sexta-feira, 25 de julho de 2014

Luz natural em qualquer lugar, a qualquer hora

Luz do Sol artificial
Luz natural em qualquer lugar, a qualquer hora
A luz gerada pela nova tecnologia parece estar vindo de um "teto solar". [Imagem: Coelux/Divulgação]
Embora haja uma tendência de substituição das lâmpadas incandescentes e fluorescentes pelas "lâmpadas de estado sólido", ainda há restrições quanto à qualidade da luz emitida por essas alternativas economicamente mais eficientes.
Agora, pesquisadores europeus afirmam ter encontrado a solução definitiva para que os LEDsproduzam uma iluminação mais natural - uma "luz quente", como eles chamam.
Usando materiais nanoestruturados - materiais fabricados com saliências, rugosidades ou outras características com dimensões na faixa dos nanômetros - eles criaram um sofisticado sistema óptico que recria os efeitos da luz natural.
Para isso, a luz originalmente produzida pelos LEDs passa pelo sistema óptico, que mede alguns milímetros de espessura, onde são simuladas a difusão e as interferências que a atmosfera gera na passagem da luz solar - um processo conhecido como dispersão de Rayleigh, responsável, entre outras coisas, pela cor azul do céu.
Luz natural em qualquer lugar, a qualquer hora
Imagem real do experimento - isto não é uma renderização. [Imagem: Coelux/Divulgação]
Janela de luz
O sistema todo tem uma forma plana, parecido com uma janela ou um teto solar, facilitando sua colocação em diversos tipos de ambiente.
Segundo a equipe do projeto Coelux, financiado pela União Europeia, o resultado é um "maior conforto e bem-estar nos ambientes internos e subterrâneos".
"Com o Coelux, você pode desfrutar céus ensolarados a qualquer hora, em qualquer lugar," garante o professor Paolo Di Trapani, da Universidade de Insubria, na Itália e líder do projeto.
"Do mesmo jeito que tentar descrever o cheiro de um perfume ou a cor de um sol tropical, é difícil descrever os efeitos do Coelux devido à percepção do espaço infinito que a tecnologia produz," garante ele.
Alguns desses efeitos podem ser vistos nestas imagens, que, embora pareçam renderizações feitas por computador, são fotos reais dos experimentos.
Anticlaustrofobia
Luz natural em qualquer lugar, a qualquer hora
[Imagem: Coelux/Divulgação]
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=luz-natural-qualquer-lugar-qualquer-hora&id=010125140714#.U9J9gfldU4J
Para tirar a prova definitiva da tecnologia, os pesquisadores fizeram um teste com voluntários que sofrem de claustrofobia.
"Mesmo os indivíduos claustrofóbicos se sentiram bem e relaxados quando expostos à luz, apesar de permanecerem em uma sala sem janelas de poucos metros quadrados por um período razoável de tempo," disse Trapani.
A equipe já criou uma empresa para começar a comercializar a tecnologia, que terá como foco inicial as aplicações na área de saúde.
A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou 2015 como o Ano Internacional da Luz, para criar uma consciência global de como a iluminação pode ter uma influência positiva sobre a saúde e o bem-estar das pessoas.

Três novidades em telas que você vai querer ver

Parede interativa
Três novidades em telas que você vai querer ver
[Imagem: KAIST]
Esta é a TransWall, uma tela semitransparente sensível ao toque dos dois lados.
Seus criadores, do Instituto KAIST, na Coreia do Sul, afirmam que ela é ideal para que os compradores dos shoppings centers encontrem itens interessantes para comprar...
"Através das vitrines, os compradores podem ver os produtos expostos, mas podem ter dificuldades apenas olhando. Com o TransWall, no entanto, as vitrines podem se tornar mais divertidas e realistas do que nunca," afirmam eles, eventualmente pensando no cliente interagindo com um vendedor sem precisar entrar na loja.
Isso porque, além da sensibilidade ao toque, a tela possui um transdutor superficial que vibra, podendo fornecer um feedback tátil ao usuário.
"O conceito da TransWall permite às pessoas ver, ouvir, ou mesmo tocar umas às outras através da parede, enquanto desfrutam de jogos e comunicação interpessoal. A TransWall pode ser instalada no interior de edifícios, como centros comerciais, museus e parques temáticos, para que as pessoas tenham a oportunidade de colaborar mesmo com estranhos de uma forma natural," propõe o professor Woohun Lee, idealizador da tecnologia.
A tela é interessante, mas parece que os pesquisadores precisam ser mais criativos na busca de novos usos para suas invenções.
Tela de enrolar
Três novidades em telas que você vai querer ver
[Imagem: LG Display]
Esta tela transparente da LG é menor - 18 polegadas - e não tem sensibilidade ao toque dos dois lados.
Mas a grande novidade da tecnologia é que ela pode ser enrolada em um tubo de apenas 3 centímetros de raio "sem que a função da tela de 1.200 x 810 pixels seja afetada", segundo a empresa.
Embora telas de enrolar sejam esperadas há muito tempo, a LG parece ter chegado a uma solução interessante usando um filme de poliimida de grande densidade, em substituição aos plásticos ou vidros flexíveis normalmente utilizados.
"Estamos confiantes de que, em 2017, vamos conseguir desenvolver uma tela de OLED ultra-HD flexível e transparente de mais de 60 polegadas, que terá uma transmitância superior a 40% e um raio de curvatura de 100R," afirmou In-Byung Kang, chefe do centro de P&D da LG Display.
Computadores de vidro
Três novidades em telas que você vai querer ver
[Imagem: Optics Express]
A equipe do Dr. Raman Kashyap, da Universidade Politécnica de Montreal, no Canadá, colocou suas fichas no famoso Gorilla Glass®, da empresa Corning, usado em várias marcas de celulares inteligentes e tablets.
Kashyap criou uma técnica que permite a inserção de várias camadas sucessivas de sensores sobre o vidro.
Assim, segundo o pesquisador, além de detectar o toque de seus dedos, a tela poderá - no futuro - ser capaz de detectar sua temperatura, medir o nível de açúcar no seu sangue e até analisar seu DNA.
"Neste momento nós estamos abrindo a Caixa de Pandora. Cabe às pessoas inventarem novos usos," entusiasma-se ele.
Além de sensores biomédicos, a tecnologia poderá permitir fabricar dispositivos mais complexos, como circuitos incorporados em qualquer superfície de vidro, como janelas ou tampos de mesa, eventualmente criando as telas transparentes vistas em filmes como Avatar e Homem de Ferro.
Tudo isso graças a uma técnica para gravar componentes fotônicos a laser diretamente no vidro. Esses componentes, chamados guias de onda, funcionam como canais para guiar a luz, como os fios guiam os elétrons. A técnica é bem conhecida, mas esta foi a primeira vez que ela foi usada para criar componentes em um produto comercial como o Gorilla Glass.
A transformação da tecnologia em produtos, porém, demandará ainda muitos desenvolvimentos adicionais e bastante tempo, já que, essencialmente, o caminho a percorrer é o mesmo dos processadores fotônicos.
Parede interativa
Esta é a TransWall, uma tela semitransparente sensível ao toque dos dois lados.
Seus criadores, do Instituto KAIST, na Coreia do Sul, afirmam que ela é ideal para que os compradores dos shoppings centers encontrem itens interessantes para comprar...
"Através das vitrines, os compradores podem ver os produtos expostos, mas podem ter dificuldades apenas olhando. Com o TransWall, no entanto, as vitrines podem se tornar mais divertidas e realistas do que nunca," afirmam eles, eventualmente pensando no cliente interagindo com um vendedor sem precisar entrar na loja.
Isso porque, além da sensibilidade ao toque, a tela possui um transdutor superficial que vibra, podendo fornecer um feedback tátil ao usuário.
"O conceito da TransWall permite às pessoas ver, ouvir, ou mesmo tocar umas às outras através da parede, enquanto desfrutam de jogos e comunicação interpessoal. A TransWall pode ser instalada no interior de edifícios, como centros comerciais, museus e parques temáticos, para que as pessoas tenham a oportunidade de colaborar mesmo com estranhos de uma forma natural," propõe o professor Woohun Lee, idealizador da tecnologia.
A tela é interessante, mas parece que os pesquisadores precisam ser mais criativos na busca de novos usos para suas invenções.
Tela de enrolar
Três novidades em telas que você vai querer ver
[Imagem: LG Display]
Esta tela transparente da LG é menor - 18 polegadas - e não tem sensibilidade ao toque dos dois lados.
Mas a grande novidade da tecnologia é que ela pode ser enrolada em um tubo de apenas 3 centímetros de raio "sem que a função da tela de 1.200 x 810 pixels seja afetada", segundo a empresa.
Embora telas de enrolar sejam esperadas há muito tempo, a LG parece ter chegado a uma solução interessante usando um filme de poliimida de grande densidade, em substituição aos plásticos ou vidros flexíveis normalmente utilizados.
"Estamos confiantes de que, em 2017, vamos conseguir desenvolver uma tela de OLED ultra-HD flexível e transparente de mais de 60 polegadas, que terá uma transmitância superior a 40% e um raio de curvatura de 100R," afirmou In-Byung Kang, chefe do centro de P&D da LG Display.
Computadores de vidro
Três novidades em telas que você vai querer ver
[Imagem: Optics Express]
A equipe do Dr. Raman Kashyap, da Universidade Politécnica de Montreal, no Canadá, colocou suas fichas no famoso Gorilla Glass®, da empresa Corning, usado em várias marcas de celulares inteligentes e tablets.
Kashyap criou uma técnica que permite a inserção de várias camadas sucessivas de sensores sobre o vidro.
Assim, segundo o pesquisador, além de detectar o toque de seus dedos, a tela poderá - no futuro - ser capaz de detectar sua temperatura, medir o nível de açúcar no seu sangue e até analisar seu DNA.
"Neste momento nós estamos abrindo a Caixa de Pandora. Cabe às pessoas inventarem novos usos," entusiasma-se ele.
Além de sensores biomédicos, a tecnologia poderá permitir fabricar dispositivos mais complexos, como circuitos incorporados em qualquer superfície de vidro, como janelas ou tampos de mesa, eventualmente criando as telas transparentes vistas em filmes como Avatar e Homem de Ferro.
Tudo isso graças a uma técnica para gravar componentes fotônicos a laser diretamente no vidro. Esses componentes, chamados guias de onda, funcionam como canais para guiar a luz, como os fios guiam os elétrons. A técnica é bem conhecida, mas esta foi a primeira vez que ela foi usada para criar componentes em um produto comercial como o Gorilla Glass.
A transformação da tecnologia em produtos, porém, demandará ainda muitos desenvolvimentos adicionais e bastante tempo, já que, essencialmente, o caminho a percorrer é o mesmo dos processadores fotônicos.
Bibliografia:

Making Smart Phones Smarter with Photonics
Jerome Lapointe, Mathieu Gagné, Ming-Jun Li, Raman Kashyap
Optics Express
Vol.: 22, Issue 13, pp. 15473-15483
DOI: 10.1364/OE.22.015473
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tres-novidades-telas&id=010150140725#.U9J7kfldU4I