sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mercedes vai lançar carro elétrico super esportivo


A Mercedes Benz parece não estar disposta a aguardar os resultados de sua parceria com a Tesla Motors e anunciou uma versão elétrica do seu super esportivo SLS. A empresa já possui um carro elétrico de pequeno porte, o Smart EV.
Carro esporte elétrico
O carro elétrico esportivo, batizado de SLS eDrive, será fabricado pela divisão AMG e usará a mesma plataforma da versão a combustão, que utilizará um motor V8 e terá carroceria de alumínio. O SLS a combustão deverá estar disponível em 2011 e a empresa não deu data para a chegada ao mercado do SLS elétrico.
O SLS a gasolina possui motor V8 de 571 hp, enquanto o eDrive deverá ter uma potência equivalente a 525 hp. Um torque de 88 Nm garantirá que os dois tenham aceleração praticamente igual, fazendo de 0 a 100 km/h em cerca de quatro segundos.
Motores suspensos
A grande novidade técnica do eDrive é a utilização de quatro motores elétricos colocados dentro da carroceria, e não nas rodas, como parece ser a tendência nos carros elétricos menores. Para isso serão utilizados dois sistemas de transmissão, um para cada eixo, eliminando o cardã da versão a combustão.
Em nota, a empresa afirma que a opção por manter os motores na carroceria visa diminuir o peso não suspenso, que interfere na aderência do carro ao solo e diminui o conforto.
As baterias, de 400 V e capacidade de 40 A atingem uma capacidade de 48 kWh.

Bokode: novo substituto dos códigos de barra?

Os códigos de barra são absolutamente indispensáveis na economia atual. Sua simplicidade e baixo custo têm garantido uma hegemonia que já dura décadas.
E não é por falta de alternativas e nem de concorrentes diretos. Há vários candidatos tentando substitui-los, em uma corrida na qual as etiquetas inteligentes RFID parecem ter a dianteira.
Transmissão óptica de informações
Essa corrida agora ganhou mais um competidor. Cientistas do MIT apresentaram o seu Bokode, uma forma totalmente nova de codificar informações opticamente. Assim como as etiquetas RFID, o Bokode tem capacidade para armazenar uma quantidade de informações muito maior do que os códigos de barra tradicionais.
Basicamente, há três formas de transferir dados opticamente: através de uma imagem tradicional, usando um espaço bidimensional; através de variações temporais - como em um filme, onde se usa o tempo como uma dimensão -; e por meio de variações no comprimento de onda da luz - técnica utilizada nas comunicações por fibras ópticas para compartilhar uma única fibra entre vários canais com informações distintas.
O Bokode se destaca de todos esses mecanismos e vai na direção dos hologramas. Ele codifica os dados na dimensão angular. O brilho dos raios de luz que emergem do dispositivo varia dependendo do ângulo desses raios em relação ao plano de visão.
Segundo Ramesh Raskar, coordenador do laboratório onde o Bokode foi criado, parece que ninguém havia usado essa técnica antes. "Havia três formas de codificar opticamente uma informação e agora nós temos mais uma," diz Raskar.
Holograma 2.0
Um Bokode tem 3 milímetros de diâmetro, o suficiente para conter uma quantidade de informações muito superior à que pode ser codificada em um código de barras bidimensional comum.
O protótipo precisa de uma fonte e de um LED para funcionar, o que mostra que ainda há desenvolvimento a se fazer se o objetivo é de fato concorrer com os códigos de barra.
Segundo os pesquisadores, eles já estão trabalhando em uma versão reflexiva, similar às imagens holográficas existentes em cartões de crédito, que poderão ser menores e mais baratos. "Nós estamos tentando torná-los praticamente invisíveis mas, ao mesmo tempo, fáceis de ler com uma câmera digital comum, mesmo com a câmera de um celular," disse Ankit Mohan, principal responsável pela criação do Bokode.
Bo o quê?
O nome Bokode vem de bokeh um termo técnico em japonês na área de fotografia, que se refere à mancha circular produzida por uma imagem de uma fonte de luz feita fora de foco. "Code" refere-se a código, como em "barcode", código de barras.
Ao contrário dos códigos de barra, as novas etiquetas ópticas podem ser lidas à distância de vários metros. E, ao contrário dos scanners a laser utilizados hoje, o Bokode pode ser lido por uma câmera comum de baixa resolução.
A versão atual do Bokode usa uma câmera fora de foco para leitura, permitindo que a informação codificada angularmente seja detectada a partir da imagem borrada.
O dispositivo também pode ser lido por uma câmera comum com o foco configurado para infinito. Mas, chegando bem perto, as informações podem ser visualizadas mesmo a olho nu.

Bibliografia:Bokode: Imperceptible Visual Tags for Camera-based Interaction from a DistanceAnkit Mohan, Grace Woo, Shinsaku Hiura, Quinn Smithwick, Ramesh RaskarProceedings of ACM SIGGRAPH 2009August 2009

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=bokode-novo-substituto-codigos-barra&id=010110090729&ebol=sim

Novo-G, primeiro supercomputador reconfigurável do mundo


Aaron Hoover - 29/07/2009


Um supercomputador chamado Novo-G, descrito por seus criadores como sendo o mais poderoso computador de seu tipo no mundo, começou a funcionar nesta semana na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.
Supercomputador reconfigurável
O nome Novo-G junta a palavra latina para "inovar, mudar, alterar" com a letra G, de Gênesis.
Sendo um computador reconfigurável, o Novo-G é capaz de rearranjar seus circuitos internos para atender às necessidades do problema que ele tem por resolver.
As aplicações dos computadores reconfiguráveis vão desde os satélites espaciais até os supercomputadores de pesquisa. Eles poderão ser usados "em qualquer lugar onde tamanho, energia e alta velocidade são importantes," diz o pesquisador Alan George.
Um computador desse tipo, muito menor, chamado "LapTop Voador," deverá ir ao espaço em 2012 - Sonda espacial terá hardware reconfigurável para múltiplas pesquisas
O melhor de dois mundos
Os computadores tradicionais usam os chamados "componentes de lógica fixa" para desempenhar uma grande variedade de tarefas. Mas esse enfoque "pau para toda obra" exige uma quantidade significativa de energia e espaço adicionais, não importando qual seja o trabalho a ser feito.
Por outro lado, computadores especializados, dirigidos para uma tarefa específica, podem ser construídos para realizar determinadas tarefas de forma muito mais eficiente. Mas eles não são flexíveis, e só sabem fazer uma coisa.
Os computadores reconfiguráveis, por sua vez, juntam o melhor desses dois mundos. Isto porque eles podem reorganizar seus circuitos internos como se fossem blocos de Lego, criando a arquitetura mais apropriada para cada trabalho. O resultado é que um computador reconfigurável pode ser entre 10 e 100 vezes mais rápido do que os computadores comuns do mesmo tamanho, mas usam até 10 vezes menos energia.
Tecnologia muito complicada
Embora o conceito de computador reconfigurável já esteja bem demonstrado, eles continuam em estágio de pesquisa, principalmente porque não são muito fáceis de usar. Um dos objetivos da pesquisa com o Novo-G é justamente desenvolver ferramentas que possam tornar os computadores reconfiguráveis mais acessíveis.
"É uma tecnologia poderosa, mas é também uma tecnologia muito complicada," diz George. "Nós não queremos que essa tecnologia tão importante seja acessível apenas para especialistas."

terça-feira, 21 de julho de 2009

A Internet está se auto-organizando em um metacomputador global


Yves Sciama/Research Europe - 20/07/2009


Ao longo dos últimos 30 anos, Joel de Rosnay tem se baseado em seus conhecimentos em biologia e tecnologias avançadas para investigar os recursos à disposição da civilização digital. Esta é uma entrevista dada por ele durante um evento chamado Diálogo Mundial do Conhecimento, uma reunião interdisciplinar, focada no futuro, da qual participam alguns dos maiores pensadores mundiais.
Que tendências você vê emergindo da interconectividade global entre humanos e computadores?
Primeiro de tudo eu gostaria de salientar que há mais na civilização digital que nós estamos entrando do que só a Internet. Ela também cobre as telecomunicações (telefone, televisão), satélites e ambientes inteligentes, por exemplo. É verdade, entretanto, que a Internet do futuro, com seus blogs, emails, vídeos, mensagens e sistemas móveis, irá favorecer uma interação entre os usuários cada vez maior.
A Internet se desenvolveu como um sistema darwiniano, gerando filhotes como a árvore evolucionária da vida. Há pouquíssimo planejamento no desenvolvimento da World Wide Web, mas sim uma multiplicidade de iniciativas de indivíduos ou de pequenos grupos. Nós estamos testemunhando uma genuína auto-organização de uma inteligência "cooperativa" ou "conectiva" - termos que eu prefiro chamar de coletiva.
Você fala de vez em quando de um "superorganismo global" para descrever o que nós estamos testemunhando...
Eu tenho usado várias metáforas para tentar tornar as pessoas conscientes do que está acontecendo, algo que é difícil explicar porque é um novo paradigma. No O Homem Simbiótico, publicado em 1995, eu falava de "cibionte", um termo composto do prefixo "cib", de cibernética e da raiz "bio", que se refere à vida, ao mundo vivente. Este termo descreve, portanto, um organismo vivo que é um meta-organismo global. Até hoje, os principais organismos globais que conhecemos têm sido as cidades, nações, grandes organizações internacionais ... mas com o cibionte nós chegamos a um novo nível de complexidade - um superorganismo global para o qual nós estamos assim como os neurônios estão para o cérebro.
Esta metáfora é utilizada por outros cientistas, como E.O. Wilson, em seu último livro. Ele faz eco da teoria Gaia, formulada por James Lovelock, segundo a qual a Terra é um ser vivo.
Como eu explico no O Homem Simbiótico, eu vejo a fusão de dois elementos: por um lado, Gaia, que é o metabolismo do planeta, com seus fluxos de energia e de matéria (carbono, nitrogênio, ciclo da água) e, por outro lado, o cibionte, que é o sistema nervoso no processo de auto-organização.
Quem programa esse supercomputador?
Os próprios internautas! Aqueles a quem me refiro como o "pronetariado", um termo que designa aqueles que são, e para quem é, a Internet. [usando prone como prefixo, que significa propenso, predisposto.] Claro que há aqui uma referência a Marx e seu chamado para o proletariado do mundo para se unir. O pronetariado - além do fato de que eles já estão unidos - também são diferentes do proletariado no sentido de que eles têm os seus próprios meios de produção.
Com um simples computador portátil, fazendo o upload de fotografias, artigos, links, tags, comentários, cada um de nós está reprogramando esse meta-computador global a partir de dentro. E o mais surpreendente de tudo é que esta gigantesca máquina na qual somos os elementos vivos tem funcionado ininterruptamente há quase 20 anos. Em poucas décadas, sem dúvida, este sistema irá incluir o seu próprio sistema imunológico, como o de uma criatura viva, capaz de combater vírus e spam no interesse comum.
Será que a emergência dessa inteligência cooperativa é uma coisa boa para as sociedades humanas?
Eu não faço julgamentos, eu simplesmente tento analisar as potencialidades e os perigos. O potencial é excelente: por exemplo, repensando as relações entre políticos e cibercidadãos - o que, de qualquer forma, precisa ser feito - poderíamos inventar uma ciberdemocracia genuína, uma democracia mais participativa que poderia complementar a tradicional democracia representativa.
Isto implica, naturalmente, trabalhar para assegurar que esta inteligência emergente leve ao que James Surowiecki chama "A Sabedoria das Multidões". Mas não há garantia de que esta sabedoria irá sempre se manifestar na direção correta. Multidões também podem tornar-se loucas, amplificar efeitos diminutos, reagir com ódio ou se virar contra aqueles que questionam.
Você pode ver outros riscos inerentes ao desenvolvimento da civilização digital, tais como um aumento do controle por parte dos governos?
O cerceamento das liberdades individuais é um risco que existe há muito tempo tempo.
Os governos têm sempre usado escutas telefônicas, vigilância, registros em arquivos... em suma, inteligência. Só que agora isso é possível em uma escala diferente dadas as possibilidades técnicas oferecidas pelos satélites, telefones celulares, cartões de crédito, RFID, armazenamento de informações etc.
Mas eu vejo como sendo o principal risco a criação de uma sociedade dual tanto com um individualismo excessivo (como frequentemente vemos entre os jovens) e um crescente tribalismo - uma identificação cada vez mais forte com uma comunidade, o que me faz temer movimentos grupais levando as pessoas em direções para as quais elas não tiveram tempo suficiente para pensar a respeito.
Eu tenho sempre escrito que, quanto mais o mundo torna-se global, mais ele se torna igualmente tribal. Isto é tanto positivo quanto negativo.
As pessoas têm uma afinidade com o seus países, sua cultura, sua língua, suas raízes e seu território, e tudo isto é positivo. Mas, quando levado ao extremo, isso conduz a um nacionalismo excessivo que se torna perigoso.
Será que não estamos vendo também o desenvolvimento de um tribalismo científico na medida em que pesquisadores se isolam dentro de suas disciplinas?
Eu pensei sobre isso 20 anos atrás: as disciplinas estavam se tornando cada vez mais estreitas e há uma aparente dificuldade em se comunicar com outros cientistas. Mas isto já não é totalmente o caso na medida que existe uma convergência das ciências complexas, do enfoque sistêmico e particularmente através da teoria do caos.
Agora estamos vendo leis análogas em domínios muito diferentes: cibernética, ecologia, economia e fisiologia, por exemplo. Por isso, é possível retornar a uma era de especialistas que têm um conhecimento detalhado de um determinado campo, mas ao mesmo tempo transcendem este campo através de um enfoque sistêmico. Esses especialistas tanto compreendem quanto são inspirados por outras disciplinas e são também, portanto, generalistas.
Estamos vendo agora a chegada de pesquisadores jovens, mais generalistas, que falam com os meios de comunicação - por vezes gerando conflitos com os cientistas mais velhos e mais ligados à disciplina, que os acusam de falar sobre assuntos fora do seu domínio.


Computação Gráfica - AutoCAD

A Computação Gráfica se faz presente no dia a dia de profissionais e estudantes das mais diversas áreas de trabalho. Técnicos, engenheiros, agrimensores, Arquitetos, designers, publicitários, todos se utilizam a Computação Gráfica.


O objetivo deste curso é levar ao conhecimento de Iniciantes, usuários intermediários e Avançados, parte da computação gráfica, especialmente o CAD - Computer Aided Design - Projeto Auxiliado por Computador ou também chamado CADD - Computer Aided Drafting and Design - Projeto e Desenho auxiliado por Computador.


O Autocad se destaca na área da Computação Gráfica, com mais de 2 milhões de usuários em todo o mundo , isto somente com a versão R 14, produzido pela Empresa Americana AutoDesk Inc..


O que pode ser feito com ele?


Durante várias décadas os desenhos foram feitos usando-se canetas e lápis, por mãos de desenhistas, projetistas e ilustradores. Para que a pessoa se se torna um profissional competente, com habilidade, ela tinha que desenvolver, todo um conhecimento completo de desenho técnico ou publicitário. Com o aparecimento do computador, foi inevitável o surgimento de um grande aliado, as estações de trabalho, Também conhecidas de "Workstation" e de programas CAD, especialmente o Autocad, profissionais das áreas anteriormente abordadas podem e poderão realizar muito, mas, muito rápidos trabalhos que levariam dias para serem feitos, é isto que vamos tentar lhe oferecer ao longo do curso, abordando muitas áreas diferentes de aplicações em CAD.

Leandro macrado Freitas, 2006.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Prepare-se para conversar com humanos virtuais. E fazer sua própria cópia.


Alguma vez você quis estar em dois lugares ao mesmo tempo? Talvez você tenha desejado criar uma cópia de si mesmo que pudesse se sentar numa mesa de reuniões, liberando-o para lidar com coisas mais importantes. Graças a um novo projeto de pesquisa, chamado LifeLike, esta fantasia pode estar um pouco mais próxima da realidade.
O objetivo do Projeto LifeLike é criar visualizações de pessoas, ou avatares, que sejam tão realísticas quanto possível. Embora os resultados atuais estejam longe de serem replicações realísticas de uma pessoa específica, o trabalho tem feito esse campo de pesquisas avançar, revelando uma multiplicidade de aplicações possíveis para um futuro não tão distante.


Visual realístico


A equipe do Laboratório de Visualização Eletrônica (EVL) da Universidade de Illinois, liderado por Jason Leigh, está encarregada dos aspectos visuais do avatar. Olhando de relance, esta parece ser uma tarefa corriqueira - qualquer um que já tenha jogado um videogame que mostra personagens de filmes ou atletas profissionais está acostumado com imagens geradas por computador que se parecem com pessoas reais.
Mas, segundo Leigh, é preciso bem mais do que uma boa renderização visual para fazer um avatar se parecer de fato com um ser humano. "O realismo visual é difícil de atingir. Pesquisas mostram que mais de 70% da comunicação é não-verbal, diz ele, sendo dependente de gestos sutis, variações na voz da pessoa e outras variáveis.
Para capturar corretamente esses aspectos não-verbais, a equipe de Leigh tem que fazer medições 3-D precisas da pessoa que o Projeto LifeLike deseja reproduzir, capturando a forma como sua face se move e outras linguagens corporais, para que o programa possa mais tarde replicar com precisão esses detalhes.


Aprendizado artificial


A equipe do Laboratório de Sistemas Inteligentes, da Universidade Central da Flórida, coordenada por Avelino Gonzalez, está se concentrando em dotar os avatares de inteligência artificial. Isto inclui tecnologias que permitam aos computadores reconhecer e entender corretamente a linguagem natural em tempo real, assim como uma atualização e um refinamento do conhecimento do avatar, um processo que permite que o computador aprenda a informação e os dados que ele recebe e os aplique de forma independente.
O objetivo final, diz Gonzalez, é que a pessoa que estiver conversando com o avatar tenha o mesmo nível de conforto e interação que teria se estivesse falando com uma pessoa real. Gonzalez afirma que os objetivos do Projeto LifeLike são fundamentais para o campo da inteligência artificial.
"Nós temos aplicado a inteligência artificial de muitas formas, mas se você deseja realmente implementá-la, a única forma de fazer isto é por meio de algum tipo de personificação de um humano, ou seja, um avatar," diz ele.


Demonstração convincente


A equipe do Projeto LifeLike demonstrou a tecnologia no mês passado na sede da Fundação Nacional de Ciências (NSF) dos Estados Unidos. A equipe capturou informações visuais e o movimento de um funcionário da NSF e deu ao avatar informações sobre um processo que seria encaminhado à entidade.
Outras pessoas foram capazes de se sentar e falar com o avatar, que conversou e respondeu perguntas sobre o processo. Colegas do funcionário foram capazes de reconhecer imediatamente quem o avatar representava e comentaram que ele capturou alguns do maneirismos daquela pessoa.


Ilusões mais agradáveis


Gonzalez e Leigh acreditam que esta não é a única aplicação possível desse campo de pesquisas. No futuro, acreditam eles, poderá ser possível que as crianças na escola interajam com avatares de figuras históricas, ou que candidatos a emprego treinem táticas para uma entrevista com um avatar.
Embora a tecnologia ainda não esteja pronta para uso diário, os dois pesquisadores concordam que, nas próximas décadas, muitas das pessoas com que iremos interagir não serão de fato pessoas. E, certamente, mais agradáveis do que as não-pessoas com quem já falamos diariamente nos atendimentos automatizados dos bancos e das empresas.


Muito além da invisibilidade: objeto pode se transformar em outro


A camuflagem óptica, mais conhecida por "invisibilidade", saltou das páginas dos livros de ficção científica e das telas de cinema para as pranchetas dos cientistas desde que surgiram as primeiras versões práticas dos metamateriais.
Metamateriais são compósitos cuja variedade de padrões estruturais cria propriedades eletromagnéticas muito mais ricas do que as propriedades dos materiais que são utilizados em sua fabricação.


Indo além da invisibilidade


A invisibilidade é criada utilizando-se essas propriedades inusitadas dos metamateriais para fazer com que as ondas de luz que incidem sobre um objeto percorram caminhos alternativos, fazendo parecer que o objeto não está lá, quando ele de fato está - para entender o mecanismo completo e ver quais são as limitações do mecanismo, veja a reportagem Invisibilidade: o que é fato científico e o que é ficção científica.
Os cientistas já estão na
versão 2.0 dos seus "mantos da invisibilidade". Mas parecem querer ir bem mais longe do que isso.


Ilusionismo óptico


Recentemente, uma equipe da Universidade de Hong Kong descreveu a possibilidade teórica de se gerar a invisibilidade à distância. Segundo eles, tudo o que seria necessário seria construir o metamaterial com as propriedades eletromagnéticas adequadas.
Agora, a equipe do Dr. Yun Lai, a mesma que propôs a invisibilidade à distância, foi um passo além e descreveu como deve ser um metamaterial que transforme opticamente um material em outro, à distância, criando uma ilusão óptica.
Se já impressionou a invisibilidade ter saltado da ficção para a ciência, agora será a vez de qualquer forma de ilusionismo: você olhará para uma xícara e verá uma colher. Ou verá a entrada de um túnel onde existe tão-somente um muro sólido. E todos os vice-versas que se possa imaginar.


Óptica transformacional


Os pesquisadores utilizaram técnicas de óptica transformacional, na qual as equações de Maxwell explicam como o espaço se curva conforme as ondas de luz passam através dele.
O trabalho é teórico, mas poucos meses separaram a apresentação teórica da invisibilidade e os primeiros experimentos que a demonstraram na prática. Será uma questão de esperar um pouco para saber se a colher de fato existe ou não, Neo.


Bibliografia:Illusion Optics: The Optical Transformation of an Object into Another ObjectYun Lai, Jack Ng, HuanYang Chen, DeZhuan Han, JunJun Xiao, Zhao-Qing Zhang, C. T. ChanPhysical Review LettersJune 22, 2009Vol.: 102, 253902DOI: 10.1103/PhysRevLett.102.253902