Helicóptero elétrico A ideia de um helicóptero particular de baixo custo parece estar decolando firme na Europa. Depois de arrecadar €1,2 milhão em uma campanha de financiamento público voluntário, a emergente E-volo conseguiu suporte oficial da União Europeia. O primeiro protótipo já fez seu voo de estreia, e agora já conta com recursos suficientes para partir para a produção em escala. O Volocóptero foi encampado pela Climate-KIC, a principal iniciativa europeia no campo das "inovações climáticas". A ideia é lançar um veículo que seja seguro, simples e menos poluente do que os helicópteros convencionais. Para isso, o motor a combustão tradicional foi substituído por dezoito motores elétricos, cada um com seu próprio rotor. E o voo inaugural do helicóptero elétrico causou sensação justamente pelo silêncio com que a aeronave de dois lugares alçou voo, um silêncio que contrastou com a decolagem espalhafatosa dos helicópteros tradicionais. Vibrações Apesar das extensivas e bem-sucedidas simulações realizadas por pesquisadores da Universidade de Stuttgart, na Alemanha, todos estavam ansiosos para saber se haveria vibrações desagradáveis ou mesmo perigosas na estrutura mecânica do plano do rotor. "Essas vibrações são um grande problema para os helicópteros normais", declarou Stephan Wolf, diretor da E-volo, acrescentando que "essas vibrações, juntamente com o ruído ensurdecedor, trazem muito desconforto aos passageiros nos voos em helicópteros normais". Devido à estrutura complexa do Volocóptero, com seu design leve feito de fibra de carbono, não foi possível simular as vibrações no laboratório. Mas as únicas vibrações vieram da equipe que assistia ao voo: "Nem mesmo as câmeras de vídeo HD presas ao anel exterior de carbono do rotor da aeronave capturaram o mínimo sinal de vibrações," disse Wolf. http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=helicoptero-pessoal-eletrico&id=010170140107
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Brasil ocupa segundo lugar em ranking de empregos no setor de energia renovável
O Brasil é um dos líderes do ranking
global de empregos no setor de energia renovável, segundo o novo relatório da
Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), publicado nesta semana,
ficando atrás apenas da China. O “Renewable Energy and Jobs”, primeiro estudo
global nesta área, destacou que em todo mundo, cerca de 5,7 milhões de pessoas atuavam
no setor, direto ou indiretamente, em 2012. De acordo com os dados publicados,
14% destes postos de trabalho estão concentrados no
Brasil. A grande maioria dos empregos no país está na área de biocombustíveis,
onde foram registrados 804 mil empregos, o que representa 58% do total de
empregos nesta área. A outra parte dos postos de trabalho estão na fonte
eólica. Os 833 mil empregos garantiram ao país o segundo lugar no ranking. Um
em cada três empregos do ranking estão na líder China. Ou seja, um total de
1,74 milhão de pessoas trabalham com energia renovável, a maioria em
aquecimento solar. Os Estados Unidos concentram a terceira maior força de trabalho
do mundo de energia renovável, com cerca de 621 mil. Com relação às fontes, a
pesquisa destaca que biocombustíveis e energia solar dominam a empregabilidade
do setor, com cerca de 1,4 milhão cada em 2012, segundo o Irena. Os empregos da
fonte solar aumentou 13 vezes entre 2007 e 2012, ultrapassando o crescimento na
indústria eólica. Todavia, a fonte eólica empregava cerca de 750 mil pessoas em
2012, mais do que o dobro ao longo dos cinco anos. Para um dos responsáveis
pela elaboração do material, Rabia Ferroukhi, essa pesquisa traz um
conhecimento importante, que contribuir para os investimentos globais no setor.
"O relatório ajuda a preencher uma lacuna de conhecimento em termos de trabalho
específico de análise e evidências empíricas em uma escala global, o que até então
tem sido limitada", afirmou. Segundo o Irena, países como China, Índia
e Brasil têm experimentado um aumento considerável em seus setores de energias
renováveis ao longo dos últimos anos, mas a informação detalhada sobre a
empregabilidade nesta área continua a ser limitada. "Nosso
relatório cria uma maior compreensão de como a energia renovável gera empregos
e riqueza. É um grande avanço para as escolhas políticas nesta importante
área", explicou Ferroukhi, principal autor do relatório.
Perspectivas futuras
O relatório aponta que até 2030, podem ser
adicionados mais 11 milhões de novos postos de trabalhos. A quantidade de
empregos em energias renováveis reflete as mudanças regionais na fabricação do
setor, o realinhamento da indústria, a crescente concorrência de exportação e
as mudanças políticas, conclui o relatório. O Irena projeta que a bioenergia
levará ao crescimento dos empregos no setor, acrescentando 9,7 milhões de pessoas
para até 2030, se as políticas de apoio à fonte forem colocadas em prática. No
entanto, a pesquisa aponta que a energia eólica poderá adicionar 2,1 milhões de
postos de trabalho a nível global. Já a energia solar acrescentará 2 milhões. "Em todo o mundo, os governantes
estão buscando tecnologias em energias renováveis, não só para uma maior segurança
energética ou ambiental, mas também para os benefícios socioeconômicos que
geram", observa o relatório. A publicação acrescenta ainda que "o
setor de energia renovável tornou-se um empregador importante, com o potencial
para a adição de milhões de empregos em todo o mundo nos próximos anos". O relatório
apresenta ainda uma série de recomendações para fortalecer a futura criação de
empregos no setor, incluindo uma combinação de políticas específicas adaptadas às
condições e prioridades de cada país, a educação voltada para o futuro da
energia renovável e as políticas de formação para a criação de empregos, de
modo a estimular o crescimento das economias rurais.
Publicação Completa: http://irena.org/REJobs.pdf
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