

A natureza cíclica da força mecânica é muito importante no experimento. Segundo Wang, a oscilação simula as forças naturais que atuam no interior de uma célula viva, como o movimento cíclico da miosina, uma espécie de motor de proteína.

Os pesquisadores descobriram que as células-tronco embrionárias são mais flexíveis e muito mais sensíveis às forças cíclicas que as células mais maduras, já diferenciadas.

Os pesquisadores obtiveram os mesmos resultados quando aplicaram as forças cíclicas a células musculares humanas. As células-tronco embrionárias utilizadas no experimento foram colhidas de embriões de ratos. Eles não fizeram experiências com células-tronco embrionárias humanas.

Expressão genética seletiva

Para estudar os efeitos de longo prazo da aplicação das forças mecânicas, os pesquisadores utilizaram corantes fluorescentes verdes, que permitiram acompanhar a expressão de genes específicos que, em última instância, determinam o caminho de desenvolvimento da célula-tronco, ou seja, em que tipo de célula ela se diferenciará.

"Se nossas descobertas puderem ser estendidas para embriões animais em seus primeiros estágios, poderemos ter uma nova forma de diferenciar localmente uma única célula de uma determinada linhagem, deixando todas as demais intactas," explica Wang.

Bibliografia:

Material properties of the cell dictate stress-induced spreading and differentiation in embryonic stem cells
Farhan Chowdhury, Sungsoo Na, Dong Li, Yeh-Chuin Poh, Tetsuya S. Tanaka, Fei Wang, Ning Wang
Nature Materials
October 2009
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nmat2563

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=forca-mecanica-induz-diferenciacao-celula-tronco-embrionaria&id=010165091105&ebol=sim

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Nanoestruturas são mapeadas em 3D por pesquisadores brasileiros



Fábio de Castro - 27/10/2009
Combinando duas técnicas diferentes, pesquisadores do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas (SP), desenvolveram uma metodologia inédita capaz de mapear em três dimensões a composição química de nanoestruturas.

De acordo com Antonio Ramirez, a metodologia determina a composição química tridimensional das estruturas com dimensões de poucos nanômetros a partir de imagens obtidas por meio de microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução (HRTEM).

"Essas imagens foram obtidas com uma técnica conhecida como reconstrução por série focal (FSR), um procedimento usado para obter imagens livres das aberrações do sistema óptico do microscópio. Essas imagens, com alta qualidade e resolução de picômetros, foram aliadas à técnica de análise de fase geométrica (GPA), que permite um mapeamento bidimensional de distorções estruturais", disse Ramirez.

Deformações estruturais

Segundo o pesquisador, a abordagem adotada pelo grupo brasileiro consistiu em usar os resultados obtidos com a combinação das duas técnicas para calcular a composição química das nanoestruturas a partir das medidas de suas deformações estruturais.

"Essas distorções, em diferentes direções cristalográficas, forneceram informações tridimensionais sobre o arranjo químico das nanoestruturas, com resolução espacial em escala nanométrica. Ao combinar as técnicas, conseguimos reconstituir a composição química nanoestrutural dessas estruturas", disse.

O Laboratório de Microscopia Eletrônica (LME) do LNLS é um laboratório multiusuário, que recebe cerca de 150 pesquisadores por ano. Em seus 11 anos, tornou-se referência em microscopia eletrônica, especialmente na área de química.

Ilhas de germânio-silício

Para realizar a pesquisa, o grupo utilizou ilhas epitaxiais de germânio-silício. "Trata-se de um sistema clássico de semicondutores. Foi um dos autores do estudo, Gilberto Medeiros-Ribeiro, que desenvolveu esse sistema", disse Ramirez.

No sistema, o germânio é depositado sobre uma superfície de nanocristais de silício - que se caracteriza por ser bastante plana - previamente aquecida a uma temperatura de cerca de 500º C. Conforme as camadas vão sendo depositadas, o germânio forma estruturas piramidais - ou "ilhas" - sobre o silício.

"O germânio e o silício têm a mesma estrutura cristalina, isto é, seus átomos se organizam em ordem semelhante. Mas seus tamanhos são ligeiramente diferentes e, por isso, o acúmulo de diversas camadas do germânio provoca distorções tão pronunciadas que formam as ilhas. Parte do silício, no entanto, é puxada para dentro dessas estruturas", contou.

Medição de alta precisão

Ramirez explica que as características desse sistema de estruturas cristalinas já haviam sido medidas em outros trabalhos com o uso de difração de raios X. Mas trata-se de uma medição muito genérica, que pressupõe determinadas distribuições.

"No nosso caso, é como se tivéssemos produzido fotos da composição dessas estruturas a partir de vários ângulos. Com isso, temos informações obtidas a partir de várias direções e, com um tratamento matemático, começamos a fazer um mapeamento tridimensional da química da nanoestrutura", disse.

Segundo o pesquisador, um aspecto importante do trabalho é que, em vez de apenas utilizar os dados obtidos por microscopia eletrônica de transmissão, o estudo agregou conhecimento ao contribuir com o desenvolvimento de novas técnicas.

"Estando em um laboratório nacional, que oferece essas técnicas avançadas, é parte da nossa obrigação não apenas utilizá-las, mas ajudar a desenvolvê-las. Essa metodologia poderá abrir novas portas para o estudo e a caracterização de materiais tecnologicamente importantes em áreas como a eletrônica", disse.

Bibliografia:

Quantitative 3D Chemical Arrangement on Ge-Si Nanostructures
Luciano A. Montoro, Marina S. Leite, Daniel Biggemann, Fellipe G. Peternella, K. Joost Batenburg, Gilberto Medeiros-Ribeiro, Antonio J. Ramirez
Journal of Physical Chemistry C
Vol.: 113 (21), pp 9018-9022
DOI: 10.1021/jp902480w

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Inseto tem voo controlado por eletrodos implantados no cérebro



Pesquisadores da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, implantaram eletrodos controlados por chips neurais diretamente no cérebro de abelhas, besouros e mariposas, usando os dispositivos para controlar remotamente o voo dos insetos.

O resultado é fruto de um esforço de pesquisa que já dura vários anos. Em 2007, a mesma equipe conseguiu fazer com que um inseto ciborgue sobrevivesse ao implante dos chips.

O inseto ciborgue, que ainda não voava de forma controlada, foi utilizado por pesquisadores associados para controlar um robô. Os olhos do inseto funcionam como os olhos do robô, controlando seu movimento - veja Robô-mariposa integra cérebro biológico a robô.

Chip neurológico

Agora, finalmente os pesquisadores tiveram sucesso em controlar o comportamento e o voo dos animais.

O chip neurológico foi implantado em abelhas, besouros e mariposas. A mariposa Mecynorrhina torquata e os besouros foram capazes de levantar voo levando consigo o chip e o aparato de controle, que ainda é muito pesado para insetos menores.

Hirotaka Sato e Michel Maharbiz começaram controlando de forma independente as asas dos insetos. Para isso, os animais eram mantidos fixos em barras oscilantes.

O acionamento dos eletrodos implantados no cérebro dos animais faz com que eles batam suas asas com uma velocidade correspondente à frequência dos sinais elétricos. O implante é feito ainda durante a fase de pupa do animal.

Depois de conseguirem controlar de forma independente as duas asas, os pesquisadores instalaram uma versão sem fios do chip neurológico nos insetos maiores, que foram capazes de voar com eles, sendo controlados à distância no interior de uma sala.

Voo controlado à distância

Um pulso específico faz com que o animal inicie o voo. A seguir, ele pode ser induzido a virar numa ou noutra direção por meio do envio de estímulos para o músculo da asa do lado oposto à direção que se deseja que ele vire. Assim que o impulso cessa, o animal volta a voar em linha reta.

O controle ainda não é absolutamente preciso, sendo que os animais obedecem em 75% das vezes que os comandos são enviados. Um comando específico faz com que o animal pouse suavemente.

Controle sem fios

Somente agora que o princípio de funcionamento e o programa de controle tiveram seu funcionamento comprovado é que os pesquisadores começarão o trabalho de miniaturização do sistema de controle sem fios.

O dispositivo consiste de estimuladores neurais e estimuladores musculares, conectados diretamente ao cérebro do animal. Os eletrodos ligam-se a um microcontrolador, que por sua vez recebe os sinais de comando através de um receptor de rádio. Todo o equipamento é alimentado por uma microbateria de lítio, do tipo das usadas em relógios.

Todos os experimentos foram feitos em uma sala fechada, com antenas distribuídas que permitiram o controle dos animais à distância mesmo com a baixa potência do microrreceptor. Para voos mais altos, em ambientes abertos, o grande desafio será a alimentação do chip neurológico e de um sistema de rádio de maior potência.

Baterias são inviáveis, porque seriam pesadas demais para que o animal as carregue. Outras opções são capacitores, células solares e até mesmo atuadores piezoelétricos, que captem uma parte da energia necessária a partir da vibração das próprias asas do inseto.

Bibliografia:

Remote radio control of insect flight
Hirotaka Sato, Christopher W. Berry, Yoav Peeri, Emen Baghoomian, Brendan E. Casey, Gabriel Lavella, John M. VandenBrooks, Jon Harrison, Michel M. Maharbiz
Frontiers in Integrative Neuroscience
September 2009
Vol.: To be published

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=inseto-tem-voo-controlado-eletrodos-implantados-cerebro&id=010180091002

Google adquire programa de segurança ReCAPTCHA



O que são captchas?

O Google anunciou a aquisição do programa ReCAPTCHA, utilizado para oferecer mais segurança aos sites da Internet por meio de letras ou números que o usuário deve digitar quando interage com um site.

As letras, que aparecem como desenhos distorcidos, evitam a distribuição de spam e o uso de sites interativos por programas automatizados, já que o reconhecimento dos caracteres é possível para um ser humano, mas muito difícil para um programa de computador. CAPTCHA é um acrônimo para Completely Automatic Public Turing test to tell Computers and Humans Apart.

Captcha do bem

Existem inúmeros programas de Captcha disponíveis no mercado, a maioria gratuita. Mas o ReCAPTCHA é especial. Enquanto os outros programas apresentam caracteres aleatórios e simplesmente checam se esses caracteres foram digitados corretamente, o ReCAPTCHA mostra palavras extraídas de livros impressos que estão em processo de digitalização.

Assim, quando digitam as palavras, muitas vezes quase ilegíveis, os usuários dos sites que usam o ReCAPTCHA estão na verdade ajudando a digitalizar livros antigos, jornais e outros materiais impressos antes do advento dos computadores.

A possibilidade de ajudar uma causa nobre fez com que o ReCAPTCHA de proliferasse como erva-daninha pela Internet. Milhares de sites ao redor do mundo já o adotaram. Seu uso é gratuito. Durante seu primeiro ano de funcionamento, 1,2 bilhão de captchas foram resolvidos e mais de 440 milhões de palavras foram corretamente decifradas. Isso equivale à digitalização de 17.600 livros.

Corrigindo o OCR

Mas como o programa sabe que o usuário digitou a palavra correta? O sistema funciona assim: o software do ReCAPTCHA pega uma palavra conhecida e outra que não foi reconhecida pelo OCR (Optical Character Recognition), e apresenta ambas ao usuário. Se o usuário interpretou corretamente a primeira, o programa assume que a segunda também foi interpretada corretamente.

O mesmo conjunto é apresentado seguidamente a vários usuários, até que, estatisticamente, o programa tenha certeza de que a palavra foi mesmo reconhecida. O texto do livro é então atualizado e dado como corretamente digitalizado.

ReCAPTCHA

O ReCAPTCHA foi lançado em 2007 pelo pesquisador Luis von Ahn, da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, tendo logo se transformado em uma empresa, criada com o objetivo de divulgar e eventualmente comercializar o programa.

O Google não divulgou se pretende fazer alguma alteração nas diretrizes de uso do programa.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=google-adquire-programa-seguranca-recaptcha&id=010175090916&ebol=sim

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O Futuro da Tecnologia

Novembro, 2007 — Robson Pereira Mendonça


Atualmente, é praticamente impossível sabermos e entendermos todas as siglas existentes no mundo da tecnologia.
Da década de 90 para cá, surgiu uma quantidade absurda de empresas de tecnologia em todo o mundo. E com elas vieram novos termos, serviços, conceitos e inovações. Com toda essa evolução , acabamos por ver grandes empresas (como Mandic, Netscape etc) se afundarem por não acompanhar a evolução proporcionada por esses novos entrantes. Empresas, consagradas no mercado internacional, vieram para o Brasil tentando impor sua cultura, com investimento pesado, e anos depois, simplesmente fecharam as portas no país e foram embora. Como o caso do provedor de internet AOL. Por outro lado, tivemos empresas que começaram desacreditadas (IG, Submarino, Yahoo, Google etc.) e se tornaram referência em seus segmentos.
Mas o que mais me impressiona é a revolução cultural causada por essas empresas e tecnologias. Basta ouvirmos um grupo de adolescentes (sem conhecimento técnico, diga-se de passagem.) conversando por alguns minutos, que que não demora muito para ressoar termos como: blog, flog, orkut, msn, skype, net, note, palm, torpedo, second life, emule, mp3, 4 e 5, ipod, iphone, torrent, download, upload, subir, baixar, converter, plugar, deletar, salvar, gravar, ripar, “control c, control v” e dezenas de outros.

Se pensarmos que esse mesmo grupo de adolescentes estiver simplesmente estudando tecnologia, além desses termos ainda ouviremos alguns outros como: web 2.0, tableless, CSS, RSS, usabilidade, escalabilidade, flexibilidade, tunning, firewall, java, dotnet, asp, jsp, php, html, xml, xhtml, ajax, tag, flag, lock, Database, cluster, RAID, NAT, FAT, NTFS, VPN, e por ai vai.

Imaginem o que esses adolescentes iriam pensar se os chamássemos para uma partida de Pac-Man, River Raid, Enduro, Mega Mania etc. Embora esses fossem os jogos da “moda” de dez a quinze anos atrás, perante aos poderosos xBox, PS2 e 3, Wii etc., o conceito seria no mínimo de “Tiozão”.
Bons tempos aqueles em que conhecíamos todos os termos relacionados a informática, e nos sentíamos orgulhosos em ter na ponta da língua a resposta quando questionados sobre alguns assuntos como: http, www, tcp-ip, internet, extranet, wan, lan, icq, smtp, pop, imap, dir, cls, format, xcopy, cd, rd, basic, xt, 286, 386, wordstar, lotus 1-2-3 etc.
Para aqueles (como eu) que trabalham neste mundo da alucinado da tecnologia, e dominavam os termos citados no parágrafo acima, o grande “pulo do gato” é investir em processos, gestão, negócios etc. E deixar para que esses adolescentes sedentos por “botõezinhos” e aparelhos digitais, dêm continuidade a aquilo que de certa forma demos nossa contribuição.
Agora, para dizer onde tudo isso vai parar, ainda desconheço qualquer tecnologia que seja capaz de responder!

http://robsonmendonca.wordpress.com/2007/11/01/onde-vamos-parar-alias-se-e-que-vamos/

Oportunidade de Emprego!!

1. Omirp – Rua 13 de maio, 112, Santo Amaro. Tel: 3423-2429.Atendimento: segunda, terça e quarta.

2. Estilo Profissional – Rua Alfredo de Carvalho, 126, Espinheiro. curriculum@estiloprofissional.com.br.
3. Busccar – Rua da Hora, 493, Espinheiro.Tel: 3241-3151. busccar@busccar.com.br / http://www.busccar.com.br/
4. ATS – Av. João de Barros, 1468 Sl. 106 – Espinheiro Recife-PEFone: 3242-8653/3247-2936 (fax).ats@atsconsultoria.com.br
5. Agregar – Rua Samuel Campelo, 180, térreo, Espinheiro. Tel: 3426-1938. agregar@matrix.com.br / http://www.agregarh.com.br/ / curriculos@agregarh.com.br
6. Àgilis – Rua Barão de Itamaracá, 293, sl-3. Espinheiro. Tel: 3134-1748.www.agilis.com.br.
7. Trino – Rua Vigário Barreto, 948 (em frente a Bob`s da Av. Rosa e Silva), Espinheiro.Tel: 3424-9404Atendimento: segundas, terças e quartas; horário comercial.
8. RHBrasil – Rua Manoel de Arruda Câmara, 100, Prado. Tel: 3236-2197.www.rhbrasil.com.br. falta via Internet
9. Adm Empresarial – Rua Hermógenes de Morais, 163 (esquina c/a DPCA). Madalena. 3445-1508Tel: 3226-1377adm@admempresarial.comhttp://www.admempresarial.com.br/

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Computação Gráfica

A Computação Gráfica se faz presente no dia a dia de profissionais e estudantes das mais diversas áreas de trabalho. Técnicos, engenheiros, agrimensores, Arquitetos, designers, publicitários, todos se utilizam a Computação Gráfica.
O objetivo deste curso é levar ao conhecimento de Iniciantes, usuários intermediários e Avançados, parte da computação gráfica, especialmente o CAD - Computer Aided Design - Projeto Auxiliado por Computador ou também chamado CADD - Computer Aided Drafting and Design - Projeto e Desenho auxiliado por Computador.
O Autocad se destaca na área da Computação Gráfica, com mais de 2 milhões de usuários em todo o mundo , isto somente com a versão R 14, produzido pela Empresa Americana AutoDesk Inc..

O que pode ser feito com ele?

Durante várias décadas os desenhos foram feitos usando-se canetas e lápis, por mãos de desenhistas, projetistas e ilustradores. Para que a pessoa se se torna um profissional competente, com habilidade, ela tinha que desenvolver, todo um conhecimento completo de desenho técnico ou publicitário. Com o aparecimento do computador, foi inevitável o surgimento de um grande aliado, as estações de trabalho, Também conhecidas de "Workstation" e de programas CAD, especialmente o Autocad, profissionais das áreas anteriormente abordadas podem e poderão realizar muito, mas, muito rápidos trabalhos que levariam dias para serem feitos, é isto que vamos tentar lhe oferecer ao longo do curso, abordando muitas áreas diferentes de aplicações em CAD.

Leandro macrado Freitas, 2006.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Criado microprocessador que funciona com ar

Computadores são muito simples

Quando você pensa em computadores, pensa em microprocessadores feitos de silício e outros materiais semicondutores, produzidos em salas ultralimpas localizadas em fábricas que custam bilhões de dólares.

E certamente você pensará também nos transistores, os elementos fundamentais dos microprocessadores e de todos os demais chips. É comum uma analogia entre os processadores e a matéria, ressaltando que os transistores seriam os átomos com que todos os circuitos integrados seriam construídos.

Logo, como não se tem matéria sem átomos, seria impossível ter processadores - e, portanto, computadores - sem os transistores, certo?

Errado. Apesar de serem os equipamentos mais complexos, versáteis e poderosos que o homem já construiu, o princípio de funcionamento dos computadores - ou dos processadores, que são a alma dos computadores - é notavelmente simples. Salvo algumas poucas funções em que os transistores funcionam como amplificadores, no interior de um processador eles são unicamente chaves liga-desliga.

Essas chaves são dispostas em sequências bem definidas e repetitivas, umas agindo sobre as outras da maneira mais simples possível, ou seja, de forma unidirecional. Ligue a chave 1 e as chaves 2 e 3 que estão conectadas a ela receberão corrente elétrica e, conforme estiverem ligadas ou desligadas, deixarão a corrente elétrica passar para as chaves 4 e 5 ou 6 e 7. E assim por diante.

Processador a ar

Ora, se você só precisa de chaves liga-desliga para fazer um processador, então você pode construir um computador com qualquer dispositivo que funcione como uma chave. Por exemplo, você pode construir um computador com canos e torneiras - a água fará o papel da eletricidade e as torneiras farão o papel dos transistores. Ou você pode substituir a água por ar, o que dará no mesmo.

Não apenas para demonstrar que essa possibilidade é real, mas também para construir um computador não-eletrônico que possa ser usado em biochips, pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, fizeram exatamente isso: eles construíram um processador que funciona usando o ar que flui por microcanais. Unindo os microcanais, foram postas pequenas chaves que liberam ou interrompem o fluxo de ar, exatamente como os transistores fazem em um processador eletrônico.

Enquanto no processador eletrônico a presença de eletricidade (chave ligada) é interpretado como 1 e a ausência de eletricidade (chave desligada) é interpretada como 0, os bits no processador a ar são criados pela presença ou ausência de ar nos microcanais.

Portas lógicas a ar

Uma corrente de 0s e 1s flui através dos microcanais do processador a ar, com válvulas pneumáticas controlando o fluxo do ar entre os diversos canais. Para simplificar as válvulas, os pesquisadores Minsoung Rhee e Mark Burns construíram os canais na forma de duas câmaras, separadas por uma membrana flexível. Quando a câmara inferior recebe ar, ele força a membrana para cima, fechando a válvula, evitando que o sinal binário flua pelas junções seguintes de forma desordenada. Para desligar a válvula, basta retirar o ar da câmara inferior.

A seguir, os dois pesquisadores usaram esse sistema de válvulas pneumáticas - que poderiam ser válvulas hidráulicas em um encanamento de água, varetas amarradas por cordões ou até mesmo, pasmem, transistores interligados por fios - para construir blocos básicos de cálculos, chamados portas lógicas, flip-flops, registradores e assim por diante - exatamente os mesmo blocos básicos existentes em um processador eletrônico.

Processador para biochips

Usando a facilidade das tecnologias de microfabricação - que são mais fáceis de mexer do que canos de PVC cheios de água - eles construíram um conjunto de microcanais capaz de funcionar como um processador de 8 bits, exatamente como o processador dos primeiros computadores do início da década de 80.

Esse processador lógico que dispensa eletricidade, baterias e fios, e se dá muito bem com os materiais líquidos sempre presentes nos laboratórios, deverá dar um novo impulso ao campo dos biochips, verdadeiros microlaboratórios utilizados na análise de amostras biológicas e com potencial para se transformar em microfábricas capazes de gerar compostos químicos superpuros, de forma contínua e com altíssima produtividade.

Processador sem fios

O processador a ar precisa de uma bomba externa para funcionar, mas a pressão e o volume de ar fornecidos por essa bomba são tão pequenos que o aparato é minúsculo e muito mais simples do que os controles eletrônicos que devem ser conectados aos biochips atuais. Veja, por exemplo, um biochip de última geração, apresentado há poucas semanas, que é capaz de fazer mais de mil reações químicas simultâneas - apesar do avanço que ele representa, chama a atenção a enormidade de fios que derivam dele. E a foto naquela reportagem não mostra o aparato aonde chegam esses fios. No caso do novo processador a ar, o seu controle externo se resumirá a um cano flexível para a passagem de ar.

A ideia de processadores não-eletrônicos tem várias outras possibilidades de uso, incluindo a automação industrial, onde grande número de equipamentos já funciona por meio de sistemas a ar comprimido. A maioria desses equipamentos opera baseado em cálculos muito simples, como aceitar ou rejeitar um produto baseado na leitura de um sensor. Processadores a ar comprimido poderiam simplificar as linhas de montagem, além de diminuir o consumo de energia e dispensar a presença de sistemas eletrônicos que operam muito aquém de suas capacidades.

Bibliografia:

Microfluidic pneumatic logic circuits and digital pneumatic microprocessors for integrated microfluidic systems
Minsoung Rhee, Mark A. Burns
Lab on a Chip
September 2009
Vol.: Published online
DOI: 10.1039/b904354c

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=criado-microprocessador-funciona-ar&id=010150090907&ebol=sim

sábado, 5 de setembro de 2009

Automação industrial ganha ambiente visual de desenvolvimento

Sistemas de monitoramento

Sistemas de monitoramento remoto estão espalhados por toda a parte, acompanhando segundo a segundo o funcionamento de equipamentos tão diferentes quanto telescópios robotizados instalados em montanhas distantes, fornos industriais, geradores elétricos e turbinas eólicas.

O trabalho desses programas, que representam a alma da automação industrial, é monitorar continuamente o funcionamento dos equipamentos e, tão logo algo dê errado, emitir um alerta para a central de manutenção para que as providências possam ser tomadas antes que o equipamento pare e cause prejuízos maiores.

Lendo dados de sensores

Para fazer isto, os programas de automação leem os dados de sensores dos mais diversos tipos: sensores de temperatura, de posição, de velocidade, de pressão do óleo e assim por diante. Quando o valor lido de um determinado sensor sai da escala padrão, um alerta é emitido para o operador.

Posto assim, parece que esses programas de automação e monitoramento remoto são simples e fáceis de fazer. Infelizmente este não é o caso. Como cada equipamento a ser monitorado tem suas próprias características e seus próprios sensores, cada equipamento exige um programa específico. Vai montar um equipamento novo? Então contrate um programador o quanto antes, porque ele terá que começar o trabalho do zero.

Ambiente visual de desenvolvimento para automação

Pelo menos era assim até agora. O trabalho pode de fato tornar-se mais simples com uma ferramenta apresentada nesta semana pelos engenheiros do Instituto Fraunhofer, na Alemanha.

A ferramenta é um ambiente integrado de desenvolvimento totalmente visual, o que significa que o sistema básico de monitoramento remoto pode ser adaptado para diversas funcionalidades sem exigir programação direta de código.

"Nós desenvolvemos nossa própria linguagem de configuração que é especialmente adaptada para os sistemas de monitoramento remoto," explica o Dr. Mario Trapp, coordenador do projeto. "Você não precisa de nenhum conhecimento de programação para trabalhar com essa linguagem. O engenheiro pode ajustar o programa de forma simples e direta usando funções de arrastar e soltar."

Arrastar e soltar

As ferramentas e os sensores correspondentes aos dispositivos reais que podem estar instalados na fábrica aparecem na tela na forma de ícones. O usuário simplesmente clica nos ícones e os coloca onde eles são necessários.

Por exemplo, se a fábrica exige um sensor de pressão, o ícone correspondente a esse tipo de sensor deve ser arrastado para o ambiente de monitoramento e uma janela se abre para que o usuário ajuste os valores mínimo, desejável e máximo que ele deve monitorar. Uma outra configuração permite controlar o que o usuário deseja que aconteça se os valores foram excedidos, com opções indo desde um alerta emitido para um telefone celular, até o desligamento integral da planta industrial.

Quando todas as opções estão selecionadas e configuradas, o ambiente gera o código necessário e compila o sistema de monitoramento remoto.

Mesmo depois de estar instalado e funcionando, é possível alterar o programa, por exemplo, para adicionar novos sensores. Hoje isso não é tão simples, exigindo trazer de volta o programador para reconstruir o programa e inserir as novas funcionalidades.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=automacao-industrial-ganha-ambiente-visual-desenvolvimento&id=010150090903&ebol=sim

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Criação de planta Baixa!

Desenhos técnicos voltados para empresas, edifícios e residências.

Contactar:
Projetista: Joaquim Macedo
E-mail: suporte.joaquim@hotmail.com

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Comece agora a trabalhar!!!

Múltipla – Rua Cel. João Ribeiro, 1072 Bairro Novo Tel: mailto:3429-9035multiplaservicos@pop.com.br

Consenso RH – Rua José Bonifácio, 205, sl-302 - Madalena Tel: mailto:3445-1508consenso@consensorh.com.br

Tempor - Av. General Mac Arthur, 418, s-209 - Imbiribeira. Tel: 3471-9626

Consultre – Rua Ernesto de Paula Santos, 187, conjs 1504 e 1505. Edf. Empresarial Excelsior. Boa Viagem. Tel: 3328-7061http://www.consultre-pe.com.br/ / consultre@consultre-pe.com.br

GMuinos – Rua Ernesto de Paula Santos, 187 Sl. 205/206. Edf. Empresarial Excelsior. Boa Viagem.Tel.: 3466-3533http://www.gmuinos.com.br/ recrutamento@gmuinos.com.br

Gelre – Av. Domingos Ferreira, 2050, 2º andar (prédio do Banco do Brasil), Boa Viagem.http://www.gelre.com.br/

TDM – Av. Domingos Ferreira, 801, sl-605, Boa Viagem. Tel: 3465-5953.Obs.: Não está mais trabalhando com seleção de pessoa. O que fazem (por pura boa vontade) é encaminhar para empresas possivelmente interessadas para as quais prestam serviços.

GVRH –Rua Pe. Giordano, S/N (em frente ao Laçador), Boa Viagem.Tel: 3325-4209

Lucre – Av. Visconde de Jequitinhonha, 209, sl. 1004, Boa Viagem. Tel: 3326-0888. www.lucrerh.com.br. lucrerh@lucrerh.com.brObs.1: O cadastro é feito exclusivamente on-line. Não adianta levar o currículo fisicamente.Obs.2: Os números na rua são confusos e a procura pelo lugar é um pouco complicada.

MS Terceirização – Rua Pe. Bernardino Pessoa, 794, Boa Viagem (Rua do Colégio Santa Maria). selecao@msterceirizacao.com.brHorário de atendimento: 09:00 às 12:00 e 14:00 às 17:00

Mediarh – Rua Ribeiro de Brito, 1002, sl-701, Boa Viagem.Fone: mailto:34664350mediarh@terra.com.br

Espro – Rua José Augusto Moreira, 53, Casa Caiada, Olinda.Tel: 3301-5100.www.espro.com.br/ selecao@espro.com.brObs.: Só recebe quando anunciado.

Loca Serv – Rua Marquês de Valença, 666, Boa Viagem (Rua ao lado do Restaurante Costa Brava – Barão de Souza Leão).Tel: 3465-1893. curriculo@locaserv.com.br Obs.: Foco em mão-de-obra de baixa bagagem acadêmica (serviçoes gerais, auxiliares, etc).

Laborh – Av. Bernardo Vieira de Melo, 1583, Piedade. Tel: 3468-3553.http://www.laborh.com.br/ / curriculo@laborh.com.br.

Motor flex diesel-gasolina bate recorde de eficiência!!

Um motor capaz de consumir uma mistura de dois combustíveis, qualquer que seja a proporção entre eles, está muito longe de ser uma novidade, pelo menos aqui no Brasil, onde quase a totalidade dos automóveis vendidos têm motor bicombustível, capaz de consumir etanol e gasolina.

Motor flex diesel-gasolina

E que tal um motor flex capaz de trabalhar com diesel e gasolina? Engenheiros da Universidade de Madison, nos Estados Unidos, afirmam que um motor bicombustível diesel-gasolina tem um aumento de eficiência de 20% e produz níveis muito inferiores de poluentes em relação aos motores diesel tradicionais.

Embora possa parecer que a adoção de combustíveis renováveis fosse uma saída melhor também para os caminhões, o fato é que o motor diesel ainda é imbatível para o transporte de cargas. Com isso, eles continuarão rodando, e poluindo bastante, por um bom tempo. Daí o interesse na solução criada pela equipe do professor Rolf Reitz.

Dois tanques separados

Em vez de misturar os dois combustíveis no tanque, como acontece nos motores bicombustível brasileiros, a técnica consiste em usar dois tanques separados de combustível e misturar diesel e gasolina no bico injetor do motor diesel, enviando para a câmara de combustão a composição precisa para o melhor funcionamento do motor em cada condição de uso.

Essa composição, segundo os testes, variou de uma mistura 50-50 (50% de diesel e 50% de gasolina) para um motor submetido a meia-carga, até uma proporção 15-85 quando o motor foi submetido à sua potência total.

Velas de ignição líquidas

Normalmente uma mistura com 85% de gasolina não seria capaz de fazer funcionar um motor diesel, porque a gasolina é menos reativa e mais difícil de queimar do que o diesel. Os engenheiros resolveram o problema utilizando o que eles descreveram como uma "mistura de resposta rápida," que mantém o diesel na proporção mínima para que o motor continue funcionando com perfeição.

"Você pode imaginar o spray de diesel na câmara de combustão como se fosse uma coleção de velas de ignição líquidas, que incendeiam as gotículas de gasolina," diz Reitz. "A nova estratégia altera as propriedades do combustível misturando-os no interior da câmara de combustão para controlar precisamente o processo de combustão, baseando-se na quantidade e momento que o diesel é injetado."

Eficiência térmica do motor

O processo funciona elevando a eficiência do motor, que passa a retirar mais energia do combustível. A temperatura de funcionamento é cerca de 40% mais baixa do que em um motor diesel convencional, o que diminui a perda de energia por meio da geração de calor.

Os melhores resultados obtidos em laboratório mostraram uma eficiência termal do motor diesel de teste de 53%, superior ao mais eficiente motor em uso atualmente, um gigantesco motor turbinado de dois tempos usado em navios, que alcança 50% de eficiência termal.

Química da combustão

Além disso, o controle preciso da mistura entre os dois combustíveis otimiza a "química da combustão," segundo Reitz, o que se traduz em menos combustível não queimado saindo pelo escapamento e menos gases poluentes.

O pesquisador afirma que, se a técnica fosse aplicada a todos os motores diesel em uso nos Estados Unidos, isso representaria uma economia de combustível de 33%.

Embora tenha sido testado apenas em motores diesel, o engenheiro afirma que a tecnologia também pode ser utilizada no sistema de injeção eletrônica dos motores a gasolina. Os motores a gasolina usados hoje têm uma eficiência termal de cerca de 25%.

Bibliografia:

Validation of a Grid Independent Spray Model and Fuel Chemistry Mechanism for Low Temperature Diesel Combustion
T. Yoshikawa, R. D. Reitz
International Journal of Spray and Combustion Dynamics
2009
Vol.: Accepted

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=motor-flex-diesel-gasolina-bate-recorde-eficiencia&id=010170090810

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Plataformas de petróleo estão vulneráveis ao ataque de hackers


As plataformas de petróleo operando em alto mar têm sistemas inadequados de segurança da informação, o que as deixa altamente vulneráveis aos ataques de hackers, vírus e vermes digitais.

O alerta foi feito por pesquisadores do instituto de pesquisas SINTEF, que abrange os países escandinavos.

Invadindo uma plataforma de petróleo

Os cientistas afirmaram que as companhias petrolíferas fizeram um bom trabalho no tocante à tecnologia de exploração de petróleo e aos cuidados com o meio ambiente e a segurança e saúde dos trabalhadores. Mas ficaram a dever no quesito segurança da informação.

"O cenário de pior caso, é claro, é aquele no qual um hacker conseguirá invadir e tomar o controle de toda a plataforma," explica Martin Gilje Jaatun, um dos membros da equipe que estudou plataformas petrolíferas de várias empresas.

"Felizmente isso ainda não aconteceu, mas nós registramos um grande número de incidentes que poderiam ter se transformado em algo deveras dramático. Por exemplo, ataques de vírus já fizeram com que um processo controlado eletronicamente se tornasse instável," diz Jaatun.

Plataformas robotizadas

As plataformas de petróleo são verdadeiras fábricas quase inteiramente automatizadas e totalmente interligadas por sistemas eletrônicos de sensores e atuadores, que monitoram e controlam a produção 24 horas por dia.

Um ataque malicioso que consiga entrar no sistema de controle da plataforma poderá eventualmente controlar todo o seu processo produtivo. Com um pouco mais conhecimento do próprio processo, o invasor seria capaz de gerar erros que levariam a "consequências desastrosas," segundo os pesquisadores.

O avanço das tecnologias e a necessidade de diminuição dos custos traçou uma tendência clara de que a exploração petrolífera em alto mar seja crescentemente robotizada nos próximos anos, o que poderá deixá-las ainda mais vulneráveis a ataques, caso medidas adequadas de segurança não forem adotadas.

Criação de métricas

A principal origem das fragilidades encontradas pelos pesquisadores é a interligação das plataformas com os controles em terra. A exploração de petróleo segue o que se chama "operação integrada," em que o contato plataforma marítima-central de controle em terra é totalmente transparente - a maioria dos processos na plataforma são controlados pelo pessoal em terra por meio de PCs em rede.

Os pesquisadores fizeram entrevistas pormenorizadas com o pessoal envolvido em funções-chave de empresas petrolíferas operando na Noruega e na Finlândia e confirmaram que o número de incidentes de segurança nas plataformas vem subindo ano a ano.

"O estudo de segurança da informação nas plataformas mostrou que existe uma necessidade de criar métricas para medir os efeitos dos esforços dispendidos no aumento da segurança. Nós precisamos desenvolver novos mecanismos de mensuração que possam demonstrar como as diferentes formas de lidar com as contingências de segurança afetam questões básicas do negócio, como o tempo de operação e a lucratividade," recomendaram os pesquisadores.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=plataformas-petroleo-estao-vulneraveis-ataque-hackers&id=010150090821

Microrrobôs voadores terão asa de inseto e giro de helicóptero!!


Imitar a natureza tem sido uma tática de muito sucesso entre os cientistas, principalmente entre os construtores de robôs. Afinal, reproduzir técnicas de movimento e voo que a natureza levou milhões de anos para aprimorar parece ser uma opção inteligente.

Mas sempre restou uma dúvida entre os cientistas quando o assunto é a construção de microrrobôs voadores. Há insetos que voam batendo as asas e há insetos que voam girando as asas. Qual seria a melhor abordagem?

Eficiência no voo

É praticamente um consenso entre os cientistas que os microrrobôs com asas, imitando as libélulas, seriam mais eficientes em termos de gasto de energia do que microrrobôs dotados de hélices, como helicópteros, ou mesmo do que aqueles que voam como aviões. E energia é algo valioso quando se trata de fazer voar um robô que pesa poucos gramas e não pode se dar ao luxo de carregar grandes baterias.

David Lentink, da Universidade de Wageningen, na Holanda, resolveu tirar a prova, testando esse consenso, a fim de obter uma resposta definitiva sobre qual design da natureza é melhor copiar. Ou mesmo se o projeto dos helicópteros seria o melhor.

Para isso, ele fez o que nenhum roboticista havia feito até agora: ele comparou rigorosamente o gasto de energia das asas de um microrrobô entre os dois tipos de movimento, batendo e girando.

Asas que batem e asas que giram

O pesquisador construiu as asas, inspiradas nas asas de uma mosca, mas em tamanho ampliado. A seguir, mergulhou-as em um tanque com óleo e comparou o gasto de energia quando as asas são postas para bater e quando elas são postas para girar, como os helicópteros fazem com suas asas giratórias.

O resultado não deixa margem a dúvidas: um microrrobô pode economizar até 50% de energia se ele fizer as asas girarem, como um helicóptero, em vez de batê-las para tentar imitar um inseto ou um pássaro, mantendo o mesmo nível de sustentação.

Voo híbrido

A descoberta influenciará todo o futuro desenvolvimento de microrrobôs voadores, que poderão passar a ter um desenho híbrido e usufruir da eficiência dos dois elementos: o desenho da asa dos insetos, que é mais leve e mais eficiente nessa escala, e o giro usado nos helicópteros.

A movimentação circular das asas também é mais econômica em termos de equipamentos, uma vez que elas podem ser conectadas diretamente ao eixo do motor, sem necessidade de nenhuma engrenagem ou sistema complicado de controle.

O consenso também caiu por terra. "Os engenheiros acreditavam até agora que máquinas voadoras do tamanho de moscas deveriam voar como uma mosca para serem energeticamente eficientes, mas nós demonstramos que isso não é verdade," diz Lentink.

Vórtices de sustentação

A explicação para o resultado é que as asas girantes dos insetos podem gerar muito mais sustentação do que era previsto pela teoria da aerodinâmica - até duas vezes mais. A sustentação extra é gerada por um vórtice em forma de tornado que gira paralelamente à borda dianteira da asa. Esse vórtice diminui a pressão sobre a asa e puxa-a para cima, sustentando o peso do inseto no ar.

Observando cuidadosamente o movimento no tanque de óleo, Lentink e seu colega Michael Dickinson observaram que o movimento giratório da asa gera a sustentação de forma mais eficiente.

Compreender melhor para copiar bem

Contudo, a pesquisa não responde a todas as perguntas, sobretudo, como construir um robô que consiga voar por horas como uma mosca, enquanto os mais eficientes microrrobôs e suas microbaterias não conseguem ficar no ar por mais do que uns poucos minutos. "Com uma forma tão eficaz de armazenamento de energia e motores musculares, as moscas são muito menos dependentes da eficiência energética do que os nossos melhores robôs voadores," diz Dickinson.

"Nós poderemos continuar a aprender com a natureza como melhorar os projetos de nossos robôs voadores, mas não sem um melhor entendimento de por que as moscas voam tão bem," conclui ele.

Os microrrobôs veem sendo alvo de intensas pesquisas devido às inúmeras possibilidades de sua utilização, que vão desde a exploração de Marte até operações de resgate e salvamento em locais de desastres naturais.

Bibliografia:

Biofluiddynamic scaling of flapping, spinning and translating fins and wings
David Lentink, Michael H. Dickinson
Journal of Experimental Biology
August 15 2009
Vol.: 212, Issue 16
DOI: 10.1242/jeb.022269

Rotational accelerations stabilize leading edge vortices on revolving fly wings
David Lentink, Michael H. Dickinson
Journal of Experimental Biology
August 15 2009
Vol.: 212, Issue 16
DOI: 10.1242/jeb.022269

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=microrrobos-voadores-terao-asa-inseto-giro-helicoptero&id=010180090812

NASA disponibilizará dados sobre objetos em rota de colisão com a Terra


A NASA anunciou que disponibilizará na Internet todas as informações disponíveis sobre objetos espaciais em rota de colisão com a Terra, os chamados NEO (Near-Earth Objects).

Site, Twitter e widget

O site, chamado Asteroid Watch (Observatório de Asteroides) será a primeira fonte centralizada de informações sobre o risco de colisões com a Terra de asteroides e cometas que aproximam-se constantemente do nosso planeta e será atualizado continuamente.

Além do site, foi disponibilizada uma conta no Twitter, para quem quiser acompanhar as últimas notícias sobre os possíveis impactos de forma contínua, além de uma ferramenta para incluir as últimas notícias em blogs e sites.

Fascinação do público

"A maioria das pessoas tem fascinação com os objetos celestes que se aproximam da Terra," disse Don Yeomans, coordenador do projeto. "E eu tenho que concordar com eles. Eu tenho estudado esses objetos por mais de 30 anos e eu os acho cientificamente fascinantes, e uns poucos são potencialmente perigosos para a Terra."

O objetivo do Observatório de Asteroides, segundo Yeomans, será manter o público atualizado com as mais recentes e precisas informações sobre o assunto, incluindo os novos dados constantemente coletados pela NASA e por seus parceiros.

Isso incluirá as últimas novidades nas pesquisas científicas sobre os asteroides e cometas, e não apenas os eventos que representem riscos de colisão com a Terra.

Monitoramento de impactos no Brasil

O Brasil está para inaugurar o seu sistema demonitoramento de asteroides em rota de colisão com a Terra, chamado Projeto Impacton.

O telescópio usado no Impacton está sendo instalado na cidade de Itacuruba, em Pernambuco. O equipamento possui um espelho de um metro de diâmetro e será totalmente automatizado e operado a distância, a partir do centro de controle do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro.

O site Asteroid Watch pode ser visitado no endereço www.jpl.nasa.gov/asteroidwatch e a conta no Twitter é twitter.com/asteroidwatch.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nasa-disponibilizara-dados-sobre-objetos-rota-colisao-terra&id=020130090806&ebol=sim

sábado, 15 de agosto de 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Tecnologia vai prever o futuro e as necessidades humanas, diz cientista

Se os meteorologistas conseguem fazer previsões com elevado índice de acerto mesmo lidando com todas as variáveis que influem sobre o clima, não seria então possível prever quais voos devem ser cancelados ao redor do mundo para evitar que uma epidemia se alastre?
Há inúmeros fenômenos que, se previstos com um mínimo de precisão, poderiam ajudar os governos a lidar não apenas com problemas de saúde, mas também com a economia. Por exemplo, que medida dará melhor resultado: o corte de impostos sobre gêneros de primeira necessidade ou a manutenção dos impostos e a distribuição direta de recursos para as famílias pobres?

Previsão do futuro high-tech

O professor Alessandro Vespignani, da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, afirma que isto é pouco e que será possível fazer muito mais, em áreas nem sequer imaginadas. Não será apenas o caso de extrapolar tendências, mas de prever de fato o que a população vai demandar no futuro, em termos sociais, econômicos e muito mais.
Os avanços recentes na teoria e na modelagem de redes complexas, juntamente com a possibilidade de coletar novos dados a partir da Internet e dos equipamentos eletrônicos móveis permitirá que "a humanidade atinja um poder real de prever o futuro," afirma ele.

Rastreamento individual

Pesquisas já demonstraram a possibilidade concreta de monitorar simultaneamente 100.000 usuários de celulares durante seis meses, usando os dados trocados constantemente entre os celulares e as torres de comunicação. Outra pesquisa demonstrou que a circulação de dinheiro pelas casas de câmbio oferece uma forma simples de monitorar o movimento de pessoas ao redor do mundo.
Neste exato momento, estão sendo gerados bilhões de bytes de informações sobre a vida de cada indivíduo, sobre a interação entre indivíduos e sobre os hábitos de cada um: registros de compras em cartões de crédito, dados de celulares, Bluetooth, GPS e WiFi deixam um rastro digital da vida de cada um que é virtualmente impossível apagar.
E, segundo Vespignani, agora já temos as ferramentas de software e o poder computacional para começar a fazer uso produtivo dessas informações.

Mineração de realidade

Essas novas técnicas, que o pesquisador chama de "mineração de realidade," deverá aumentar a capacidade dos pesquisadores e cientistas para prever com precisão os efeitos de fenômenos como eventos catastróficos, movimentos populacionais ao redor do mundo ou mesmo a invasão de novos organismos em ecossistemas, como pragas na agricultura ou vírus no ser humano.
"Isto é semelhante ao que aconteceu na física quando nós tivemos a mudança da física atômica e molecular para o estudo da física da matéria. Aqui nós vemos o movimento partindo do estudo de um pequeno número de elementos, ou pequenos grupos sociais, para o estudo do comportamento de sistemas sociais em larga escala, consistindo em milhões de pessoas, que podem ser caracterizados no espaço, tanto geográfico quanto social, e no tempo," diz o cientista.

Dados fluindo pela rede

Vespignani reconhece que a criação da infraestrutura necessária para as previsões do futuro, como ele as entende, ainda está dando seus primeiros passos. As informações já estão sendo geradas em larga escala, mas ainda não há um mecanismo para que elas sejam reunidas de forma rápida, fácil e em tempo real.
Isto reduz a possibilidade das previsões a estudos específicos, com tempo determinado e com grandes orçamentos. Mas, num futuro próximo, prevê ele, esses dados estarão fluindo pela rede, graças ao aumento crescente do poder de processamento dos computadores e da capacidade e armazenamento de dados digitais.
O trabalho à frente, segundo ele, envolverá a atuação conjunta de vários campos do conhecimento, incluindo teoria de redes, biologia matemática, estatística, ciência da computação e física estatística.

Artistas da aproximação

Vespignani reconhece que essa capacidade de previsão do futuro levanta sérias questões de privacidade. Mas ele passa ao largo da discussão de forma inteiramente pragmática: os dados estão disponíveis, é fácil e barato coletá-los e não há porque não usá-los.
"Nós gostamos de pensar que somos únicos. Mas provavelmente, para 90% das nossas interações sociais, nós não somos assim tão únicos," diz o físico. "Os físicos trazem um equilíbrio especial entre rigor matemático, abordagens computacionais e intuição para o problema. Nós somos os artistas da aproximação."
Comentando a pesquisa, Adrian Cho, da revista Science, afirmou: "No campo dos sistemas socioeconômicos complexos, os físicos e outros cientistas analisam as pessoas quase como se elas fossem elétrons totalmente substituíveis."

Bibliografia:Predicting the Behavior of Techno-Social SystemsAlessandro VespignaniScience24 July 2009Vol.: 325. no. 5939, pp. 425 - 428DOI: 10.1126/science.1171990

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tecnologia-vai-prever-futuro-necessidades-humanas-diz-cientista&id=010150090803&ebol=sim

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mercedes vai lançar carro elétrico super esportivo


A Mercedes Benz parece não estar disposta a aguardar os resultados de sua parceria com a Tesla Motors e anunciou uma versão elétrica do seu super esportivo SLS. A empresa já possui um carro elétrico de pequeno porte, o Smart EV.
Carro esporte elétrico
O carro elétrico esportivo, batizado de SLS eDrive, será fabricado pela divisão AMG e usará a mesma plataforma da versão a combustão, que utilizará um motor V8 e terá carroceria de alumínio. O SLS a combustão deverá estar disponível em 2011 e a empresa não deu data para a chegada ao mercado do SLS elétrico.
O SLS a gasolina possui motor V8 de 571 hp, enquanto o eDrive deverá ter uma potência equivalente a 525 hp. Um torque de 88 Nm garantirá que os dois tenham aceleração praticamente igual, fazendo de 0 a 100 km/h em cerca de quatro segundos.
Motores suspensos
A grande novidade técnica do eDrive é a utilização de quatro motores elétricos colocados dentro da carroceria, e não nas rodas, como parece ser a tendência nos carros elétricos menores. Para isso serão utilizados dois sistemas de transmissão, um para cada eixo, eliminando o cardã da versão a combustão.
Em nota, a empresa afirma que a opção por manter os motores na carroceria visa diminuir o peso não suspenso, que interfere na aderência do carro ao solo e diminui o conforto.
As baterias, de 400 V e capacidade de 40 A atingem uma capacidade de 48 kWh.

Bokode: novo substituto dos códigos de barra?

Os códigos de barra são absolutamente indispensáveis na economia atual. Sua simplicidade e baixo custo têm garantido uma hegemonia que já dura décadas.
E não é por falta de alternativas e nem de concorrentes diretos. Há vários candidatos tentando substitui-los, em uma corrida na qual as etiquetas inteligentes RFID parecem ter a dianteira.
Transmissão óptica de informações
Essa corrida agora ganhou mais um competidor. Cientistas do MIT apresentaram o seu Bokode, uma forma totalmente nova de codificar informações opticamente. Assim como as etiquetas RFID, o Bokode tem capacidade para armazenar uma quantidade de informações muito maior do que os códigos de barra tradicionais.
Basicamente, há três formas de transferir dados opticamente: através de uma imagem tradicional, usando um espaço bidimensional; através de variações temporais - como em um filme, onde se usa o tempo como uma dimensão -; e por meio de variações no comprimento de onda da luz - técnica utilizada nas comunicações por fibras ópticas para compartilhar uma única fibra entre vários canais com informações distintas.
O Bokode se destaca de todos esses mecanismos e vai na direção dos hologramas. Ele codifica os dados na dimensão angular. O brilho dos raios de luz que emergem do dispositivo varia dependendo do ângulo desses raios em relação ao plano de visão.
Segundo Ramesh Raskar, coordenador do laboratório onde o Bokode foi criado, parece que ninguém havia usado essa técnica antes. "Havia três formas de codificar opticamente uma informação e agora nós temos mais uma," diz Raskar.
Holograma 2.0
Um Bokode tem 3 milímetros de diâmetro, o suficiente para conter uma quantidade de informações muito superior à que pode ser codificada em um código de barras bidimensional comum.
O protótipo precisa de uma fonte e de um LED para funcionar, o que mostra que ainda há desenvolvimento a se fazer se o objetivo é de fato concorrer com os códigos de barra.
Segundo os pesquisadores, eles já estão trabalhando em uma versão reflexiva, similar às imagens holográficas existentes em cartões de crédito, que poderão ser menores e mais baratos. "Nós estamos tentando torná-los praticamente invisíveis mas, ao mesmo tempo, fáceis de ler com uma câmera digital comum, mesmo com a câmera de um celular," disse Ankit Mohan, principal responsável pela criação do Bokode.
Bo o quê?
O nome Bokode vem de bokeh um termo técnico em japonês na área de fotografia, que se refere à mancha circular produzida por uma imagem de uma fonte de luz feita fora de foco. "Code" refere-se a código, como em "barcode", código de barras.
Ao contrário dos códigos de barra, as novas etiquetas ópticas podem ser lidas à distância de vários metros. E, ao contrário dos scanners a laser utilizados hoje, o Bokode pode ser lido por uma câmera comum de baixa resolução.
A versão atual do Bokode usa uma câmera fora de foco para leitura, permitindo que a informação codificada angularmente seja detectada a partir da imagem borrada.
O dispositivo também pode ser lido por uma câmera comum com o foco configurado para infinito. Mas, chegando bem perto, as informações podem ser visualizadas mesmo a olho nu.

Bibliografia:Bokode: Imperceptible Visual Tags for Camera-based Interaction from a DistanceAnkit Mohan, Grace Woo, Shinsaku Hiura, Quinn Smithwick, Ramesh RaskarProceedings of ACM SIGGRAPH 2009August 2009

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=bokode-novo-substituto-codigos-barra&id=010110090729&ebol=sim

Novo-G, primeiro supercomputador reconfigurável do mundo


Aaron Hoover - 29/07/2009


Um supercomputador chamado Novo-G, descrito por seus criadores como sendo o mais poderoso computador de seu tipo no mundo, começou a funcionar nesta semana na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.
Supercomputador reconfigurável
O nome Novo-G junta a palavra latina para "inovar, mudar, alterar" com a letra G, de Gênesis.
Sendo um computador reconfigurável, o Novo-G é capaz de rearranjar seus circuitos internos para atender às necessidades do problema que ele tem por resolver.
As aplicações dos computadores reconfiguráveis vão desde os satélites espaciais até os supercomputadores de pesquisa. Eles poderão ser usados "em qualquer lugar onde tamanho, energia e alta velocidade são importantes," diz o pesquisador Alan George.
Um computador desse tipo, muito menor, chamado "LapTop Voador," deverá ir ao espaço em 2012 - Sonda espacial terá hardware reconfigurável para múltiplas pesquisas
O melhor de dois mundos
Os computadores tradicionais usam os chamados "componentes de lógica fixa" para desempenhar uma grande variedade de tarefas. Mas esse enfoque "pau para toda obra" exige uma quantidade significativa de energia e espaço adicionais, não importando qual seja o trabalho a ser feito.
Por outro lado, computadores especializados, dirigidos para uma tarefa específica, podem ser construídos para realizar determinadas tarefas de forma muito mais eficiente. Mas eles não são flexíveis, e só sabem fazer uma coisa.
Os computadores reconfiguráveis, por sua vez, juntam o melhor desses dois mundos. Isto porque eles podem reorganizar seus circuitos internos como se fossem blocos de Lego, criando a arquitetura mais apropriada para cada trabalho. O resultado é que um computador reconfigurável pode ser entre 10 e 100 vezes mais rápido do que os computadores comuns do mesmo tamanho, mas usam até 10 vezes menos energia.
Tecnologia muito complicada
Embora o conceito de computador reconfigurável já esteja bem demonstrado, eles continuam em estágio de pesquisa, principalmente porque não são muito fáceis de usar. Um dos objetivos da pesquisa com o Novo-G é justamente desenvolver ferramentas que possam tornar os computadores reconfiguráveis mais acessíveis.
"É uma tecnologia poderosa, mas é também uma tecnologia muito complicada," diz George. "Nós não queremos que essa tecnologia tão importante seja acessível apenas para especialistas."

terça-feira, 21 de julho de 2009

A Internet está se auto-organizando em um metacomputador global


Yves Sciama/Research Europe - 20/07/2009


Ao longo dos últimos 30 anos, Joel de Rosnay tem se baseado em seus conhecimentos em biologia e tecnologias avançadas para investigar os recursos à disposição da civilização digital. Esta é uma entrevista dada por ele durante um evento chamado Diálogo Mundial do Conhecimento, uma reunião interdisciplinar, focada no futuro, da qual participam alguns dos maiores pensadores mundiais.
Que tendências você vê emergindo da interconectividade global entre humanos e computadores?
Primeiro de tudo eu gostaria de salientar que há mais na civilização digital que nós estamos entrando do que só a Internet. Ela também cobre as telecomunicações (telefone, televisão), satélites e ambientes inteligentes, por exemplo. É verdade, entretanto, que a Internet do futuro, com seus blogs, emails, vídeos, mensagens e sistemas móveis, irá favorecer uma interação entre os usuários cada vez maior.
A Internet se desenvolveu como um sistema darwiniano, gerando filhotes como a árvore evolucionária da vida. Há pouquíssimo planejamento no desenvolvimento da World Wide Web, mas sim uma multiplicidade de iniciativas de indivíduos ou de pequenos grupos. Nós estamos testemunhando uma genuína auto-organização de uma inteligência "cooperativa" ou "conectiva" - termos que eu prefiro chamar de coletiva.
Você fala de vez em quando de um "superorganismo global" para descrever o que nós estamos testemunhando...
Eu tenho usado várias metáforas para tentar tornar as pessoas conscientes do que está acontecendo, algo que é difícil explicar porque é um novo paradigma. No O Homem Simbiótico, publicado em 1995, eu falava de "cibionte", um termo composto do prefixo "cib", de cibernética e da raiz "bio", que se refere à vida, ao mundo vivente. Este termo descreve, portanto, um organismo vivo que é um meta-organismo global. Até hoje, os principais organismos globais que conhecemos têm sido as cidades, nações, grandes organizações internacionais ... mas com o cibionte nós chegamos a um novo nível de complexidade - um superorganismo global para o qual nós estamos assim como os neurônios estão para o cérebro.
Esta metáfora é utilizada por outros cientistas, como E.O. Wilson, em seu último livro. Ele faz eco da teoria Gaia, formulada por James Lovelock, segundo a qual a Terra é um ser vivo.
Como eu explico no O Homem Simbiótico, eu vejo a fusão de dois elementos: por um lado, Gaia, que é o metabolismo do planeta, com seus fluxos de energia e de matéria (carbono, nitrogênio, ciclo da água) e, por outro lado, o cibionte, que é o sistema nervoso no processo de auto-organização.
Quem programa esse supercomputador?
Os próprios internautas! Aqueles a quem me refiro como o "pronetariado", um termo que designa aqueles que são, e para quem é, a Internet. [usando prone como prefixo, que significa propenso, predisposto.] Claro que há aqui uma referência a Marx e seu chamado para o proletariado do mundo para se unir. O pronetariado - além do fato de que eles já estão unidos - também são diferentes do proletariado no sentido de que eles têm os seus próprios meios de produção.
Com um simples computador portátil, fazendo o upload de fotografias, artigos, links, tags, comentários, cada um de nós está reprogramando esse meta-computador global a partir de dentro. E o mais surpreendente de tudo é que esta gigantesca máquina na qual somos os elementos vivos tem funcionado ininterruptamente há quase 20 anos. Em poucas décadas, sem dúvida, este sistema irá incluir o seu próprio sistema imunológico, como o de uma criatura viva, capaz de combater vírus e spam no interesse comum.
Será que a emergência dessa inteligência cooperativa é uma coisa boa para as sociedades humanas?
Eu não faço julgamentos, eu simplesmente tento analisar as potencialidades e os perigos. O potencial é excelente: por exemplo, repensando as relações entre políticos e cibercidadãos - o que, de qualquer forma, precisa ser feito - poderíamos inventar uma ciberdemocracia genuína, uma democracia mais participativa que poderia complementar a tradicional democracia representativa.
Isto implica, naturalmente, trabalhar para assegurar que esta inteligência emergente leve ao que James Surowiecki chama "A Sabedoria das Multidões". Mas não há garantia de que esta sabedoria irá sempre se manifestar na direção correta. Multidões também podem tornar-se loucas, amplificar efeitos diminutos, reagir com ódio ou se virar contra aqueles que questionam.
Você pode ver outros riscos inerentes ao desenvolvimento da civilização digital, tais como um aumento do controle por parte dos governos?
O cerceamento das liberdades individuais é um risco que existe há muito tempo tempo.
Os governos têm sempre usado escutas telefônicas, vigilância, registros em arquivos... em suma, inteligência. Só que agora isso é possível em uma escala diferente dadas as possibilidades técnicas oferecidas pelos satélites, telefones celulares, cartões de crédito, RFID, armazenamento de informações etc.
Mas eu vejo como sendo o principal risco a criação de uma sociedade dual tanto com um individualismo excessivo (como frequentemente vemos entre os jovens) e um crescente tribalismo - uma identificação cada vez mais forte com uma comunidade, o que me faz temer movimentos grupais levando as pessoas em direções para as quais elas não tiveram tempo suficiente para pensar a respeito.
Eu tenho sempre escrito que, quanto mais o mundo torna-se global, mais ele se torna igualmente tribal. Isto é tanto positivo quanto negativo.
As pessoas têm uma afinidade com o seus países, sua cultura, sua língua, suas raízes e seu território, e tudo isto é positivo. Mas, quando levado ao extremo, isso conduz a um nacionalismo excessivo que se torna perigoso.
Será que não estamos vendo também o desenvolvimento de um tribalismo científico na medida em que pesquisadores se isolam dentro de suas disciplinas?
Eu pensei sobre isso 20 anos atrás: as disciplinas estavam se tornando cada vez mais estreitas e há uma aparente dificuldade em se comunicar com outros cientistas. Mas isto já não é totalmente o caso na medida que existe uma convergência das ciências complexas, do enfoque sistêmico e particularmente através da teoria do caos.
Agora estamos vendo leis análogas em domínios muito diferentes: cibernética, ecologia, economia e fisiologia, por exemplo. Por isso, é possível retornar a uma era de especialistas que têm um conhecimento detalhado de um determinado campo, mas ao mesmo tempo transcendem este campo através de um enfoque sistêmico. Esses especialistas tanto compreendem quanto são inspirados por outras disciplinas e são também, portanto, generalistas.
Estamos vendo agora a chegada de pesquisadores jovens, mais generalistas, que falam com os meios de comunicação - por vezes gerando conflitos com os cientistas mais velhos e mais ligados à disciplina, que os acusam de falar sobre assuntos fora do seu domínio.