terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Cientistas criam um laser 3-D

Cientistas da Eslovênia fabricaram o primeiro laser 3-D do mundo.
Na verdade, um microlaser, em forma de gota, no qual a luz laser brilha em todas as direções.

Laser 3-D na holografia

"Este é o primeiro laser 3-D prático já construído," afirma Igor Musevic, do Josef Stefan Institute. E ele e seu colega Matjac Humar garantem que fabricar outros não será difícil - eles poderão ser feitos aos milhões em poucos segundos.
O feito é promissor em termos de aplicações tecnológicas porque o laser 3-D é não apenas pequeno, como é também rápido, ajustável e barato de ser fabricado.
Os microlasers 3-D serão úteis em uma grande variedade de aplicações, mas os cientistas eslovenos vislumbram sobretudo sua aplicação em holografia, para a criação de imagens verdadeiramente tridimensionais.
Para isso, o laser 3-D seria incorporado no interior do objeto a ser imageado. A luz que vem diretamente da fonte cria padrões de interferência com a luz do ambiente. A imagem do objeto pode então ser reconstruída a partir desses padrões de interferência.

Laser líquido

A luz laser tridimensional é emitida por moléculas de corante alojadas dentro de gotas esféricas de moléculas helicoidais, por sua vez dispersas em uma solução líquida.
As moléculas helicoidais são cristais líquidos colestéricos, parentes próximas das moléculas usadas nas telas de cristal líquido (LCD).
As moléculas colestéricas não se misturam bem com o polímero líquido na qual estão imersas. Esta incompatibilidade cria uma situação curiosa: o índice de refração do cristal líquido colestérico varia em direção ao exterior da gota, que tem 15 micrômetros de diâmetro.
É como se as gotas fossem uma cebola, onde as camadas correspondessem a materiais com diferentes índices de refração.
A maioria dos lasers possui dois ingredientes fundamentais: um meio ativo, no qual a energia pode ser transformada em luz e amplificada, e um ambiente ressonante, no qual a luz coerente que está sendo gerada pode se acumular para formar um feixe, que emerge como luz laser.
No caso do laser de microgotas, o meio ativo consiste em todas as moléculas de corante fluorescente alojadas nos cristais líquidos. E a caixa de ressonância consiste não de uma cavidade espelhada longitudinal, como é tradicional nos demais lasers, mas da sequência aninhada de camadas com diferentes índices de refração.
Autofabricação

Outra grande vantagem desse laser líquido é que ele não precisa ser fabricado, no sentido usual que se dá ao termo. Ele se "autofabrica", a partir de reações químicas.
"Milhões de microlasers podem ser fabricados simplesmente misturando um cristal líquido, um corante emissor de laser e um fluido de suporte, o que permite usar os microlasers em equipamentos fotônicos maleáveis," dizem os pesquisadores.
E ele ainda é ajustável: ao variar o espaçamento das moléculas helicoidais - imagine esticar e encolher um parafuso - varia o comprimento de onda da luz que é emitida.
E não é preciso substituir as gotas para variar a cor do laser - suas propriedades ópticas podem ser alteradas modificando a temperatura ou mediante a aplicação de um campo elétrico sobre as gotas.
"Os cientistas vêm tentando fazer esses lasers com materiais em estado sólido, mas você pode imaginar o quanto é difícil construir centenas de camadas alternadas de material óptico, que devem ser muito uniformes," explica Musevic. "A beleza da nossa abordagem é que essa gota 3-D é automontada em uma fração de segundo."
Em 2009, outro grupo de cientistas construiu um laser capaz de emitir múltiplos feixes de luz simultaneamente, mas que não era verdadeiramente 3-D.

Bibliografia:
3D microlasers from self-assembled cholesteric liquid-crystal microdroplets
M. Humar, I. Musevic; Optics Express
20 December 201; Vol.: 18, Issue 26, pp. 26995-27003; DOI: 10.1364/OE.18.026995
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=laser-3-d&id=010115101216&ebol=sim

Microchip gera sua própria energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/12/2010
Há um interesse crescente no desenvolvimento de sensores ambientais, capazes de monitorar não apenas a natureza, mas também o interior de edifícios e a estrutura de grandes obras civis.

Essa tecnologia de sensores agora teve um novo impulso, com a possibilidade de fabricação de microchips que coletam a energia do ambiente, dispensando as baterias.

Integração energética

Um grupo de pesquisadores holandeses e chineses conseguiu pela primeira vez fabricar um processador com uma célula solar de alta eficiência integrada no mesmo chip.
A solução mais simples parece ser fabricar as células solares separadamente e depois encaixá-las em cima do circuito eletrônico, como fizeram pesquisadores norte-americanos ao criar o seu "microssensor perpétuo".
Mas a equipe afirma que esse não é o processo de produção mais eficiente e decidiram partir para a integração total, construindo as células solares camada por camada por cima do processador.
A técnica não apenas utiliza menos materiais como também permite um melhor desempenho do circuito, que passa a consumir menos energia.

Silício amorfo

Mas a integração não está livre de problemas: há sempre o risco de que as etapas da produção da célula solar danifiquem os componentes eletrônicos, eventualmente não a ponto de impedir seu funcionamento, mas o suficiente para anular os ganhos de desempenho.
Por esta razão, os pesquisadores decidiram usar células solares feitas de silício amorfo - em oposição ao silício cristalino tradicional -, mais conhecido como CIGS (cobre - índio - gálio - seleneto).
O processo de fabricação dessas células não influencia a eletrônica, e elas produzem uma quantidade razoável de energia mesmo com a luz disponível em ambientes fechados.
Fora dos processadores, as células solares à base de CIGS, que são totalmente flexíveis, já alcançaram um nível de desenvolvimento suficiente para serem fabricadas em grande escala.
Sensores inteligentes

Com a colocação de uma célula solar diretamente em cima da eletrônica, o chip fica totalmente autônomo, dispensando as baterias ou outras fontes de alimentação.
Desta forma, um sensor pode ter a "inteligência" necessária para coletar e fazer um processamento inicial dos dados, e até mesmo uma antena para comunicação sem fio.
A única restrição desse "sensor inteligente" é que seu consumo deve ficar bem abaixo de 1 miliwatt.
Um enfoque alternativo para o funcionamento de sensores que dispensam baterias são os minigeradores que tiram energia das vibrações do meio ambiente.

Bibliografia:
Above-CMOS a-Si and CIGS Solar Cells for Powering Autonomous Microsystems
J. Lu, W. Liu, C.H.M. van der Werf, A.Y. Kovalgin, Y. Sun, R.E.I. Schropp, J. Schmitz
International Electron Device Meeting Proceedings, December 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Brasileiros querem produzir etanol usando plasma frio

Etanol de segunda geração


A atual fronteira para o crescimento do etanol - a obtenção do chamado etanol de segunda geração - não está na questão das terras agricultáveis e nem na abertura dos mercados externos.
O problema está nas paredes celulares dos vegetais, formadas por um polímero bem conhecido do homem, mas muito difícil de ser quebrado: a celulose.
Desenvolver meios economicamente viáveis para decompor a celulose é fundamental para viabilizar o etanol de segunda geração, que poderá ser extraído de qualquer biomassa, e não apenas da cana-de-açúcar.
Isto permitirá aumentar a produção do biocombustível sem ter que alterar a extensão das plantações, além de levar a indústria para outras partes do país.
As soluções vislumbradas até agora são igualmente surpreendentes. Por exemplo, utilizar enzimas encontradas nos aparelhos digestivos de cupins e de animais ruminantes para decompor a celulose. Os ácidos são outra alternativa.
Etanol feito com plasma
Mas uma equipe do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em Campinas (SP), optou por uma terceira rota para liberar os açúcares da celulose: bombardeá-los com cargas elétricas geradas por um plasma, um gás ionizado que é considerado o quarto estado da matéria.
A quebra é semelhante ao que ocorre quando se lança mão dos cupins ou das vacas, uma rota na qual as enzimas mudam cargas elétricas de lugar, saturando uma ligação e provocando o seu rompimento.
Após a quebra, surgem espaços que são preenchidos com pedaços das moléculas de água e o novo rearranjo forma os açúcares.
"Vamos tentar fazer isso, só que utilizando uma descarga elétrica", disse Marco Aurélio Pinheiro Lima, coordenador do projeto.
A pesquisa esbarra em dois obstáculos fundamentais: a obtenção do controle do processo e a viabilidade econômica da tecnologia a ser desenvolvida. [Imagem: CTBE]Para dar certo, o processo deve ser controlado e as quebras executadas com cuidado para manter os açúcares intactos, pois são eles que darão origem ao etanol, por meio da fermentação.
A pesquisa deve também revelar outros modos de se fazer álcool, podendo até mesmo pular a etapa da fermentação, por meio de uma combinação de parâmetros até então desconhecida. "Quando se faz pesquisa é preciso estar aberto a descobertas imprevisíveis, pois os resultados podem levar a novos horizontes", disse o pesquisador.

Plasma frio

Algumas pistas para essa via de quebra da celulose vieram de estudos sobre o tratamento do câncer. Foi constatado nessas terapias que os elétrons de baixa energia possuem uma força capaz de quebrar o DNA de células cancerosas.
"Uma cadeia de DNA lembra muito os açúcares", comparou Lima, ressaltando que os elétrons de baixa energia podem ser obtidos dentro de um plasma com baixo custo.
Para o projeto foi escolhido um plasma frio à pressão atmosférica, no lugar dos modelos de baixa pressão, os mais comuns em laboratório. O motivo é desenvolver um meio que apresente viabilidade econômica para ser aplicado no mercado.
"Nesse sentido, o plasma frio à pressão atmosférica é mais barato e não exige tantos recursos para operar, como o vácuo, por exemplo. Não podemos pensar em algo que seja usado somente no laboratório, pois poderá ser uma máquina que atuará em uma escala grande", disse.
Mesmo assim, a equipe do CTBE também pretende estudar os efeitos do plasma de baixa pressão e do plasma em meio aquoso na quebra da celulose.
Os dados levantados ajudarão a obter uma série de conhecimentos básicos sobre o processo de dissociação desses polímeros e aprimorar processos para as biorrefinarias. "Essas serão as usinas do futuro: sempre coladas a uma indústria química que desenvolverá uma infinidade de produtos além do etanol e do açúcar", frisou Lima.
O projeto poderá levar ao controle do ambiente de descarga de elétrons a ponto de o químico escolher resultados desejados visando a obtenção de moléculas de valor comercial mais interessante.
Os experimentos do projeto do CTBE também poderão ser aplicados em outras rotas de quebra da celulose ao dar pistas sobre como uma enzima ou um ácido atuam no processo.
Outra possibilidade é o surgimento de um processo misto que associe rotas diferentes para a obtenção do açúcar. Como a celulose tem uma estrutura fechada em pacotes, os elétrons poderiam, por exemplo, desempacotar o polímero e prepará-lo para um ataque enzimático ou químico.
Em todas essas perspectivas, a pesquisa esbarra em dois obstáculos fundamentais: a obtenção do controle do processo e a viabilidade econômica da tecnologia a ser desenvolvida. Por esse motivo o plasma deve ser barato e de baixa energia, a ponto de compensar a produção do etanol.
"A obtenção do álcool celulósico é conhecida e chegou a ser usada na Segunda Guerra Mundial. Ele só não está no mercado até hoje por ser obtido por meio de um processo caro. Por conta disso, tentamos baratear essa tecnologia e desenvolver novas rotas", disse Lima.
Apesar de estar voltado à cana-de-açúcar, o projeto poderá resultar em tecnologias para a obtenção de etanol a partir da celulose de outras espécies vegetais.
Com isso, estados brasileiros que estão longe das plantações de cana-de-açúcar poderão produzir seu etanol a partir de espécies vegetais de sua região e assim viabilizar o uso local do combustível. "Pretendemos desenvolver tecnologias que possam ser transferidas para outras biomassas de modo que o etanol se torne viável em todo o país", afirmou Lima.
O pesquisador aponta que a pesquisa básica que está sendo desenvolvida abrirá possibilidades nem sequer são imaginadas. "Mesmo que as descobertas não resultem em um processo industrial, elas ensinarão muito sobre o modo como uma molécula é quebrada", ressaltou.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=plasma-frio-etanol-segunda-geracao&id=010125101123&ebol=sim

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vendas globais de PCs frustram expectativas

As vendas globais de PCs cresceram menos do que o esperado no terceiro
trimestre deste ano (7,6% contra 12,7%), segundo a empresa de consultoria
Gartner. “O principal inibidor do crescimento no terceiro trimestre de
2010 foi o abrandamento na demanda de consumo de PCs nos Estados Unidos e
na Europa Ocidental. O terceiro trimestre é historicamente um período de
forte consumo, conduzido pelas vendas de volta às aulas”, disse Mikako
Kitagawa, analista do Gartner. Kitagawa destacou ainda que o emergente
mercado de tablets também influenciou nas vendas de computadores e
notebooks.

A HP lidera o mercado com 17,5%, seguida da Acer (13,1%), Dell (12,2%),
Lenovo (10,4%), ASUS (5,4%), Toshiba (5,3%) e outros (36,7%).

No terceiro trimestre 88.301.595 computadores foram vendidos mundialmente.
Mais informações: http://bit.ly/99pufJ

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Inteligência artificial - Google testa os carros do futuro

Mundo perfeito: carros que não poderão ser usados como armas por motoristas estressados. Que tal? Parece coisa de projeção de futuro, mas se depender do Google tais veículos poderão ser realidade em breve. A empresa anunciou que está testando sete automóveis com inteligência artificial, capazes de se deslocar sem intervenção humana.
A frota da Google já teria desempenhado com sucesso reconhecer limites de velocidade, estacionamento, "consulta" a mapas e "dirigir" sem intervenção humana por 1.600 quilômetros. Os testes já percorreram 225.302 quilômetos das ruas da Califórnia, nos Estados Unidos - de Mountain View até Santa Monica, de lá até o Hollywood Boulevard. O trajeto é informado por GPS, mas um funcionário da Google vai sentado no banco do motorista, caso algum imprevisto aconteça. Outro pesquisador monitora o sistema de direção. Os carros ainda têm câmeras de vídeo, sensores de radar e medidores de laser para 'observar' o trânsito, além de mapas detalhados.
Teste -Ainda não acabou: se depender da Mitsubishi, os testes drives de veículos também poderão ser feitos via controle remoto, por meio da web. Por dez dias, em novembro, a montadora fará o Mitsubishi Live Drive, para promover o 2011 Outlander Sport. Usando uma combinação de controle remoto, softwares e hardware, norte-americanos maiores de 18 anos, que se inscreverem e forem selecionados, poderão guiar o Outlander Sport direto dos seus computadores. A equipe desenvolvedora - com engenheiros de robótica, especialistas em transmissões de TV e webdesigners - usou câmeras POV (com múltiplos pontos de vista), receptores eletrônicos e servidores para controlar a dinâmica do carro.
O texto saiu no Diário de Pernambuco, escrito por Raquel Lima. Veja:
http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/10/14/carro5_0.asp

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Magnetoeletricidade: surge uma nova forma de controlar o magnetismo

Armazenamento de alta densidade

Uma equipe de cientistas da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, descobriu um material cujas propriedades magnéticas podem ser inteiramente controladas por um campo elétrico externo.
Se este efeito magnetoelétrico puder ser estendido para temperaturas mais próximas à temperatura ambiente, ele poderá ser permitir a manipulação de bits magnéticos minúsculos, viabilizando o armazenamento de dados de ultra-alta densidade.
A substituição dos componentes magnéticos por componentes elétricos pode potencialmente abrir caminho para o armazenamento de dados com uma densidade muito superior à dos discos atuais, que estão na casa dos terabytes.
Ao contrário dos dispositivos atuais, que funcionam com base na magnetorresistência gigante, que exigem campos magnéticos para manipular a resistência elétrica, os dispositivos magnetoelétricos poderiam ser controlados com cabeças de leitura e escrita menores e mais simples.

Magnetoeletricidade
Os pesquisadores descobriram o efeito ao estudar as propriedades magnéticas de um mineral chamado manganita, que é composto de magnésio, oxigênio, európio e ítrio.
A temperaturas criogênicas - entre 7 e 20 graus acima do zero absoluto - e sob campos magnéticos muito fortes, uma ligeira mudança no campo elétrico aplicado ao material provoca uma enorme mudança em suas propriedades magnéticas.
O efeito magnetoelétrico tem o potencial para levar a avanços tecnológicos comparáveis ao surgimento dos atuais discos rígidos, que se tornaram possíveis com a descoberta da magnetorresistência gigante, que valeu o Prêmio Nobel de Física de 2007 aos fundadores da spintrônica.
A descoberta do efeito magnetoelétrico é um avanço animador rumo à já teorizada magnetoeletricidade colossal. Contudo, para que suas promessas se tornem realidade, os cientistas precisarão antes demonstrar seu funcionamento sob temperaturas muito mais altas.
Bibliografia:
Cross-Control of Magnetization and Polarization by Electric and Magnetic Fields with Competing Multiferroic and Weak-Ferromagnetic Phases
Y. J. Choi, C. L. Zhang, N. Lee, S-W. Cheong
Physical Review Letters
Vol.: 105, 097201 (2010)
DOI: 10.1103/PhysRevLett.105.097201
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=magnetoeletricidade&id=010110100928&ebol=sim

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sua hora de entrar no mercado de trabalho chegou!!

MÍDIA


1. DM9DDB enviar e-mail para: trampo@dm9ddb.com.br

2. EDITORA ÁGUIA enviar e-mail para: cv@editoraguia.com.br

3. FOLHA DE SÃO PAULO enviar e-mail para: fspselecao@uol.com.br

4. FOLHA METRO enviar e-mail para: rh@folhametro.com.br

5. MTV enviar e-mail para: rh.mtv@mtvbrasil.com.br

6. SBT enviar e-mail para: culo@sbt.com.br



INDÚSTRIA

1. 7COMM enviar e-mail para: rh@7comm.com.br

2. AABB (CLUBE SOCIAL) enviar e-mail para: rh@aabb.esp.br

3. ALGAR enviar e-mail para: talentoshumanos@algar.com.br

4. APOLO enviar e-mail para: rh@tubosapolo.com.br

5. ARTEB enviar e-mail para: selecao@arteb.com.br

6. ARTHA enviar e-mail para: rh@arthabr.com

7. AZALÉIA enviar e-mail para: rh@azaleia.com.br

8. BASF enviar e-mail para: recursos.humanos@basf-sa.com.br

9. BOM BRIL enviar e-mail para: selecao@bombril.com.br

10. BOSCH enviar e-mail para: recruta.bosch.rbbr@br.bosch.com

11. BOUCINHAS enviar e-mail para: rhboucin@boucinhas.com.br

12. BRAHMA enviar e-mail para: gente@brahma.com.br

13. BRASILATA enviar e-mail para: brasilata@brasilata.com.br

14. CARAMURU ALIMENTOS enviar e-mail para: rh@caramuru.com

15. CARGILL enviar e-mail para: recrutamento_cargill@cargill.com

16. CCE enviar e-mail para: rh@cce.com.br

17. CIMENTO ITAÚ enviar e-mail para: talentos@cimentoitau.com.br

18. CERÂMICA SANTANA enviar para: rh@ceramicasantana.com.br

19. DELL enviar e-mail para: Brasil_HR@Dell.com

20. DOW enviar e-mail para: recrutamento@dow.com

21. EMBRACO enviar e-mail para: rhembraco@embraco.com.br

22. ESTRELA enviar e-mail para: dpessoal@estrela.ind.br

23. FORD enviar e-mail para: selecao@ford.com

24. GEMINI enviar e-mail para: rh@gemini.com.br

25. GERDAU enviar e-mail para: rh-sp@gerdau.com.br

26. GOODYEAR enviar e-mail para: recrutamento.amplant@goodyear.com

27. GRADIENTE enviar e-mail para: rh@gradiente.com.br

28. GRUPO ÁUREA enviar e-mail para: cv@grupoaurea.com.br

29. INTELBRAS enviar e-mail para: rh@intelbras.com.br

30. ITAMBÉ enviar e-mail para: rh@itambe.com.br

31. KLABIN enviar e-mail para: recrutamento@klabin.com.br

32. KOLUMBUS enviar e-mail para: rh-kb@kolumbus.com.br

33. LUPO enviar e-mail para: rh@lupo.com.br

34. MANAH enviar e-mail para: mercado@manah.com.br

35. MARCOPOLO enviar e-mail para: inovarh@inovarh.com.br

36. MOCOCA enviar e-mail para: rh@mococasa.com.br

37. MONSANTO enviar e-mail para: talentos.novos@monsanto.com

38. MOORE enviar e-mail para: selecao@moore.com.br

39. MOSANE enviar e-mail para: rh@mosane.com.br

40. OTIS enviar e-mail para: selecao@otis.com

41. PANAMCO enviar e-mail para: bancodecurriculos@panamco.com.br

42. PANCO enviar e-mail para: selfab@panco.com.br

43. PERDIGÃO enviar e-mail para: rhvda@perdigao.com.br

44. PROBEL enviar e-mail para: drh@probel.com.br

45. SABÓIA enviar e-mail para: selecao@saboia.com.br

46. SANTISTA TÊXTIL enviar e-mail para: selecao@santistatextil.com.br

47. SCANIA enviar e-mail para: curriculo.br@scania.com

48. SCHINCARIOL enviar e-mail para: rh@schincariol.com.br

49. SKOL enviar e-mail para: gente@skol.com.br

50. SONY enviar e-mail para: sonyrh@ssp.br.sony.com

51. SONY MUSIC enviar e-mail para: talentos@sonymusic.com.br

52. SPRINGER CARRIER enviar e-mail para: rh.springer@carrier.utc.com

53. TECIDOS ELIZABETH enviar e-mail para: selecao@elizabeth.com.br

54. TETRAPAK enviar e-mail para: recrutamento@tetrapak.com

55. VICUNHA enviar e-mail para: selecao@elizabeth.com.br

56. WICKBOLD enviar e-mail para: selecao@wickbold.com.br

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Recorde mundial: programa ordena um terabyte de dados em 60 segundos

Barreira do terabyte
Cientistas da computação da Universidade da Califórnia, em San Diego, quebraram a "barreira do terabyte", batendo um recorde mundial ao ordenar mais de um terabyte de dados (1.000 gigabytes ou 1.000.000 megabytes) em apenas 60 segundos.
Para se ter uma ideia, 100 terabytes de dados equivalem a cerca de 4.000 discos Blu-Ray, 21 mil DVDs ou 142.248 CDs.
A Internet criou muitos cenários onde a classificação de dados é crucial. Anúncios do Google relacionados ao assunto que você está pesquisando ou recomendações personalizadas de produtos em sites de compras, todos resultam de operações de ordenação de registros nas bases de dados que podem alcançar volumes na casa dos petabytes - um petabyte equivale a mil terabytes.
Isto sem contar a gestão das bases de dados internas das empresas, a mineração de dados ou as pesquisas de mercado.
Velocidade na classificação
Durante o 2010 Sort Benchmark, uma espécie de Copa do Mundo da classificação de dados, o grupo estabeleceu também um outro recorde mundial, este de velocidade, ao ordenar um trilhão de registros em 172 minutos.
A otimização apresentada nos algoritmos foi tamanha que o recorde de velocidade na classificação de dados foi batido usando apenas um quarto dos recursos computacionais usados pelo detentor do recorde anterior.
No Indy Minute Sort, os pesquisadores ordenaram 1,014 terabyte de dados em um minuto, quebrando a barreira do minuto para um terabyte pela primeira vez.
A equipe também cravou o recorde mundial no Gray Indy Sort, que mede a taxa de classificação por minuto para 100 terabytes de dados.
A categoria Indy é um tipo de competição no qual os sistemas são projetados em torno de parâmetros específicos determinados pelos organizadores.
Com os bons resultados alcançados, a equipe anunciou que o próximo passo será generalizar seus algoritmos, levando-os para a categoria Daytona - embora os resultados não sejam tão impressionantes, nesta categoria os sistemas estão preparados para uso no mundo real.

Computação extrema
Os resultados não são importantes apenas para a classificação de dados.
"Geralmente, a classificação é uma ótima maneira de medir o quão rápido você consegue ler um monte de dados de um conjunto de discos, fazer algum processamento básico sobre ele, fazê-lo circular por uma rede e gravá-lo em outro conjunto de discos," explicou Alex Rasmussen, coordenador da equipe duplamente recordista. "A classificação de dados impõe um bocado de estresse sobre o subsistema de entrada e saída, dos discos rígidos e do hardware de rede até o sistema operacional e os aplicativos."
Isso ocorre porque ordenar dados nesses volumes é bem mais complicado do que ordenar uma planilha eletrônica - dados na casa dos terabytes ou dos petabytes estão muito além da capacidade de memória dos computadores. O Indy Minute Sort, por exemplo, foi batido usando um sistema composto por 52 nós de rede, cada um com dois processadores quad-core de 24 gigabytes (GB) de memória e 16 discos de 500 GB.
Os dois novos recordes mundiais estão entre os 2.010 resultados divulgados recentemente no site gerido pelos cientistas voluntários da indústria e da academia que coordenam as competições. O endereço é http://sortbenchmark.org.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=recorde-mundial-classificacao-dados-terabyte&id=010150100810

terça-feira, 20 de julho de 2010

Cientistas criam pulmão eletrônico dentro de um chip

Pulmão em um chip


Um pulmão eletrônico acaba de ser desenvolvido por cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. O grupo criou um dispositivo que simula o funcionamento de um pulmão em um microchip.
Do tamanho de uma borracha escolar, o equipamento atua como se fosse um pulmão humano e é feito de partes do órgão e de vasos sanguíneos.
Por ser translúcido, o pulmão eletrônico oferece a oportunidade de estudar o funcionamento do órgão sem ter que invadir um organismo vivo.
Substituto dos animais de laboratório

Segundo os autores do estudo, o dispositivo tem potencial para se tornar uma ferramenta importante nos testes dos efeitos de toxinas presentes no ambiente ou de avaliar a eficácia e a segurança de novos medicamentos, eventualmente substituindo animais de laboratório.
"A capacidade do pulmão em um chip de estimar a absorção de nanopartículas presentes no ar ou de imitar a resposta inflamatória a patógenos demonstra que o conceito de órgãos em chips poderá substituir estudos com animais no futuro", disse Donald Ingber, fundador do Instituto Wyss, em Harvard, e um dos autores da pesquisa.
Segundo Ingber, os microssistemas a partir de tecidos produzidos até o momento são limitados mecânica ou biologicamente. "Não conseguimos entender realmente como a biologia funciona, a menos que nos coloquemos no contexto físico de células, tecidos e órgãos vivos", disse Ingber.

Funcionamento do pulmão eletrônico
Na respiração humana, o ar entra nos pulmões, preenche os microscópicos alvéolos (localizados nos finais dos bronquíolos) e transfere oxigênio por meio de uma membrana fina e permeável de células até a corrente sanguínea.
É essa membrana - formada por camadas de células pulmonares, matriz extracelular permeável e capilares - que faz o trabalho pesado do sistema respiratório. É também essa interface entre pulmão e sistema circulatório que reconhece invasores inalados, como bactérias ou toxinas, e ativa a resposta imunológica.
O pulmão eletrônico parte de uma nova abordagem na engenharia de tecidos ao inserir duas camadas de tecidos vivos - a fileira de alvéolos e os vasos sanguíneos em sua volta - em uma estrutura porosa e flexível.
O pulmão eletrônico parte de uma nova abordagem na engenharia de tecidos ao inserir duas camadas de tecidos vivos - a fileira de alvéolos e os vasos sanguíneos em sua volta - em uma estrutura porosa e flexível. [Imagem: Kristin Johnson et al.]

O dispositivo consiste de uma membrana de silicone, porosa e flexível, coberta por células epiteliais de um lado e de células endoteliais do outro. Microcanais em torno da membrana permitem que o ar se desloque por ela. Ao aplicar um vácuo no dispositivo, a membrana se expande de modo semelhante ao que ocorre no tecido pulmonar real.
"Partimos do funcionamento da respiração humana, pela criação de um vácuo quando nosso pulmão se expande, que puxa o ar para os pulmões e faz com que as paredes dos sacos pulmonares se estiquem. O sistema de microengenharia que desenhamos usa os princípios básicos da natureza", disse Dan Huh, outro autor do estudo.

Riscos das nanopartículas
Para determinar a eficiência do dispositivo, os pesquisadores testaram sua resposta ao inalar bactérias vivas (E. coli). Eles introduziram microrganismos no canal de ar do lado do pulmão no dispositivo e, ao mesmo tempo, aplicaram leucócitos pelo canal no lado dos vasos sanguíneos.
Como resultado, no dispositivo ocorreu uma resposta imunológica que fez com que os leucócitos se deslocassem pelo canal de ar e destruíssem as bactérias.
A equipe prosseguiu nos testes com "experimentos do mundo real", segundo Huh, introduzindo vários tipos de nanopartículas no saco pulmonar do pulmão eletrônico. Algumas dessas partículas estão presentes em produtos comerciais, outras são encontrados no ar e na água poluída.
Vários tipos dessas nanopartículas entraram nas células do pulmão, levando as células a produzir mais radicais livres e induzindo a inflamação. Muitas das partículas atravessaram o pulmão eletrônico e atingiram o canal arterial.
Bibliografia:
Reconstituting Organ-Level Lung Functions on a Chip
Dongeun Huh, Benjamin D. Matthews, Akiko Mammoto, Martín Montoya-Zavala, Hong Yuan Hsin, Donald E. Ingber
Science
25 June 2010
Vol.: 328. no. 5986, pp. 1662 - 1668
DOI: 10.1126/science.1188302

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=pulmao-eletronico-chip&id=010110100625

Historiador desvenda código secreto de Platão

Redação do Site Inovação Tecnológica


Um cientista da Universidade de Manchester, na Inglaterra, afirma ter desvendado o "O Código de Platão" - mensagens secretas que estariam escondidas nos escritos do grande filósofo grego e que vêm desafiando os estudiosos há mais de dois mil anos.
Platão foi uma espécie de Einstein da Idade de Ouro da Grécia. Seu trabalho está na base de toda a cultura e da ciência ocidentais.
Com isto, os resultados do trabalho do Dr. Jay Kennedy poderão revolucionar a história das origens do pensamento ocidental - além de ser um feito na área da criptografia comparável apenas à decifração dos hieróglifos egípcios, realizado pelo francês Jean-François Champollion, com a ajuda da Pedra de Roseta, em 1822.

O livro da natureza

Em seu artigo, o Dr. Kennedy revela que Platão usou um padrão regular de símbolos, herdados dos seguidores de Pitágoras, para dar a seus livros uma estrutura musical.
Os códigos escondidos em sua obra mostram que Platão antecipou a Revolução Científica cerca de 2000 anos antes de Isaac Newton, descobrindo a sua ideia mais fundamental - a noção de que "o livro da natureza" está escrito em linguagem matemática.
Um século antes, Pitágoras havia dito que os planetas e as estrelas produzem uma música inaudível aos ouvidos humanos comuns, uma "harmonia das esferas". Em seus livros, Platão tentar imitar as harmonias dessa música.

O código secreto de Platão
O Dr. Kennedy passou meros cinco anos estudando a escrita de Platão - a maioria dos filósofos faz isso a vida toda, embora com outros objetivos - e descobriu que em sua obra mais conhecida, a República, o filósofo grego colocou grupos de palavras relacionadas à música depois de cada duodécimo do texto - em um doze avos, dois doze avos, e assim por diante.
Esse padrão regular representa as doze notas da escala musical grega. Algumas notas são harmônicas, outras dissonantes. Nos pontos onde estão as notas harmônicas, ele descreveu sons associados com o amor ou o riso, enquanto os pontos onde estão as notas dissonantes foram marcados por sons ou gritos de guerra ou de morte.
Este código musical foi a chave para desvendar todo o sistema simbólico de Platão - o "código secreto de Platão".
"Quando lemos seus livros, as nossas emoções seguem os altos e baixos de uma escala musical. Platão toca seus leitores como se eles fossem instrumentos musicais," diz o pesquisador.

Evangelhos de Platão

Para quebrar o código de Platão, o pesquisador afirma não ter havido milagres: "Não houve uma Pedra de Roseta. Para anunciar um resultado como este eu precisava de provas rigorosas e independentes, baseadas em evidências cristalinas."
"O resultado foi incrível - foi como abrir uma tumba e encontrar uma nova série de evangelhos escritos pelo próprio Jesus Cristo. Platão nos enviou uma cápsula do tempo," entusiasma-se ele.
Apesar de já ter apresentado seu trabalho e discutido o resultado com colegas em alguns eventos científicos, o trabalho deverá gerar controvérsias, porque os historiadores modernos sempre negaram que havia códigos secretos na obra de Platão.
"Isto é o começo de algo grandioso. Levará uma geração para traçarmos as implicações [desta descoberta]. Todas as 2000 páginas [de Platão] contêm símbolos até agora não detectados," defende o pesquisador.
[Imagem: Platão usou um padrão regular de símbolos herdados dos seguidores de Pitágoras para dar a seus livros uma estrutura musical.]Filosofia secreta de Platão
"Os livros de Platão desempenharam um papel essencial na fundação da cultura ocidental, mas eles são misteriosos e terminam em enigmas," explica o Dr. Kennedy. "Na antiguidade, muitos dos seus seguidores afirmavam que os livros continham camadas ocultas de significado e códigos secretos, mas isto foi rejeitado pelos estudiosos modernos."
"É uma história longa e entusiasmante, mas basicamente eu desvendei o código. Eu demonstrei rigorosamente que os livros contêm códigos e símbolos e que a sua interpretação revela a filosofia secreta de Platão. "Esta é uma verdadeira descoberta, e não simplesmente uma reinterpretação," afirma o historiador da ciência.

Se confirmado, realmente o achado não abre espaço para modéstia: um código secreto de Platão irá transformar a história do nascimento do pensamento ocidental e, especialmente, as histórias das antigas ciências, da matemática, da música e da filosofia.

A importância de Platão

Platão nasceu quatro séculos antes de Cristo, escreveu 30 livros e fundou a primeira universidade do mundo, chamada de Academia. Ele era um feminista, permitindo que as mulheres estudassem na Academia e foi o primeiro grande defensor do amor romântico, em oposição a casamentos arranjados, por motivos políticos ou financeiros. Ele também defendeu a homossexualidade em seus livros. Em um episódio menos conhecido de sua vida, ele foi capturado por piratas e vendido como escravo, sendo mais tarde resgatado por amigos.
"A importância de Platão não pode ser exagerada. Ele mudou a humanidade de uma sociedade guerreira para uma sociedade da sabedoria. Hoje os nossos heróis são Einstein e Shakespeare - e não cavaleiros de armaduras brilhantes - por causa dele," diz o Dr. Kennedy.

Ciência e religião

Contudo, Platão não parece ter idealizado seus padrões secretos apenas para se divertir - eles serviam para sua própria segurança.
As ideias de Platão representavam uma ameaça perigosa para a religião grega. Ele afirmava que eram leis matemáticas, e não deuses, que controlavam o universo. O seu mestre, Sócrates, já havia sido executado por heresia.
Inversamente, o Dr. Kennedy propõe que a decodificação das mensagens musicais de Platão abre caminho justamente para unir a ciência e a religião.
A admiração e a beleza que sentimos na natureza, afirma Platão, mostra que ela é divina; descobrir a ordem científica da natureza significa aproximar-se de Deus. Isto, segundo Kennedy, "tem o potencial para transformar a atuais guerras culturais entre a ciência e a religião."

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=codigo-secreto-platao&id=010850100630

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Roupa interativa reproduz memórias de "ser ausente"

Ser Ausente

Futurólogos de todos os matizes propõem que, em um futuro não especificado, será possível fazer o download de todas as memórias de uma pessoa.
Fazer o upload dessas memórias para um robô é visto por eles como um "passo natural" rumo à eternidade, criando um "você artificial".
Duas cientistas agora decidiram unir ciência e arte para inverter tudo: bem mais com os pés no chão, e usando apenas a tecnologia já disponível, elas criaram um "ser ausente".
Deixando a consciência por conta do "ser presente" - o usuário que fará uso da roupa inteligente que contém o "ego do ser ausente" - Barbara Layne e Janis Jefferies preferiram centrar sua atenção nos sentidos.

Roupa interativa

As pesquisadoras desenvolveram um conceito altamente sofisticado de roupa interativa que é capaz de "transferir a memória" de uma pessoa para outra. A memória - algo como o estado emotivo - da pessoa deve ser previamente gravada pelo equipamento.
Quando alguém veste a roupa inteligente, seu próprio estado físico e emocional ativa a transferência da "memória sensorial" do usuário original - o ser ausente - para o novo usuário.
Batizado de Wearable Absence (ausência de vestir, em tradução livre) o sistema combina biossensores, adaptadores, sistemas de conexão sem fios e cabos flexíveis, tudo embutido em uma jaqueta.
Segundo as pesquisadoras, "o protótipo de roupa inteligente incorpora tecnologias sem fio e biossensores para ativar um rico banco de dados de imagens e sons, criando uma narrativa, ou uma sequência de mensagens, criadas pela 'pessoa ausente'."

Download de memória

Os dados são enviados por uma conexão sem fios para um banco de dados. Mais tarde, esses registros podem ser enviados de volta à roupa, reproduzindo as sensações do ser ausente. [Imagem: Barbara Layne/Janis Jefferies]Os sensores sem fio e os biossensores são embutidos na roupa, gravando a temperatura corporal, a frequência cardíaca, a resposta galvânica da pele (sua umidade) e o ritmo respiratório do usuário.
Os dados são enviados por uma conexão sem fios para um banco de dados. Mais tarde, esses registros podem ser enviados de volta à roupa, reproduzindo as sensações do ser ausente.
As mensagens, que trazem de volta as memórias da pessoa ausente, podem incluir gravações de voz ou músicas, reproduzidas em alto-falantes incorporados nos ombros da roupa.
Uma matriz de LEDs flexíveis, instalada nos braços, pode reproduzir pequenas mensagens, fotos ou mesmo vídeos.

Melhoria da experiência humana

A "narrativa" que o usuário da roupa vai receber pode ser programada intencionalmente para reproduzir um determinado estado emotivo.
Por exemplo, se o usuário da roupa estiver passando por um certo estado emocional, como estresse, tristeza ou desespero, os biossensores e os atuadores podem transmitir-lhe uma série de mensagens - tais como fotos, textos e gravações - para proporcionar calma e conforto.

"Esta combinação única da arte têxtil, do mapeamento emocional e das tecnologias de reação positiva, pode otimizar a experiência humana, com enorme potencial para as áreas de saúde e bem-estar," afirmam as pesquisadoras.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=roupa-interativa-memorias&id=010150100609&ebol=sim

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cérebro eletrônico emula um bilhão de neurônios


Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/05/2010
Pesquisadores da Universidade de Manchester, na Inglaterra, estão se preparando para começar a maior simulação já realizada de um verdadeiro "cérebro eletrônico."

A equipe do professor Steve Furber pretende simular um cérebro com 1 bilhão de neurônios, utilizando 50.000 microprocessadores simples e baratos.

Diferenças entre cérebros e computadores

Apesar das constantes comparações, cérebros e computadores funcionam segundo princípios muito diferentes. Além da comparação possível, de que os dois são "sistemas de processamento de informações", cérebros e computadores têm muito mais diferenças do que similaridades.

Do ponto de vista de seus circuitos básicos, o cérebro é lento e impreciso, mas também é flexível e capaz de corrigir falhas nas rotas de processamento. Já os computadores são rápidos e precisos, mas também são inflexíveis e incapazes de fazer algo para o qual não foram projetados.

"Os conjuntos de funções em que cada um deles é melhor não têm interseções. Eles parecem ser simplesmente tipos diferentes de sistemas," afirmam Furber e seu colega Steve Temple.

"Ainda assim, ao longo da curta história da computação, cientistas e engenheiros têm feito tentativas de fertilização cruzada, inserindo conceitos da neurobiologia na computação a fim de construir máquinas que possam operar de maneira mais parecida com o cérebro," afirmam eles.

Uma das maiores razões para isso é a capacidade de processamento em paralelo do cérebro. Outra é que o nosso "sistema de processamento de informação" biológico parece ser virtualmente à prova de falhas.

Simulação do cérebro

Para tentar imitar o cérebro, os cientistas vão começar tentando imitar os neurônios.

A IBM possui um projeto de emulação de neurônios baseado em software, que já permitiu a simulação do cérebro de um gato.

Mas os cientistas ingleses planejam implementar o seu cérebro eletrônico biologicamente inspirado por hardware.

Para isso, eles estão usando microprocessadores ARM (Advanced RISC Machine), uma arquitetura lançada nos anos 1980, mas que perdeu a corrida da computação para o padrão x86 da Intel.

Apesar do fracasso inicial, contudo, o chip ARM seguiu sua própria carreira, e hoje equipa a maioria dos telefones celulares e outros equipamentos móveis, que exigem um desempenho apenas razoável de processamento, mas que precisam gastar pouca energia.

Cérebro eletrônico



Esquema do cérebro eletrônico emulado por hardware, feito com microprocessadores utilizados em telefones celulares. [Imagem: Manchester University]Os 50.000 chips já estão encomendados e serão usados para construir o cérebro eletrônico batizado de Spinnaker - Spiking Neural Network Architecture, algo como arquitetura de rede neural por picos de tensão, em referência às sinapses, os "disparos" elétricos que fazem a comunicação entre os neurônios.

Embora tanto os circuitos eletrônicos no interior de um chip e os neurônios no cérebro comuniquem-se por meio de sinais elétricos, os fios de um chip só sabem conduzir a eletricidade, enquanto as conexões cerebrais servem a outras funções.

Cada sinapse, por exemplo, tem sua própria importância, ou peso, que varia conforme a rede neural aprende por meio do balanceamento dos diferentes sinais recebidos.

Para atribuir pesos, de forma dinâmica, a cada "sinapse" no interior do chip, os pesquisadores vão utilizar variações na tensão dos sinais que transitarão entre eles - daí a expressão "picos de tensão" no nome da arquitetura dos "neurônios eletrônicos".

Neurônios eletrônicos

Cada processador utilizado tem cerca de 100 Kbytes de memória interna, para lidar com suas próprias sinalizações.

Os pesos dinâmicos da rede neural serão controlados por uma outra memória, externa aos chips, com 128 Mbytes.

São 20 núcleos ARM por chip, cada um capaz de modelar 1.000 neurônios. Com 20.000 neurônios por chip, as 50.000 unidades encomendadas a um fabricante de Taiwan serão capazes de simular 1 bilhão de neurônios.

Cérebro eletrônico de robô

O processamento equivalente ao que ocorre no neurônio biológico será feito dentro de cada núcleo, enquanto as sinapses, ou a conectividade dos axônios, serão representadas pelas mensagens trocadas entre os processadores, interligados em uma complexa estrutura toroidal.

Cada chip terá seis conexões bidirecionais, o que permitirá a criação de várias topologias de rede sem alteração do hardware.

O primeiro objetivo dos pesquisadores é fazer seu cérebro eletrônico aprender a controlar um braço robótico. No futuro, eles planejam fazê-lo aprender outras tarefas, objetivando o controle de um robô humanoide completo.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=cerebro-eletronico&id=010180100524&ebol=sim

terça-feira, 4 de maio de 2010

Você é engenheiro se...

Você sabe cálculo vetorial, mas não lembra como fazer uma divisão com vírgula.

Você tem uma calculadora científica e conhece TODAS as suas funções.

Você já usou o AutoCAD para projetar uma pipa para o seu filho.

Você passa horas realizando o relatório de um experimento que durou alguns minutos.

Você tem um bichinho de estimação com o nome de um grande cientista.

Você ri de piadas sobre matemáticos.

Você considera qualquer curso não-científico "fácil".

Você não entende como algumas pessoas podem achar difícil programar um videocassete.

Você assistiu "Apollo 13" e achou que os verdadeiros heróis foram os caras no "Controle da Missão".

Você assume que um "cavalo" é equivalente a uma "esfera" para facilitar os cálculos.

Uma criança de quatro anos lhe pergunta por que o céu e azul e você tenta explicar toda a teoria da absorção atmosférica.

Você vai a uma loja de informática e os vendedores não conseguem responder às suas perguntas.

Você costuma assobiar a música tema de "MacGyver".

O que você mais gosta no Natal é de montar os brinquedos das crianças.

Você já tentou consertar alguma coisa usando elásticos, clipes de papel e fita adesiva.

Seu PC vale mais do que um carro.

Você pode lembrar de 7 senhas de computador, mas não da data do aniversário da sua mãe.

Você sabe qual será o sentido de rotação da água quando puxar a descarga.

Você esta sendo processado pela Sociedade Protetora dos Animais por ter realizado o experimento do Gato de Schrodinger.

Você SABE o que é o experimento do Gato de Schrodinger.

Você consegue digitar 70 palavras por minuto, mas não entende sua própria caligrafia.

Você já abriu alguma coisa "só para ver como é por dentro".

Você guarda peças de eletrodomésticos estragados.

Você assiste filmes de ficção cientifica e fica procurando cenas que estão cientificamente incorretas.

Você tem o hábito de estragar coisas tentando descobrir como elas funcionam.

Você não tem vida. E pode provar isso matematicamente.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Europa quer substituir carros por sistema de transporte aéreo pessoal

Transporte aéreo pessoal


A ideia de um meio de transporte aéreo pessoal é antiga, englobando conceitos de carros voadores e aviões pessoais até aparatos exóticos, como diversos tipos de mochilas voadoras, que nunca saíram da categoria de curiosidades.
Mas isso talvez agora possa mudar. O centro de pesquisas da União Europeia, um organismo multinacional que congrega os melhores cérebro do velho continente, decidiu apoiar um projeto chamado Sistema de Transporte Aéreo Pessoal, que adotou a sigla PPlane.
O consórcio, que recebeu um financiamento de €4,4 milhões, é liderado pela francesa Onera e inclui universidades e institutos de pesquisas de 11 países europeus.

Veículo aéreo

O objetivo do projeto é ambicioso: "um novo paradigma para o transporte aéreo, destinado a diminuir os congestionamentos e revolucionar o conceito de viagens."
Como um carro privado, o veículo aéreo PPlane pessoal deverá oferecer os benefícios da velocidade e da eficiência que só são possíveis quando o passageiro tem o veículo à sua inteira disposição para ir diretamente da origem ao destino, sem precisar dirigir-se a estações.
A proposta coloca ênfase no design ambientalmente responsável, incluindo baixos níveis de ruído e redução das emissões de gases, sistema de propulsão ecológico e eficiência energética.

Tirar carros de circulação

O maior objetivo a longo prazo é tirar carros de circulação, oferecendo em troca o conforto de uma viagem mais rápida, de um lado, e a sustentabilidade ambiental de outro.

"Os objetivos ambiciosos foram estabelecidos para proporcionar reduções drásticas de ruídos e emissões, um aumento significativo da eficiência de combustível, um nível de segurança comparável ao dos aviões convencionais e baixo custo," afirma José M. Martin Hernandez, coordenador do projeto.
O projeto PPlane tem três anos para apresentar seus resultados.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=substituir-carros-sistema-transporte-aereo-pessoal&id=010170100309

Engenheiros transformam ruido em visão

Uma nova técnica capaz de criar imagens nítidas de objetos escondidos poderá um dia permitir que os pilotos enxerguem além da neblina e os médicos vejam mais precisamente o interior do corpo humano sem a necessidade de uma cirurgia.
Desenvolvido por engenheiros da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, o método baseia-se na surpreendente possibilidade de aumentar a nitidez de uma imagem usando os mesmos raios de luz que normalmente borram a imagem, fazendo-a ficar irreconhecível.

Interação entre ruído e sinal

"Normalmente, o ruído é considerado uma coisa ruim," afirma Jason Fleischer, um dos criadores da nova técnica. "Mas às vezes o ruído e o sinal podem interagir, e a energia do ruído pode ser usada para amplificar o sinal. Para sinais fracos, como imagens distantes ou muito escuras, na verdade a adição de ruído pode melhorar a sua qualidade."
Para demonstrar isto, os pesquisadores restauraram uma imagem obscurecida em um padrão claro de números e linhas. O processo equivale a melhorar a recepção de TV usando a parte do sinal de transmissão que dá o chiado ou a interferência às imagens.
A capacidade de amplificar sinais dessa forma pode ser utilizada para melhorar uma ampla gama de tecnologias baseadas na transmissão de sinais, incluindo os ultrassons que os médicos utilizam para ver imagens dos bebês ainda no útero e os sistemas de radar que os pilotos usam para navegar através das tempestades.
A técnica também abre caminho para tecnologias como óculos de visão noturna, inspeção de estruturas submarinas, como oleodutos ou pilares de pontes, e até na esteganografia, a prática de mascarar sinais para fins de segurança.

Ruído nas imagens

Em seu experimento, Fleischer e seu colega Dmitry Dylov primeiro disparam um feixe de laser através de um pequeno pedaço de vidro gravado com números e linhas, semelhantes aos cartões utilizados pelos oftalmologistas.
O laser "imprimiu" a imagem dos números e das linhas em um receptor conectado a um monitor de vídeo, que exibiu claramente o padrão.
A seguir, eles colocaram um pedaço de plástico translúcido entre o vidro e o receptor.
O plástico dispersou a luz do laser antes que ela chegasse ao receptor, tornando o sinal visual tão cheio de ruído que os números e as linhas do padrão tornaram-se irreconhecíveis no monitor, de maneira parecida com o que acontece quando a fumaça ou a neblina obstruem a visão de uma pessoa.

Substância não-linear

A parte essencial da experiência veio quando Fleischer e Dylov colocaram outro objeto no caminho do feixe de laser.
Exatamente na frente do receptor, eles montaram um cristal de niobato de estrôncio e bário (SBN), um material que pertence a uma classe de substâncias conhecidas como "não-lineares" por sua capacidade de alterar o comportamento da luz de forma estranha - neste caso, o cristal não-linear mistura diferentes partes da imagem, permitindo que o sinal e o ruído interajam.
Ajustando uma tensão elétrica sobre o cristal de SBN, os pesquisadores conseguiram de "sintonizar" uma imagem nítida no monitor.
O SBN reuniu os raios que tinham sido espalhados pelo plástico translúcido e usou sua energia para aumentar a nitidez da tênue imagem de linhas e números.
"Nós usamos o ruído para alimentar os sinais," afirma Dylov. "É como se você tirasse uma foto de uma pessoa no escuro, e nós aumentamos o brilho da pessoa e tornamos o fundo mais escuro para que você possa vê-la. O contraste faz com que a pessoa se destaque."
Ressonância estocástica
A técnica, conhecida como "ressonância estocástica", só funciona com uma quantidade determinada de ruído, já que o excesso pode sobrecarregar o sinal.
Com base nos resultados de sua experiência, Fleischer e Dylov desenvolveram uma nova teoria sobre como os sinais cheios de ruido movem-se através de materiais não-lineares, combinando conceitos das áreas de física estatística, teoria da informação e óptica.
Agora eles planejam incorporar sua técnica de processamento de sinais para melhorar a clareza das imagens no campo do imageamento médico, incluindo os exames que usam o som e o ultrassom em vez da luz.


Bibliografia:
Nonlinear self-filtering of noisy images via dynamical stochastic resonance
Dmitry V. Dylov, Jason W. Fleischer
Nature Photonics
March 2010
Vol.: Advance online publication
DOI: 10.1038/nphoton.2010.31
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=ruido-usado-criar-imagens-mais-nitidas&id=010160100412&ebol=sim

terça-feira, 6 de abril de 2010

Sacos de energia submersos armazenam vento para gerar eletricidade

Os opositores aos investimentos em fontes limpas de energia sabem de cor e salteado os seus argumentos: "Energia solar e energia eólica dependem de fatores naturais, e a economia não pode parar à noite ou quando o vento deixar de soprar," dizem eles.


De fato, as baterias atuais ainda não são boas o suficiente para armazenar a energia solar para seu uso noturno. E, ainda que turbinas eólicas inteligentes possam prever o vento, elas não são muito úteis nos momentos de calmaria.

Armazenar o vento

Mas, embora "armazenar o Sol" seja um problema mais sério, armazenar o vento é muito mais simples - basta guardá-lo na forma de ar comprimido e colocá-lo para soprar as turbinas nos momentos de baixa intensidade do vento.

Esta pelo menos é a solução apresentada pelo professor Seamus Garvey, da Universidade de Nottingham, na Inglaterra. Ele está tão confiante em sua proposta que fundou uma empresa, a Nimrod Energy, para tentar vender a ideia.

A proposta é simples: usar gigantescas turbinas de vento para comprimir e bombear o ar para gigantescos "sacos de energia", que é como o Dr. Garvey chama estruturas flexíveis enormes, que ele pretende colocar no fundo do mar ou em cavernas.

O ar sob alta pressão poderá ser direcionado para conjuntos de turbinas que irão gerar a eletricidade quando necessário.

Fazendas de energia

As "fazendas de energia" a ar comprimido poderão ser conjugadas com as "fazendas de vento", garantindo que a planta supra energia para a rede elétrica continuamente. Ou podem se transformar em empreendimentos independentes, que poderão vender energia para os distribuidores sob demanda.

E ao falar em turbinas gigantescas, o Dr. Garvey não está exagerando. A menor de suas propostas envolve o uso de uma turbina de vento de 230 metros de diâmetro, o que seria necessário acumular ar suficiente para viabilizar economicamente o projeto.

Segundo o pesquisador, a alternativa de geração de energia limpa mais próxima da viabilidade até agora são as hidrelétricas marinhas, que usam água sob pressão para gerar a eletricidade. Contudo, diz ele, seu projeto é capaz de produzir energia até 20% mais barata do que a hidreletricidade marinha.

Sacos de energia

"O fato de que o diâmetro das turbinas de vento tradicional cresceram exponencialmente até 2005, e depois pararam de crescer abruptamente, é uma forte indicação de que os projetos convencionais de energia eólica atingiram seus limites naturais e que o campo precisa urgentemente de novas ideias," diz o pesquisador.

O primeiro protótipo dos "sacos de energia", em escala reduzida, já está sendo construído, devendo gerar seus primeiros watts em 2011.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=energia-eolica-ar-comprimido&id=010115100329&ebol=sim

quarta-feira, 24 de março de 2010

Entre agora no Mercado de Trabalho! Aproveite para enviar seu Currículo!

 Pleno – Av. Bernardo Vieira de Melo, 1390 - Piedade.

Tel: 3302-3444.
http://www.plenoconsult.com.br/

 Selic – Rua Dr. Júlio Maranhão, 735, sl-201 - Prazeres.
Tel: 3375-2679 34651893

 Veneza Terceirização – Rua Luiz pereira de Farias, 82, Afogados (2º parada após o quartel BELOC).
Tel: 3422-2292.
venezapromocoes@veloxmail.com.br

 Humanoser – Rua Belmiro Correia, 109 - Rosarinho.
Tel: 3426-1728

 Ter Service – Av. Rosa e Silva, 1460, sl. 1006 - Aflitos.
Tel: 3243-8351.
 Ideal Consultoria Ltda – Rua do Riachuelo, 105 - Boa Vista.
Tel: 3223-1762.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
AUXILIAR CARTEIRA FISCAL


03 anos de experiência

Enviar currículo para: milson@emecinco.com.br
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
AUXILIAR DE ESCRITÓRIO

Conhecimento financeiro, nota fiscal, internet

CV para: mecbras@uol.com.br
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
CONSULTOR COMERCIAL

Com graduação em administração, veículo próprio

Ganhos aproximadamente R$: 3.000

CV para: vagas101@conquest.com.br
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
DESIGNER – GRADUAÇÃO EM DESENHO INDUSTRIAL

Salário: 1.500,00 + VR + VT

Enviar currículo para: consenso@veloxmail.com.br

sábado, 20 de março de 2010

Manto da invisibilidade agora é 3D e aproxima-se do olho humano

Um grupo de pesquisadores da Inglaterra e da Alemanha criou um manto da invisibilidade tridimensional capaz de esconder objetos em comprimentos de onda ópticos, próximos da faixa visível do espectro eletromagnético.

O estudo representa um avanço no campo da óptica de transformação, que utiliza uma nova classe de materiais conhecidos como metamateriais, capazes de guiar e controlar a luz com propriedades que não são encontradas em materiais naturais.

Capa da invisibilidade

O grupo, coordenado por Tolga Ergin, do Instituto de Física Aplicada do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (Alemanha), utilizou cristais fotônicos com estrutura semelhante à de estacas de madeira para desenvolver uma capa da invisibilidade.

Os cientistas utilizaram o manto para ocultar uma pequena saliência em uma superfície de ouro. A operação funcionou como se um pequeno objeto fosse escondido sob um tapete.

No entanto, nesse caso, o tapete também desapareceu. O "manto" é composto por lentes especiais que funcionam curvando as ondas luminosas para suprimir o espalhamento da luz da saliência.

"Nosso modelo utilizou um cristal fotônico em estaca com polímeros adaptados para esconder uma saliência em um refletor de ouro. As estruturas e controles foram fabricados pela inscrição direta a laser e caracterizados simultaneamente com espectroscopia e com microscopia óptica de campo distante e alta abertura numérica", destacaram os autores no artigo.

Óptica de transformação

Segundo os pesquisadores, as capacidades atuais de nanofabricação continuam a ser aprimoradas, mas é preciso avançar em relação a definir quais nanoestruturas serão capazes de executar uma funcionalidade desejada.

Nesse contexto, a óptica de transformação tem fornecido uma ferramenta científica inovadora, que permite mapear matematicamente as distorções desejadas do espaço para uma distribuição real das propriedades dos materiais ópticos no espaço cartesiano normal.

"Metamateriais não homogêneos adaptados permitem a aproximação dessas distribuições desejadas. As estruturas de manto de invisibilidade podem servir como um fascinante e exigente exemplo de referência para ideias muito mais amplas de transformação óptica", disseram.

Invisibilidade tridimensional

Até agora, segundo eles, os experimentos com mantos de invisibilidade com micro-ondas e em frequências ópticas têm sido exclusivamente realizados em geometrias bidimensionais.

Ou seja, essas estruturas são imediatamente visíveis na terceira dimensão. A camuflagem funciona apenas em planos, quando o ângulo de visão é igual a zero em uma direção.

No entanto, segundo os cientistas, essas estruturas têm ajudado a validar os conceitos de óptica de transformação e de metamateriais. "Conseguimos desenhar, fabricar e caracterizar estruturas tridimensionais de manto de invisibilidade utilizando cristais fotônicos em estaca", concluíram.

"Invisibilidade invisível"

Do ponto de vista do ser humano, os "mantos da invisibilidade" construídos até agora não tornam os objetos de fato invisíveis, uma vez que esses aparatos funcionam em comprimentos de onda fora da faixa da luz visível.

O dispositivo agora anunciado é o que mais se aproxima de uma invisibilidade prática: ele funciona com comprimentos de onda entre 1,4 e 2,7 micrômetros. O olho humano enxerga comprimentos de onda entre cerca de 0,4 e 0,7 micrômetros (ou 400 e 700 nanômetros).

Para entender melhor os desafios para construir um manto da invisibilidade, veja a reportagem Invisibilidade: o que é fato científico e o que é ficção científica.

Bibliografia:

Three-Dimensional Invisibility Cloak at Optical Wavelengths
Tolga Ergin, Nicolas Stenger, Patrice Brenner, John B. Pendry, Martin Wegener
Science
18 March 2010
Vol.: Science Express Reports
DOI: 10.1126/science.1186351

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=manto-da-invisibilidade-3d&id=010160100319&ebol=sim

terça-feira, 2 de março de 2010

Biocélula usa fotossíntese para gerar eletricidade


Cientistas do instituto de pesquisas CNRS, da França, transformaram a energia química gerada pela fotossíntese de uma planta em energia elétrica.

A pesquisa demonstra uma nova rota para fotossíntese artificial, uma área de pesquisas promissora que pretende desenvolver uma estratégia de conversão da luz solar em eletricidade de forma ainda mais eficiente e mais ambientalmente correta do que as células solares.

Além do campo da energia, a nova biocélula poderá ter aplicações médicas.

O que é fotossíntese

A fotossíntese é o processo pelo qual as plantas convertem a energia do Sol em energia química. Na presença da luz visível, o dióxido de carbono (CO2) e a água (H2O) são transformados em glicose e em oxigênio (O2) por meio de uma complexa série de reações químicas que ainda não são bem compreendidas pelos cientistas.

Em vez de tentar reproduzir toda a fotossíntese de forma artificial, o que é uma meta desejável, mas ainda distante de ser alcançada, os pesquisadores franceses criaram uma célula alimentada por um biocombustível que é justamente o produto da fotossíntese de uma planta viva (glicose e oxigênio).

De desenho aparentemente muito simples, a célula a bicombustível é formada por eletrodos cujas superfícies foram modificadas com a adição de duas enzimas.

Domando a fotossíntese

Os pesquisadores inseriram sua biocélula em uma planta viva - neste experimento eles utilizaram um cacto.

Assim que os eletrodos, que são muito sensíveis tanto à glicose quanto ao O2, foram inseridos na folha do cacto, os cientistas puderam monitorar a fotossíntese em tempo real, in vivo, o que, por si só, já seria um grande feito científico.

Durante os experimentos, os pesquisadores puderam fazer a primeira observação direta dos níveis de glicose durante a fotossíntese, em tempo real.

Ou seja, além das aplicações tecnológicas, a técnica será de grande utilidade para o entendimento pormenorizado da própria fotossíntese, um objetivo longamente perseguido pelos biólogos - "domar" a fotossíntese significaria uma revolução radical na forma de geração de energia e de alimentos para a humanidade.



Diagrama da célula a biocombustível criada pelos pesquisadores franceses queterá aplicações médicas e poderá se tornar uma alternativa às células solares. [Imagem: Mano et al, JACS]Célula a biocombustível

A saída dos eletrodos indica claramente uma elevação da corrente elétrica quando uma lâmpada é acessa nas proximidades do cacto, e um correspondente decréscimo na corrente quando a lâmpada é apagada.

Sob a ação da lâmpada, a biocélula é capaz de gerar 9 Watts por centímetro quadrado de eletrodo. A geração de eletricidade é proporcional à luz que incide sobre a planta, uma vez que, com mais luz, ela pode produzir mais glicose e mais O2, disponibilizando mais combustível para operar a biocélula.

É ainda apenas uma prova de conceito e é ainda difícil visualizar sua aplicação prática em conjunto com as plantas, mas a ideia pode formar a base de uma nova estratégia de geração de energia totalmente renovável e sem produção de gases com efeito estufa ou de qualquer outro resíduo.

Biocélula para aplicações médicas

O objetivo inicial dos pesquisadores não era criar uma competidora para as células solares, mas desenvolver uma biocélula para aplicações médicas.

Ao capturar a energia química de biocombustíveis produzidos pelo corpo humano - a dupla glicose-oxigênio ocorre naturalmente nos fluidos fisiológicos - uma biocélula assim poderá poderá acionar implantes médicos e sensores de monitoramento do estado de saúde dos pacientes, funcionando ininterruptamente, 24 horas por dia.

Além de deixar para o passado a necessidade de troca de baterias desses aparelhos, toda uma gama de novas funcionalidades poderia ser criada, como monitores de glicose para diabéticos, alertas de elevação da pressão sanguínea para hipertensos, dispensadores de medicamentos na dose correta e em horários predeterminados etc.

Bibliografia:

From Dynamic Measurements of Photosynthesis in a Living Plant to Sunlight Transformation into Electricity
Victoria Flexer, Nicolas Mano
Analytical Chemistry
15 February 2010
Vol.: 82 (4), pp 1444-1449
DOI: 10.1021/ac902537h
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=biocelula-usa-fotossintese-eletricidade&id=010115100301&ebol=sim

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Adesivo desligável poderá permitir andar pelas paredes

Será possível que um dia os humanos andem pelas paredes, como as lagartixas ou o Homem-Aranha?
Um novo aparelho, cujo efeito adesivo pode ser ligado e desligado, acaba de ser construído por engenheiros da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Ele ainda não é capaz de suportar uma pessoa, mas pode ser uma esperança para quem sonha em trocar a lâmpada sem precisar de uma escada.
Bioinspiração
Segundo os pesquisadores, o mecanismo de adesão rápida e desligável - que funciona com base na tensão superficial da água - poderá levar a aplicações como sapatos ou luvas que grudem e se soltem das paredes ao comando do usuário, ou a adesivos do tipo Post-It capazes de suportar pesos.
O projeto do aparelho de adesão foi inspirado em um besouro endêmico no estado norte-americano da Flórida, que gruda nas folhas com uma força capaz de sustentar 100 vezes o seu próprio peso. E é capaz de soltar-se instantaneamente.
Tensão bem superficial
O dispositivo consiste de uma placa circular plana na qual são feitos furos perfeitamente espaçados, cada um com alguns micrômetros de diâmetro. Embaixo dessa placa é colada uma camada de material poroso. Por fim, na base, vai um reservatório de água.
Um campo elétrico aplicado por uma bateria comum de 9 volts, do tipo usado em brinquedos de controle remoto, bombeia a água através do dispositivo, fazendo com que a água se comprima contra a camada superficial - sem fazê-la jorrar, com uma força suficiente apenas para que formem-se saliências de água nos pequenos furos.
A tensão superficial da parte exposta das gotas de água, que se projetam ligeiramente acima da superfície da placa porosa, é suficiente para que o dispositivo grude em outra superfície - o fenômeno é o mesmo que ocorre se você juntar duas placas de vidro molhadas.

Força de adesão

"Na nossa experiência diária, essas forças são relativamente fracas," diz o professor Paul Steen, um dos idealizadores do invento. "Mas se você construir vários [desses buracos com água] e puder controlá-los, como o besouro faz, você pode obter forças de adesão muito fortes."
Por exemplo, um dos protótipos, contendo cerca de 1.000 furos, com 300 micrômetros cada um, pode suportar 30 gramas - algo como 70 clipes de papel.
Os experimentos demonstram que, quando os buracos ficam mais estreitos, e mais deles são feitos na superfície, a força de adesão se torna mais forte.
Com isto, os cientistas estimam que um dispositivo com 1 centímetro quadrado, dotado de furos com 1 micrômetro de diâmetro cada um, poderá suportar 2,7 quilogramas.
Forças simultâneas
Para desligar a adesão, basta inverter o campo elétrico, fazendo a água fluir de voltar para o reservatório. Quando as gotas salientes desaparecem de volta no interior dos furos, quebram-se as minúsculas "pontes" criadas entre cada uma das gotas e a superfície onde o dispositivo permanecia grudado, e ele se solta.
Os planos agora são de construir protótipos em escala maior e aperfeiçoar o mecanismo de bombeamento - com um maior controle sobre a altura das gotas que se projetam a partir da superfície da placa perfurada será possível obter forças de adesão ainda maiores.
Os pesquisadores planejam também recobrir as gotas com membranas muito finas - finas o suficiente para serem flexionadas pela força do bombeamento, mas grossas o bastante para eliminar o efeito de se molhar a superfície onde o dispositivo adere.
Segundo eles, o líquido encapsulado também poderá exercer forças simultâneas, como se fossem minúsculas punções, uma espécie de furador retrátil.
Robôs
Extrapolando os cálculos dos cientistas, é fácil ver que uma placa com 25 centímetros quadrados seria teoricamente capaz de suportar um homem de 70 quilogramas - desde que a superfície onde ele quisesse aderir fosse lisa como o vidro.
Mas esta certamente não será a única dificuldade, uma vez que os problemas surgem quando se tenta ampliar a escala de qualquer dispositivo. Os candidatos a Homem-Aranha talvez tenham que esperar um pouco mais.
Contudo, a força alcançada já é mais do que suficiente para sustentar pequenos robôs escaladores. O próximo passo da pesquisa, isolando as gotas de água com uma membrana, pode ser o passo que falta para que robôs-aranha ou robôs- lagartixa tornem-se viáveis.

Bibliografia:
Capillarity-based switchable adhesion
Michael J. Vogel, Paul H. Steen
Proceedings of the National Academy of Sciences
February 1, 2010
Vol.: Published online before print
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=adesivo-desligavel-andar-pelas-paredes&id=010180100203

Brasil domina tecnologia de usinagem em altas velocidades

Apenas seis países no mundo todo dominavam até hoje uma tecnologia industrial chamada usinagem com altas velocidades, ou HSM (High Speed Machining).

Agora são sete.O Brasil acaba de entrar nesse seleto grupo, graças ao trabalho da equipe do professor Reginaldo Teixeira Coelho, da Escola de Engenharia de São Carlos, ligada à USP.

Precisão dimensional
A capacitação brasileira nesta área do conhecimento é considerada estratégica para a indústria nacional, uma vez que a usinagem em altas velocidades está impondo novos padrões de produtividade e qualidade ao setor industrial.

"A HSM não só economiza tempo de produção como proporciona maior precisão dimensional e melhor acabamento para as peças usinadas", disse Coelho.
O processo HSM consiste em submeter o material a cortes, desbastes ou acabamentos em velocidades de cinco a dez vezes maiores do que as utilizadas em usinagens convencionais.
A técnica foi concebida no início do século 20, mas somente no fim da década de 1980 foi alcançada a tecnologia necessária para que ela fosse colocada em prática.

Máquinas, ferramentas e software
Os desafios para a execução da usinagem com altas velocidades envolvem o desenvolvimento de três áreas distintas: máquinas, ferramentas e software.
"Os atuais programas para usinagem, chamados CNC, são extremamente longos e não é mais possível escrevê-los manualmente como se fazia no passado", explicou Coelho, ressaltando que somente cinco empresas no mundo comercializam softwares adequados para HSM.
"A tecnologia também depende de ferramentas especiais, fabricadas e revestidas de materiais mais duros como aqueles baseados em nitreto de titânio-alumínio (TiAl)N ou nitreto de cromo-alumínio (CrAl)N. Já as máquinas precisam ser especialmente projetadas para o desempenho em alta velocidade. Partes móveis como os 'carros' [contendo sobre si a mesa móvel na qual a peça é presa, no caso de uma fresa)] devem ser extremamente leves ou a inércia impedirá a usinagem em HSM", disse.
Usinagem sem fluido de corte
O projeto coordenado pelo professor Reginaldo iniciou-se em fevereiro 2006 e está se encerrando agora, depois de alcançar avanços importantes em diversas operações de usinagem, como torneamento, fresamento e rosqueamento.
Especificamente no rosqueamento, a equipe obteve resultados superiores aos de países como os Estados Unidos. "Nossos resultados se igualam àqueles obtidos por laboratórios tradicionais na Alemanha, precursores dessa tecnologia", comemora Coelho.
Outra vantagem da usinagem com alta velocidade é a dispensa de um fluido de corte. Nas fabricações convencionais é necessário utilizar óleo ou uma emulsão de óleo com água para proteger a peça fabricada e a ferramenta que a corta do calor gerado pelo atrito e evitar a formação de "cavacos" (lascas de metal).

Com a alta velocidade, no entanto, o tempo de contato da ferramenta com a peça é tão pequeno que as partes pouco se aquecem, proporcionando um processo adiabático (no qual não há troca de calor). Quando muito, é utilizado apenas ar comprimido. Também nesta área o grupo brasileiro inovou, usando ar gelado em alguns processos.
Moldes para plásticos
Por confeccionar peças em muito menos tempo, a HSM representa um considerável ganho de produtividade, além de proporcionar precisão dimensional e rugosidade baixíssima, menor que um micrômetro (0,001 mm), o que significa uma superfície extremamente lisa e adequada para moldes de injeção de plástico.
"O ganho com a tecnologia de alta velocidade pode ser ainda mais impactante no caso de ela ser utilizada na fabricação de peças, moldes e ferramentas de conformação para os setores aeronáutico e de termeletricidade", disse Coelho.

Com a HSM, um molde da indústria de injeção de plásticos, por exemplo, pode ser fabricado na metade do tempo gasto pelo processo convencional. Se o material das peças for de corte fácil, como compósitos à base de resina ou ligas de alumínio, esse tempo cai para um décimo do período de usinagem comum.
"No Brasil, uma empresa espera em média seis meses entre a encomenda do molde e o início de sua utilização. Isso, dentre outros fatores, leva indústrias de grande porte a encomendar moldes no exterior", disse Coelho.

Tecnologia estratégica
Por esse motivo, o pesquisador estima que a HSM será cada vez mais estratégica para o Brasil. Agora sua equipe pretende aprimorar a pesquisa desenvolvendo a chamada usinagem de alto desempenho.
Esse novo conceito envolve aqueles de HSM integrados ao desenvolvimento mecânico e eletrônico das máquinas-ferramentas otimizados por ensaios virtuais, antes mesmo da fabricação, a fim de corrigir erros de projeto sem a necessidade de construir vários protótipos.
"Esse novo campo também inclui a microusinagem, com a confecção de peças ou de seus detalhes, que sejam menores que 1 milímetro. Componentes de celulares, instrumentos médicos e odontológicos e microrreatores, por exemplo, dependem de processos de fabricação nessa escala", disse.
E, quem sabe, aproximar-se no futuro do torno mais preciso do mundo.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=brasil-domina-tecnologia-usinagem-altas-velocidades&id=010170100203&ebol=sim

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Ondas cerebrais são usadas para escrever no computador


Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/01/2010
Neurocientistas da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, demonstraram que as ondas cerebrais podem ser usadas para digitar caracteres alfanuméricos na tela de um computador.

Nos testes, basta que o paciente concentre-se em uma letra ou número mostrados em uma matriz para que a letra apareça no monitor.

Interface cérebro-computador

Os pesquisadores afirmam que a descoberta representa um progresso concreto na viabilização de uma interface cérebro-computador que poderá, no futuro, ajudar as pessoas portadoras de diferentes distúrbios, a controlarem dispositivos eletrônicos e robotizados, como braços e pernas protéticos.

Segundo eles, os portadores da doença de Lou Gehrig e de lesões da medula espinhal são pacientes que poderão ser beneficiados com esta nova tecnologia. Embora ainda utilize métodos invasivos para coletar as ondas cerebrais, o método está entre os mais precisos já demonstrados até hoje.

"Mais de 2 milhões de pessoas nos Estados Unidos podem se beneficiar de dispositivos auxiliares, controlados por uma interface cérebro-computador", diz o pesquisador principal do estudo, o médico neurologista Jerry Shih, que desenvolveu a nova interface em colaboração com a equipe do Dr. Dean Krusienski, da Universidade do Norte da Flórida.

"Esse estudo constitui um primeiro passo no caminho em direção ao futuro e representa um progresso tangível no uso de ondas cerebrais para realizar certas tarefas", explica Shih.

Eletrocorticografia e eletroencefalografia

O estudo da nova interface foi feito com pacientes com epilepsia. Esses pacientes já vinham sendo monitorados, para controle da convulsão, através de eletrocorticografia (ECoG), um exame no qual eletrodos são colocados diretamente na superfície do cérebro para registrar as correntes elétricas produzidas pelas descargas das células nervosas. Esse tipo de procedimento requer uma incisão cirúrgica no crânio.

O neurologista queria estudar uma interface cérebro-computador nesses pacientes, porque, hipoteticamente, as informações captadas pelos eletrodos colocados diretamente no cérebro poderiam ser muito mais específicas do que os dados coletados através de eletroencefalografias (EEGs), nos quais os eletrodos são colocados no couro cabeludo. A maioria dos estudos de interação cérebro-computador foram feitos com EEGs, diz o neurologista.

"Há uma grande diferença entre a qualidade das informações obtidas com o ECoG e com o EEG. No EEG, o couro cabeludo e o osso do crânio dissipam e distorcem o sinal, da mesma forma que a atmosfera terrestre obscurece a luz das estrelas", diz o neurocientista. "É por isso que o progresso do desenvolvimento dessa espécie de interface da mente tem sido lento", afirma.

Como esses pacientes já tinham eletrodos de ECoG implantados em seus cérebros, para os médicos descobrirem a área em que as convulsões se originaram, os pesquisadores puderam testar essa novíssima interface cérebro-computador. Nesse estudo, os dois pacientes foram colocados em frente a um monitor que estava conectado a um computador, no qual os pesquisadores instalaram um software projetado para interpretar sinais elétricos vindos dos eletrodos.

Controlando o computador com a mente

Os pesquisadores solicitaram aos pacientes que olhassem para uma tela, que apresentava uma matriz 6 por 6, com um único caractere em cada quadrado. Todas as vezes que o quadrado com uma certa letra cintilava - e que o paciente estava focado nele - o computador registrava a resposta do cérebro à letra cintilante.

Os pesquisadores pediram então aos pacientes que focassem em letras específicas e o software do computador registrou as informações. A seguir, o computador calibrou o sistema com a onda cerebral específica de cada indivíduo, fazendo com que uma letra aparecesse na tela quando o paciente se focava nela.

"Nós podemos predizer, de forma consistente, as letras desejadas por nossos pacientes, com quase 100% de precisão", diz Jerry Shih. Embora isso seja comparável a resultados obtidos por outros pesquisadores, essa abordagem é mais localizada e pode, potencialmente, fornecer uma taxa de comunicação mais rápida. Nosso objetivo é encontrar uma maneira de usar, de forma eficaz e consistente, as ondas cerebrais do paciente, para realizar certas tarefas", afirma.

Calibragem individual

Quando a técnica for aperfeiçoada, será necessário que os pacientes se submetam a uma incisão no crânio para utilizá-la, embora ainda não se saiba quantos eletrodos deverão ser implantados.

E o software precisa ser calibrado para as ondas cerebrais de cada pessoa para a ação desejada, tais como movimentar um braço protético, explica o neurologista.

"Esses pacientes teriam de usar um computador para interpretar suas próprias ondas cerebrais, mas esses dispositivos estão ficando tão pequenos que há uma possibilidade de que eles possam ser implantados no futuro", ele diz. "Achamos que nosso progresso, até agora, é muito encorajador."

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=ondas-cerebrais-usadas-escrever-computador&id=010150100108

USP desenvolve chip para monitorar transformadores

Felipe Maeda Camargo - Agência USP - 18/01/2010
O Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológicos (LSI-TEC), da USP, desenvolveu um circuito integrado (chip) que será empregado em equipamentos de controle e acompanhamento da vida útil de transformadores elétricos de alta potência, utilizados nas subestações de concessionárias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

O LSI-TEC é uma associação sem fins lucrativos, criada em 2004 por pesquisadores da USP. O chip, denominado tt0307f, foi criado em parceria com a TreeTech, empresa desenvolvedora de tecnologias eletrônicas.

Monitoramento de transformadores

Segundo Walter Santana, gerente de parcerias e novos negócios do LSI-TEC, o chip funcionará como um sistema de monitoramento do transformador. A novidade consiste em englobar diversas funções, antes realizadas por uma combinação de componentes eletrônicos.

Uma das funções do chip é manter o funcionamento adequado do transformador. Para isso, o chip possui um sistema integrado configurável digitalmente com capacidade de medir temperatura, tensão e corrente, podendo se comunicar com outros equipamentos. Para controlar o chip, há um outro circuito integrado. Esse sistema é um microcontrolador comercial, externo ao tt0307f, através do qual é possível programar as funções do chip.

Óleo dos transformadores

O chip também monitora o uso de óleo nos transformadores, que serve para evitar o hiperaquecimento destes. Ele recebe dados das condições dos equipamentos e, se for necessário, aponta quando é preciso substituir ou acrescentar óleo. O sistema recebe informações de dois sensores acoplados: um de hidrogênio e outro de acetileno.

Nilton Morimoto, professor da Escola Politécnica (Poli) da USP e um dos responsáveis pela criação dos sensores, explica que estes detectam a liberação de acetileno e hidrogênio no transformador, indicando a necessidade da troca de óleo: "A isolação das bobinas (do transformador) é feita com óleo. Quando o óleo deteriora, elimina hidrogênio e acetileno, que dura de 2 a 3 meses antes de causar danos visíveis."

Em seguida, o chip mede a resistência dos sensores, coletando as informações destes, as quais ficam disponíveis aos técnicos.

Vantagens da integração

Santana afirma que o fato de o chip substituir diversos componentes eletrônicos proporciona menores custos.

Morimoto afirma que, além de mais barato, o sistema é robusto, pois suporta a severas condições climáticas, mecânicas e eletromagnéticas de operação.

Segundo informações de Hugo Daniel Hernández, projetista do chip, o tt0307f foi projetado para funcionar de forma estável numa faixa de temperatura de -40°C até 100°C.

Hugo Puertas de Araújo, coordenador técnico dos projetos do LSI-TEC, acrescenta outras vantagens, como a maior praticidade para manutenção, menor volume físico e facilidade para estoque, pois substitui diversas placas eletrônicas.

Ademais, Araújo afirma que o chip não se limita a utilização em transformadores, ele "tem aplicação genérica, podendo ser usado por outros equipamentos que fazem leitura de resistência, tensão e corrente elétrica, bastando para isso que o microcontrolador externo programe qual funcionalidade do chip será empregada".

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=usp-desenvolve-chip-monitorar-transformadores&id=010110100118&ebol=sim