segunda-feira, 28 de abril de 2014

Uma lente de contato com visão infravermelha

Visão infravermelha

Com a amplificação dos sinais, a equipe essencialmente criou uma nova forma de detecção de luz. [Imagem: Chang-Hua Liu et al./Nature Nanotechnology]
Um detector de luz capaz de detectar todo o espectro infravermelho eperaremtemperatura ambiente promete colocar a tecnologia de visão termal em uma lente de contato.

"Nós podemos fazer todo o projeto superfino. Ele pode ser empilhado em uma lente de contato ou integrado em um telefone celular," garante o professor Zhaohui Zhong, da Universidade de Michigan, nosEstados Unidos.
A visão infravermelha - ou visão termal, ou visão noturna - é bem conhecida pelas imagens de pessoas e animais na escuridão, ou do calor exalado pelos edifícios.
Mas ela também ajuda os médicos a monitorar o fluxo de sangue, identificar substâncias químicas no ambiente e permite que historiadores de arte vejam desenhos escondidos sob camadas de tinta.
Ao contrário do espectro visível, que as câmeras convencionais capturam com um único chip, o imageamento infravermelho requer uma combinação de tecnologias para captar de uma só vez a radiação infravermelha nas suas porções próximo, médio e distante.
O mais problemático é que os sensores de infravermelho médio e infravermelho distante normalmente operam em temperaturas muito baixas.
Sensor de luz de grafeno
grafeno consegue capturar todo o espectro infravermelho de uma só vez - mais do que isso, o grafeno captura simultaneamente a luz visível e ultravioleta.
Mas, até agora, não tinha sido viável usá-lo em dispositivos práticos porque o grafeno só absorve cerca de 2,3% da luz que o atinge, pouco demais para gerar um sinal elétrico detectável - lembre-se que o grafeno tem uma única camada de átomos, o que significa que ele gera uma quantidade muito pequena de elétrons.
Chang-Hua Liu superou esse obstáculo. Em vez de tentar medir diretamente os elétrons liberados quando a luz atinge o grafeno, ele amplificou o sinal medindo como as cargas elétricas induzidas pela luz no grafeno afetam uma outra corrente elétrica nas proximidades.
Com a amplificação, Liu liberou todo o potencial do grafeno na detecção de luz de amplo espectro.
"Nosso trabalho criou uma nova forma pioneira de detectar a luz," comemora o professor Zhong. "Nós prevemos que as pessoas poderão adotar esse mesmo mecanismo em outras plataformas e em outros materiais."
Segundo ele, o próximo passo da pesquisa é construir um protótipo da prometida lente de contato com visão noturna.
Bibliografia:

Graphene photodetectors with ultra-broadband and high responsivity at room temperature
Chang-Hua Liu, You-Chia Chang, Theodore B. Norris, Zhaohui Zhong
Nature Nanotechnology
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/NNANO.2014.31

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=lente-de-contato-visao-infravermelha&id=010165140325#.U15XkPldU4I

Hacker recebe US$15 mil por descobrir bug Heartbleed

Com informações da New Scientist - 14/04/2014
A palavra hacker hoje é sinônimo de bandido.

Nem sempre foi assim, e, se uma nova prática pegar, ser um "hacker do bem" logo poderá se tornar um meio de vida lícito para muitos aficionados da informática.
Há cerca de uma semana foi descoberto um erro de programação na principal camada de segurança da internet, chamada OpenSSL, que gerou uma vulnerabilidade batizada deHeartbleed.
A falha, que permaneceu sem identificação por mais de dois anos, foi identificada por um engenheiro de software chamado Neel Mehta, que estava testando a segurança de sites em seu tempo livre.
Dois outros programadores, Adam Langley e Bodo Moeller, incumbiram-se de consertar o Heartbleed rapidamente, embora o fim do problema para os internautas dependa de que os responsáveis pelos sites façam a atualização dos seus servidores.
Mehta não ganhou apenas respeito e fama na comunidade de software: ele acaba de receber um prêmio em dinheiro pelo seu trabalho, doado pela entidadeFreedom of the Press Foundation, uma organização que financia ferramentas decriptografia para jornalistas.
Recompensas para hackers
A ideia de recompensar financeiramente as pessoas que descobrem erros de programas de computador poderia melhorar muito a segurança da Internet.
E a prática já conta com a adesão de outras empresas.
O descobridor do Heartbleed receberá seus US$15 mil por meio da plataforma HackerOne, uma empresa que encontra erros em programas de computador, prestando serviços para empresas de TI.
De acordo com Merijn Terheggen, cofundador da HackerOne, a empresa vai usar parte de suas receitas para recompensar hackers individuais que localizarem erros nos programas dos seus clientes.
"Qualquer erro de programação pode ser encontrado se houver um número suficiente de pessoas procurando por ele. Queremos adotar um modelo semelhante à Wikipedia para garantir a segurança da Internet. Dez anos atrás, ninguém jamais teria acreditado que uma enciclopédia escrita por estranhos aleatórios da Internet se tornaria melhor do que a Enciclopédia Britânica, mas esse é o poder da terceirização em massa," disse Terheggen.
Segundo Terheggen, apenas para um de seus clientes, a HackerOne identificou 141 bugs em um mês, a um custo até 100 vezes menor do que se tivesse contratado seus próprios profissionais - sem contar que uma equipe pequena nunca teria feito o trabalho em um mês.
Uma parte dessa receita está virando prêmios para os hackers interessados em trabalhar para mostrar os erros e furos de segurança, e não para explorá-los de forma criminosa.
Se os planos derem certo, as recompensas pela descoberta desses buracos de segurança na internet vai aumentar rapidamente, tanto em termos financeiros quanto de reputação.
Para Terheggen, um erro como o Heartbleed poderá chegar a valer de US$100.000 a US$ 500.000 em um futuro próximo, devido à importância da camada de software onde ele foi localizado.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=hacker-recebe-descobrir-bug-heartbleed&id=010150140414#.U15UtvldU4I

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Primeira olimpíada para ciborgues será em 2016

Com informações da BBC - 01/04/2014
Atletas ciborgues
A primeira Cybathlon, uma "olimpíada" para atletas ciborgues, acontecerá na Suíça em outubro de 2016.
Lançada pelo Centro de Pesquisa de Competência Nacional na Suíça, espera-se que a competição aumente o interesse em tecnologias que intensificam o desempenho humano.
O evento terá uma corrida em que competidores deverão controlar um avatar através de um computador conectado ao cérebro.
Idealizada para competidores tetraplégicos, a competição envolverá corredores utilizando um computador conectado ao cérebro através de um capacete.
A ideia é que o atleta controle um avatar que estará competindo em uma corrida virtual.
Haverá também corridas com atletas que usam próteses e exoesqueletos, além de provas para aqueles que usam próteses de braços e pernas uma para quem usa cadeiras de rodas.
Primeira Olimpíada para ciborgues será em 2016
Haverá também corridas com atletas que usam próteses e exoesqueletos. [Imagem: D’Arc. Studio Associates Architects]
Medalha humana e medalha mecânica
Os dispositivos auxiliares usados pelos atletas, que serão chamados de pilotos, podem ser aqueles que já estão disponíveis comercialmente ou protótipos de laboratórios de pesquisa.
Serão duas medalhas para cada competição, uma para o piloto e uma para a empresa que desenvolveu o dispositivo.
Membros biônicos e exoesqueletos estão se tornando mais desenvolvidos tecnicamente, oferecendo àqueles que os usam movimentos mais realistas.
Hugh Herr, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, mostrou algumas das próteses que sua equipe tem trabalhado.
Ele está no momento em negociações com profissionais de saúde para tornar os membros biônicos mais amplamente disponíveis para aqueles que necessitam.
Primeira Olimpíada para ciborgues será em 2016
Segundo os organizadores do evento, tem havido uma desconexão entre a tecnologia e os pacientes. [Imagem: D’Arc. Studio Associates Architects]
Conexão entre tecnologia e pacientes
Porém, tem havido uma desconexão entre a tecnologia e os pacientes, afirma Robert Riener, organizador do evento, da Universidade da Suíça.
"Nós queremos incentivar o desenvolvimento de dispositivos tecnológicos auxiliares que podem ser utilizados por pacientes no dia a dia", disse ele. "Algumas das tecnologias atuais parecem muito impressionantes, mas estão muito distantes de serem práticas e fáceis de usar."
O outro objetivo dos jogos é permitir que pessoas que nunca tiveram oportunidade possam competir, envolvendo aqueles que não encontram seu lugar nos Jogos Paralímpicos.
"Nós permitimos o uso de tecnologias que foram excluídas das Paraolimpíadas. Ao tornar o evento público, queremos nos livrar das barreiras entre pacientes, sociedade e a comunidade da tecnologia", disse Riener.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=olimpiada-para-ciborgues&id=010180140401#.U0vVD_ldU4I